OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 3 de maio de 2016

O EQUILÍBRIO DA VIDA

"O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demasia estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isto, o sábio em sua alma
Determina a medida para cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.

EXPLICAÇÃO: O verdadeiro sábio tem a intuição de que todas as suas coisas empírico-mentais não são fins em si mesmas, mas apenas meios para alcançar um fim superior.

O profano só conhece os meios e ignora o fim.

O místico só conhece o fim e despreza os meios.

O homem cósmico alcança os fins através dos meios.

É este o homem integral - que vive universicamente."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 48/49)


domingo, 3 de janeiro de 2016

"ENTRARÁS NA LUZ, MAS NUNCA TOCARÁS A CHAMA"

"É óbvio que este conceito indica tanto as possibilidades, quando as limitações do esforço humano. Sugere que o ser humano não pode prosseguir além de um determinado ponto, ainda que seu esforço seja dos mais árduos e sinceros. A frase 'nunca tocarás a Chama' não deixa dúvida na mente do neófito, porque não há ambiguidade nesta afirmação. Para quem empreende a íngreme caminhada para as alturas espirituais, é essencial saber, claramente, quais as possibilidades do esforço consciente e quais as suas limitações. Sem conhecer as limitações do esforço consciente, podemos esperar desse esforço aquilo que nunca nos poderá dar - e sentirmo-nos frustrados no final. 

É interessante observar que cada grande religião do mundo tem dois aspectos de expressão - o ético e o espiritual. O aspecto exotérico da religião trata dos problemas éticos do ser humano. Sua abordagem da vida é essencialmente moral - e uma aproximação moral trata de simples modificações em nossa maneira de viver. Em outras palavras, está relacionada com o cultivo de novos hábitos. Opera no reino da continuidade. As modificações que procura introduzir são, obviamente, através do esforço consciente. A religião exotérica, com sua aproximação moral, dá ênfase especial às possibilidades do esforço consciente.

Mas há também um aspecto esotérico da religião. Sua base é espiritual e não ética. Isso não quer dizer que o espiritual seja antimoral. A aproximação espiritual trata da transformação fundamental do homem, com a revolução no centro. A religião esotérica não é uma simples extensão da religião exotérica; pertence a uma dimensão de existência totalmente nova. (...)

Se o aspecto exotérico ou ético da religião dá ênfase às possibilidades do esforço consciente, o aspecto esotérico ou espiritual chama a nossa atenção para as limitações do esforço consciente. Mas conhecer as limitações do esforço consciente não é cessar de fazer esforços com a mente consciente. Apenas indica a esfera legítima desse esforço. Neste esfera, todas as possibilidades de esforço consciente devem ser exploradas. Não se deve, contudo, esperar 'tocar a chama' como resultado do esforço consciente. Em outros termos, o progresso ético, que é o produto do esforço consciente, indica um movimento dentro do reino dimensional do próprio indivíduo. Mas a transformação espiritual implica a insinuação de algo que transcende o reino dimensional do indivíduo. No primeiro caso, trata-se da extensão da consciência e no segundo, refere-se à expansão da consciência."

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília/DF - p. 39/42)


terça-feira, 17 de novembro de 2015

AS 4 LEIS DO CÓDIGO DE DEUS (PARTE FINAL)

"A quarta Lei Básica de Deus chama-se Lei de Antakharana, ou seja, Lei da Tramitação ou Lei da Ponte. Tudo que chega ou sai de nós o faz por um veículo que passa por uma ponte. É a Lei da Tramitação, um meio de comunicação, um caminho, uma estrada, uma carta, um anúncio, um telefonema, uma comunicação verbal, um livro. Tudo que de nós sai passa por uma ponte, por um caminho, por uma estrada, seja de viva voz ou por um veículo de comunicação, como uma carta, um anúncio, um livro. Ponte, via de comunicação; Carta, conteúdo de comunicação. É a Lei que usa os sentidos e d'Eles se aproveita para atingir seus objetivos. Ela dá o direito de avaliar a maneira como recebeu a mensagem, ouviu, viu ou leu. Dá a cada um o direito de dizer, falar ou escrever a sua maneira. O céu está cheio de nuvens negras é um anúncio e mensagem de Antakharana de que vem mau tempo. O veículo foi o Céu, a mensagem foram as nuvens escuras. A Lei de Antakharana estabelece que a qualidade da ponte define a do veículo, do ônibus, da mídia e, implicitamente, a da resposta. Dizer algo com franqueza brutal é uma qualidade de tramitação. Dizê-lo rindo é outra coisa.

