"A lógica das abstinências é a mesma. A não possessividade requer não indulgência, que surge de não roubar, que surge da não falsidade, que só pode existir com a não violência. As observâncias e abstinências estão inter-relacionadas, e relacionam-se também com todo o sistema de compreensão da mente de Patañjali. A disciplina é apenas um foco em um contexto amplo; nela 'não devem interferir fatores biológicos, físicos nem sociais' (sutra 31). Os resultados da disciplina terão a medida do nosso esforço, e devemos ficar atentos a desculpas como cansaço, falta de tempo, etc. Patañjali promete a recompensa para os que se esforçam:
- 36. 'Para aquele que está estabelecido em satya, ou não falsidade, a própria ação é a recompensa.'
- 37. 'Quando estamos estabelecidos em asteya, ou não roubar, sentimos como se tivéssemos toda a riqueza do mundo.'
- 38. 'Quando estamos estabelecidos em brahmacarya, ou não indulgência, somos dotados de inexaurível energia.'
- 39. 'Quando estamos estabelecidos em aparigraha, ou não possessividade, começamos a compreender o significado da existência.'
- 42. 'Quando estamos estabelecidos em santosa, ou autossuficiência, surge uma alegria incomparável.'"
(Cristina Szynwelski - O yoga e a moral espiritual - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p. 33)
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