"Sempre que exprimimos uma opinião sobre algo, estamos julgando com base em nossas crenças e preconceitos. Sempre que o pensamento classifica uma coisa desta ou daquela maneira, estamos julgando com base no sistema de avaliação de nosso ego. Sempre que decidimos agir de determinada maneira, fundamentados no que achamos certo ou errado, julgamos a situação. Toda vez que reagimos com sentimentos de cólera, apreensão, repulsa ou indiferença, fazemos isso em resposta a um julgamento da situação. E mesmo quando decidimos que o dia está bonito, que realmente gostamos de salada de batata, que uma viagem à Tailândia seria uma ótima opção de férias, agimos em consonância com a função crítica da mente.
- Quanto de seu dia é preenchido com pensamentos críticos?
- Até que ponto seus pensamentos o distanciam de sua natureza búdica?
- Em que grau seus pensamentos se baseiam no medo e, por isso, fazem-no sofrer?
- Como seria sua vida se você parasse de julgar tudo e todos, aceitando-os tais quais são?
Pelos próximos dias e semanas, sugiro que você se discipline observando o fluxo de seus pensamentos tanto quanto possível, para determinar com quanta frequência se entrega ao hábito de julgar. O próprio ato de examinar os hábitos mentais que provocam sofrimento estimula um arroubo de superação desses hábitos. O exame já é uma resposta. Eis aí uma das dinâmicas primordiais do poder da meditação."
(John Selby - Sete Mestres, Um Caminho - Ed. Pensamento-Cultrix Ltda., São Paulo, 2004 - p. 97/85)
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