Um anúncio em cores tem, supostamente, melhor qualidade que outro em preto e branco. Isso quer dizer que o Homem, antes de falar, de se comunicar, de mandar o emissário, de escrever uma carta, de publicar um anúncio, de atravessar a ponte, enfim, será potencialmente mais bem-sucedido se adotar cuidados especiais, ensejando que o Antakharana empregado não vá lhe trazer de volta, pelo mesmo caminho, pela mesma ponte, por uma ponte lateral ou vicinal, pelo mesmo veículo, pelo mesmo princípio usado, um teor que venha em seu prejuízo, ou seja, um Antakharana pior que o inicial. A Lei de Antakharana estabelece que, por uma ponte tanto pode passar o perigo, o invasor, como o carro de mel, o cesto de flores, a carga de alimento ou o pote de fel. A ponte é o meio onde os veículos de todas as naturezas passam para chegar ao seu destino. Uma vez iniciada a travessia da ponte, ela tem de ser terminada; não haverá pior solução do que ficar ou parar no meio. Se isso ocorrer, a magia de Antakharana faz com que a ponte se encolha tal no exato lugar onde o Homem parou. O princípio da Tramitação não deve ser interrompido porque, se isso ocorrer, simplesmente não existiu, o que é óbvio. O Antakharana virtual é o Jornal que circula, a televisão que mostra, a estação de rádio que transmite, a ponte sobre o rio, o sorriso brejeiro de uma mulher bonita, a carta simpática de um homem de negócios, a arrogância de um balconista. Como toda ponte, o Antakharana é constituído de qualidade e quantidade. Tem, pois, peso e feição. Encerra em si mesmo os princípios básicos da comunicação - ética/lógica/estética - em proporções e formas que compete ao condutor que atravessa o Antakharana estabelecer, podendo cada um desses princípios transformar-se ou não em antagônicos. Justamente por força dessa qualidade e dessa quantidade podem chegar à ética, ao ilógico e ao antiestético. (...)

São quatro, portanto, as Leis do Código de Deus que regulamentam o Código de Comportamento do Homem na sua existência em seu habitat, a Terra. Essas Leis, apenas quatro, abrangem todas as situações relacionadas com o comportamento do Homem, com seu padrão de atitude, com seus atos, ações e reações. Seja qual for a posição ou a situação que se apresente na face da Terra, ela estará invariavelmente implícita numa ou mais dessas Leis de Deus."      

(Sagy H. Yunna - Um Iogue na Senda de Brian Weiss - WB Editores, São Paulo - p. 35/36)

domingo, 15 de novembro de 2015

AS 4 LEIS DO CÓDIGO DE DEUS (2ª PARTE)

"A segunda Lei do Código de Deus é a Lei de Átman-Budhi ou Lei da Subordinação. É também conhecida como Lei de Manas-Budhi. Dá no mesmo. Essa Lei define a verdade de que tudo e todos se subordinam entre si ou a alguém ou a alguma coisa e que também nos subordinamos a nós mesmos. Nossa primeira subordinação e a Deus-Mahat - Deus Verdade. Se somos obedientes a Ele e a Seu Código, tudo tende a andar normalmente e sem maiores problemas. Obedecer não é temer. Obedecer é anuir com o Sistema, é aceitar a disciplina e a ordem. Somos subordinados aos pais, às plantas que fornecem alimentos, aos chefes e também a certas situações. Por sermos subordinados a Deus-Mahat - Deus Sistema, o somos automaticamente à moral, à ética, à dignidade, à Lógica, à Justiça, ao dever. Somos subordinados a quem devemos alguma coisa, seja dinheiro, coisas ou favor.

