"(...) As pessoas religiosas também descobrem isso desistindo do conceito limitado de Deus em favor de um conceito mais amplo, até que alcançam aquilo que tudo abarca. É isso também que descobrem as pessoas ativas quando desistem de ações em benefício próprio em favor do serviço aos outros. Todos esses caminhos levam ao autoesquecimento e, portanto, ao novo - um novo dia, novas praias. Mas essa renúncia deve ser voluntária e espontânea; deve ocorrer somente quando o momento for propício.
Não devemos nos restringir a um único caminho, pois nosso ser comporta diferentes possibilidades: ação, emoção, pensamento.
'O caminho não é encontrado apenas pela devoção, apenas pela contemplação religiosa, pelo progresso ardente, pelo trabalho autossacrificante, pela observação cuidadosa da vida. Nenhum desses, sozinho, pode levar o discípulo mais do que um degrau adiante. Todos os degraus são necessários para compor a escada' (Luz do Caminho).
Qualquer que seja o caminho pelo qual nos aproximemos das novas praias, o que lá encontrarmos não pode ser concebido nem descrito. São João da Cruz disse que 'aqueles que O conhecem mais perfeitamente percebem com muito mais clareza que Ele é infinitamente incompreensível.'
Mas os místicos, os verdadeiros sábios e os santos de todas as tradições afirmaram que as praias longínquas, os horizontes além de todos os horizontes não estão tão distantes: estão no aqui e agora, em nós, em nossas vidas. Compreender isso já é transformação. (...)"
(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 30)
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