quinta-feira, 8 de maio de 2025

DESPERTAR PARA O ESPÍRITO

"(...). O homem liberto, para quem o véu mágico de maya é erguido, não está mais dentro dos confins do espaço e do tempo Aquele que conhece o Espírito, que se tornou o Espírito, não é mais alguém em particular, pois está identificado com a própria essência do universal. O Espírito pode, contudo, manifestar-se através de um dado corpo e mente, através de um individuo no espaço tempo, mas isto não o limita. O oceano pode dar surgimento a ondas e estar ativo através delas, mas não é limitado por elas. A nossa consciência comum é apenas uma pequena janela através da qual olhamos para a realidade; do ponto de vista da consciência superior, nós restringimos nossa visão de forma desnecessária. Se ampliamos as nossas portas da percepção, podemos ver mais claramente, não como vemos agora. Aquele que está desperto para o Espirito habita tanto no tempo quanto na eternidade; embora esteja no tempo, não é restringido por ele. A eternidade não é algo oposto ao tempo, nem significa uma duração temporal infinita, que continua para sempre. Nenhuma descrição exclusivamente em termos de tempo pode ser adequada para se compreender a eternidade, assim como nenhuma combinação de linhas em duas dimensões pode produzir um cubo; neste sentido, a esfera eterna é atemporal. Necessita-se de uma outra dimensão de consciência. Enquanto permanecemos confinados à nossa consciência comum, temos experiências e nos movemos apenas no tempo, obtendo apenas vagos e ocasionais vislumbres da eternidade."

Ravi Ravindra, Sussurros da Outra Margem, Ed. Teosófica, Brasília, DF, 1991, p. 41.
Imagem: Pinterest


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