
Libertar-se do karma é libertar-se da reação, no sentido do retorno das forças que enviamos. Uma força que é enviada retorna porque atinge um meio de resistência, 'um anel não passarás', que não consegue romper. Podemos considerar essa resistência como a vontade de Deus. Sempre há uma correspondência entre uma verdade subjetiva e um fato objetivo, porque o subjetivo e o objetivo derivam da única e mesma substância ou Realidade; são os dois lados de um plano indivisível, intangível.
Se você considerar cada ato como o envio de uma força, essa força deve ter origem na base da qual procede. A base e o alvo da ação serão correlatos. Se o alvo da ação estiver errado, o motivo originador deve estar errado, pois o alvo ou fim é uma projeção da origem. Assim, o alvo está no pano de fundo originador.
A ação prossegue com muita beleza e eficácia quando surge de um movimento interno, espontâneo, do fundo de nossa natureza, isto é, daqueles elementos que estão ativos na constituição do indivíduo. Este movimento ocorre num plano que é, por assim dizer, perpendicular ao movimento da flecha que aponta para o alvo. (...)"
(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 73/74)
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