Ser  subordinado não significa estar por baixo e sim ser parte irremovível e interdependente de um Sistema que nos leva a subordinar alguém ou alguma coisa e a sermos subordinados a alguém ou alguma coisa. Somos subordinados às Leis, à Pátria e a tantas outras coisas mais. Mas não devemos esquecer que também somos subordinados a nós mesmos, ao nosso Ego, à nossa individualidade, daí termos que observar a capacidade de ser subordinados e a arte de também sabermos subordinar. Identificar os predicados dessa Lei Divina é ser acima de tudo Saptaparna? O Homem - o eleito e preferido por Fohat, a Divina Providência. É ser racional e ter consciência de que é parte irremovível do Sistema Deus Verdade. Sentir e entender a Lei de Átman-Budhi ou Lei da Subordinação é sentir que é parte irremovível do Sistema Deus Verdade. (...)"

(Sagy H. Yunna - Um Iogue na Senda de Brian Weiss - WB Editores, São Paulo - p. 33/34)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ÉTICA

"Um dia, um rico senhor chamou à sua presença os pastores, seus empregados. Disse-lhe que, tendo decidido arrebanhar todas as inumeráveis ovelhas de sua propriedade, que estavam há muito perdidas nos campos, mandava-os procurá-las. Deveriam trazê-las todas.

Saíram os pastores a procurar as ovelhas, que deveriam ser reconduzidas ao grande e único redil.

Em pouco tempo, alguns deles esqueceram o que lhe havia sido ordenado, pois se tornaram mais interessados em seus próprios problemas e lazeres.

Outros começaram a pensar assim: ‘Porque hei de levar de volta essas ovelhas que estavam perdidas? Por que não faço eu um redil para as minhas ovelhas? Então, não posso tornar-me também um senhor e possuir muitas ovelhas?’ Dominados pela ambição, atraídos pela riqueza fácil, confiantes de que seu crime ficaria impune, os infiéis, traindo seu amo, tornando-se ladrões, ficaram com as ovelhas para si, as quais, para o senhor, continuariam perdidas.

Poucos pastores, sempre fiéis, amando o senhor, afastando qualquer desejo de furtar, vencendo as dificuldades múltiplas encontradas nos campo e nos caminhos, zelosos para com o rebanho, regressaram ao redil e entregaram ao verdadeiro dono todas as ovelhas que tinham recolhido. Juntamente com a grande família do senhor viveram dias de fartura e segurança.

O senhor, quando os mandou, sabia que sobreviria uma seca devastadora. E ela realmente veio e dizimou tudo e todos que não puderam contar com as reservas do celeiro do prudente senhor.”

(Hermógenes - Viver em Deus - Ed. Nova Era, 4ª edição - p. 152/153)

quarta-feira, 31 de julho de 2013

A UNIDADE FUNDAMENTAL DE TODAS AS RELIGIÕES (2ª PARTE)

(...) A segunda explicação da base comum das religiões humanas postula a existência de um ensinamento original, sob a custódia de uma Fraternidade de grandes Instrutores espirituais. Estes Mestres, frutos dos ciclos passados da evolução, tiveram por missão instruir e guiar a humanidade infantil em nosso planeta. Transmitiram às suas raças e nações, sucessivamente, as verdades fundamentais da religião, sob a forma mais adaptada às necessidades especiais daqueles que deviam recebê-las. Segundo esta opinião, os fundadores das grandes religiões são membros desta Fraternidade Una, e foram ajudados, em sua missão, por uma plêiade de outros membros menos elevados que eles, iniciados e discípulos de diversos graus, eminentes por sua intuição espiritual, por seu saber filosófico, ou pela pureza de sua sabedoria ética. Estes homens dirigiram as nações nascentes, guiando-as no caminho da civilização e dotando-as de leis; monarcas, eles as governaram; filósofos, eles as instruíram; sacerdotes, eles as guiaram. Todos os povos antigos têm reminiscências destes homens poderosos, heróis e semideuses, e a arquitetura, a literatura e a legislação desses povos antigos conservam de tais homens traços indeléveis.

