"O primeiro dos deveres teosóficos é o de cumprir o próprio dever para com todos os homens e principalmente com aquelas pessoas com as quais temos obrigações especiais, seja por tê-las assumido voluntariamente, como por exemplo os laços do matrimônio, seja por termos sido ligados a elas pelo destino, como as que devemos a nossos pais ou parentes.
Deve-se reprimir e vencer ao seu inferior por intermédio do superior. Purificar-se interna e moralmente; não temer a ninguém nem a nada além do tribunal de sua própria consciência. Não fazer nada pela metade; isto é, quando se acredita fazer uma coisa boa, deve-se fazê-la aberta e francamente e se é má, apartar-se dela completamente. 'É dever de um teósofo aliviar sua carga pensando no sábio aforismo de Epitecto: Não te deixes apartar de teu dever por qualquer reflexão que possa fazer a teu respeito o néscio mundo, porque suas censuras não estão em teu poder e consequentemente não devem importar em nada...'
Nenhum homem pode dizer que nada pode fazer pelos demais, sob nenhum pretexto. 'Cumprindo sua obrigação na ocasião conveniente, o homem pode tornar-se credor do mundo', disse um escritor inglês. Um jarro d'água oferecido a tempo ao viajante sedento é mais valioso e digno que uma dúzia de manjares oferecidos a pessoas que podem pagar por eles. Um homem que não sinta isso jamais será teósofo; poderá, entretanto, continuar sendo membro de nossa Sociedade. Não temos regras para obrigar um homem a ser um teósofo prático se este não deseja ser."
(H. P. Blavatsky - A Doutrina Teosófica - Ed. Hemus, São Paulo - p. 83/84)
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