"A morte acoça seus passos como um tigre no mato. Assim, sem maiores delongas, esmere-se em descartar a preguiça e o rancor; fique sereno, mesmo dentro das tempestades; associe-se com pessoas tranquilas. Deixe que a fragrante fumaça dos pensamentos divinos, repletos de amor, cresça à sua volta.
Abrande seu coração. Depois disso, a vitória da disciplina é rápida. Fale brandamente. Fale só de Deus. Este é o processo de amaciar o 'subsolo'. Aumente a compaixão e a simpatia. Engaje-se em serviço, na compreensão da agonia, da pobreza, da doença, do sofrimento e do desespero. Compartilhe tanto lágrimas como boa disposição. Tal é a senda para enternecer o coração e tornar a disciplina (sadhana) bem-sucedida.
Há ferro; há também o imã. Este atrairá aquele para si. Tal é o destino dos dois. Mas, estando o ferro recoberto de ferrugem, a 'graça' (do imã) não pode operar tanto quanto necessário a atrair o ferro. A obsessão erótica age, sem dúvida, como a ferrugem. Atua como dust (pó), que provoca rust (ferrugem). Esta, por fim, fraturará o próprio ferro, e transformar-lhe-á a própria natureza inata. (...)"
(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 175/176)
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