"(2:61) A pessoa que, depois de subjugar os sentidos, uniu-se a Mim, permanece absorta no Eu infinito, que ela sabe ser o Supremamente Deleitável. Só o domínio dos sentidos propicia a solidez da verdadeira sabedoria.
Há duas exigências, acima de tudo, para se atingir a sabedoria. A primeira, desviar a mente não apenas dos objetos dos sentidos, mas dos próprios sentidos; a segunda, permanecer mergulhado na consciência de Deus como a mais inefável das metas a atingir.
Os yogues que apenas se preocupam com subjugar seu corpo e sentidos físicos, ou buscam a abstração da união divina sem a adequada disciplina física e mental, jamais conseguem se firmar num objetivo. Mas arrancar pela raiz a erva daninha da gratificação do ego, sem deixar resquícios, e absorver-se mansamente no Infinito - isso é essencial.
Muitos yogues buscam a gratificação egóica não apenas por meio dos prazeres dos sentidos, mas também do desenvolvimento de poderes espirituais. Outros, vale repetir, andam à cata da abstração da sabedoria intelectual para recompensar o ego. Mas os verdadeiros yogues querem apenas unir suas almas ao Divino Bem-amado."
(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 125)
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