"Quanto mais compreendemos a Lei
do Karma, tanto mais vemos o quanto devemos ser cuidadosos sobre nossos atos e
pensamentos e como somos responsáveis para com o nosso próximo. Vivendo à luz
desse conhecimento, aprendemos dia a dia certas lições.
1. A Paciência. Sabendo que a Lei
do Karma é nossa grande auxiliar, se a servimos, e que não virá Mal algum
para nós se trabalharmos com ela, sabendo, também, que ela nos abençoa,
exatamente no tempo certo, e que o término disso tudo é o Bem final, aprendemos
a grande lição da paciência, e aprendemos que a impaciência é um entrave ao
nosso crescimento. Sofrendo, sabemos que estamos pagando uma dívida, e
aprendemos, se somos sensatos, a não criar mais sofrimento para o futuro. Na
alegria, agradecemos a sua doçura. A paciência inclui resignação e
contentamento, e produz paz e segurança. 'Alcançou a perfeição' — diz
o Bhagavad-Gïtã — 'o homem que está contente com a sua sorte' (xviii, 45). Afaste a ansiedade, a Lei não lhe dá atenção, e ela só produz
novas aflições. E trabalhe calma e confiantemente.
2. A Confiança. A Lei, sendo
divina, como é possível nos sentirmos inquietos a propósito dela? Se estamos
inquietos e se nos faltar confiança, mostramos claramente que não apreendemos a
realidade da Lei. Estamos, realmente, bastante seguros sob as suas asas, e
nada há a temer em todo o amplo universo, a não ser nossos próprios delitos. A
confiança fortalece, ou antes, aprofunda a nossa Paz — essa quietude interna que
todas as hostes de Mãra são impotentes para destruir, aquela paz mostrada tão
perfeitamente na vida de Buda e na de Lao-Tsé. Nosso lar é o Cosmos, e a Lei é
o grande anfitrião que nos convida a ficar tranquilos e a esquecer a escuridão
exterior. Onde quer que estejamos, a Lei é o nosso Protetor. (...)"
(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 39)
(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 39)
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