
"Considerado o homem como Inteligência espiritual, vemos que é uma Consciência, um ser capaz de se reconhecer a si mesmo e aos demais seres. Primeiramente, o homem afirma sua existência, dizendo:
'EU sou'. Em sua imaginação pode abstrair-se de todos menos de si mesmo. Não pode aniquilar o
'EU', e embora contraia nos limites desta egocentridade sua consciência ou a espraie até abranger todo o univero, o
'EU' é o centro de todas as coisas. Quando o Eu considera seu próprio ser, esforçando-se em se analisar a si mesmo, verifica que é um ser que pensa, sente e quer; e se percebe algo que não seja ele, um não Eu externo, ou conhece e experimenta atração ou repulsão por ele e atua sobre ele. Expondo esta mesma verdade em termos mais abstratos, se reconhece o Eu como Consciência com as três qualidades de Vontade, Sensibilidade e Mentalidade, cujo superior aspecto se manifesta em Poder. Sabedoria e Inteligência, e em contato com o mundo exterior tomam as respectivas modalidades de Conhecimento, Emoção e Atividade. Nenhum destes vocábulos expressam com perfeição o conceito, porém, equivalem às qualidades denominadas pelos índios (hindus): Iñâman, Ichchhâ e Kryâ em que se resumem a limitada manifestação de Sachchidamanda, as tríplices cordas do Destino. Existem no homem três aspectos, fases ou qualidades pelas quais pode conhecer a si mesmo e se relacionar com o mundo. Sua consciência existe nos ditos três aspectos pelos quais se põe em contato com o não Eu."
(
Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 14/15)
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