"(...) O instinto, quando desenvolvido e educado, torna-se um sentido a mais, vigilante no organismo em defesa de sua estrutura biológica, e a inteligência é a luz balsâmica a conduzi-lo no labirinto das agressões externas que o ser deve enfrentar.
Judas, por instinto infeliz, de medo e de ambição desmedida, enganou-se, traindo Jesus.
Maria Madalena, guiada pela inteligência que a induziu a libertar-se dos instintos vis que a dominavam, encontrou Jesus e liberou-se do vício, sublimando os sentimentos em que chafurdava.
Átila, guiado pela fúria do instinto perverso, assolou grande parte do mundo do seu tempo e sucumbiu devorado pelo ódio.
Agostinho de Hipona, reconhecendo, pela inteligência, a grandeza de Jesus e de Sua mensagem, superou os tormentos íntimos do instinto sexual e fez-se modelo de equilíbrio para si mesmo e para a posteridade.
Pilatos, lavou as mãos, por instinto, evitando envolver-se na trama da covardia farisaica e, por falta de inteligência lúcida, comprometeu-se vilmente, perdendo a oportunidade feliz que se lhe deparara.
Guiado pela inteligência iluminada pelo sentimento de amor, o instinto se transforma em instrumento de felicidade.
Mediante, portanto, os atos que decorrem da conduta humana, pode-se saber quando são procedentes do instinto ou da inteligência."
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Lições para a Felicidade, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 2003, p. 22/23.
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