Parece difícil negar a existência desses homens, diante da tradição universal, dos documentos escritos ainda existentes e dos vestígios pré-históricos, em ruínas em toda a parte, sem mencionar outras evidências que o ignorante recusaria. Os livros sagrados do Oriente são fiéis testemunhas da grandeza daqueles que os escreveram; pois quem, em dias posteriores, ou nos tempos modernos, pode mesmo aproximar-se da grandiosidade espiritual do pensamento religioso daqueles seres, do esplendor intelectual de sua filosofia, da amplitude e pureza de sua ética ? E quando percebemos o que estes livros encerram sobre Deus, o homem e o Universo, ensinamentos em substância idênticos, sob uma múltipla variedade de aparência exterior, não parece irracional relacioná-los a um único corpo fundamental de doutrina, ao qual damos o nome de Sabedoria Divina, ou sob a forma grega: Teosofia. (...)

(Annie Besant - A Sabedoria Antiga – Ed. Teosófica, Brasília – p. 11/14)


terça-feira, 30 de julho de 2013

A UNIDADE FUNDAMENTAL DE TODAS AS RELIGIÕES (1ª PARTE)

O pensamento correto é imprescindível à conduta correta, a compreensão correta é imprescindível ao correto viver. E a Sabedoria Antiga – quer se nos apresente sob seu antigo nome sânscrito de Brahma Vidya, ou sob a designação moderna Teosofia, extraída do grego Theosofhia, apresenta-se ao mundo ao mesmo tempo como uma filosofia adequada e uma religião e uma ética oniabarcantes. Um devoto sincero disse certa vez que nas Escrituras Cristãs havia baixios que uma criança poderia atravessar facilmente, e abismos onde um gigante seria obrigado a nadar. O mesmo pode ser dito da Teosofia, pois alguns de seus ensinamentos são tão simples e práticos, que qualquer pessoa de inteligência mediana pode compreender e aplicar, enquanto que outros são tão elevados e profundos, que o indivíduo mais competente exaure seu intelecto na tentativa de assimilá-los, quedando-se exausto com o esforço. (...)

Há um consenso de que um levantamento cuidadoso das grandes religiões do mundo mostra que elas têm muitas ideias religiosas, morais e filosóficas em comum. Embora o fato seja universalmente admitido, a explicação do fato e controversa. Muitos alegam que as religiões vicejaram sobre o solo da ignorância humana, cultivadas pela imaginação, e que foram gradualmente elaboradas, a partir das formas grosseiras do animismo e do fetichismo: as suas analogias são atribuídas aos fenômenos universais da Natureza, imperfeitamente observados e explicados de uma maneira caprichosa. Uma corrente de pensamento dá como chave universal o culto ao Sol e aos astros; para outra, a chave, não menos universal, é o culto fálico. O medo, o desejo, a ignorância e o assombro levaram o homem primitivo a personificar os poderes da Natureza e depois os sacerdotes exploraram os seus terrores e suas esperanças, suas imaginações obscuras e suas indagações desnorteadas; e os mitos foram se transformando em escrituras e os símbolos em fatos; e como a base deles era a mesma em toda a parte a semelhança dos resultados era inevitável. Assim falam os doutores da "mitologia comparada" e, sob a avalanche de provas, as pessoas simples são levadas ao silêncio, embora não convencidas. Elas não podem negar as analogias, mas não deixam de se interrogar com uma vaga inquietação: “as mais sublimes concepções do homem, suas mais caras esperanças são apenas o produto dos sonhos do selvagem e das dubiedades da ignorância? Todos os grandes condutores da humanidade viveram, trabalharam, sofreram, e morreram na ilusão, pela simples personificação de fatos astronômicos, ou pelas obscenidades dissimuladas dos bárbaros? (...).

(Annie Besant - A Sabedoria Antiga - Ed. Teosófica, Brasília - p. 11/14)


sábado, 27 de julho de 2013

TEOSOFIA E ÉTICA

"Nos estágios mais iniciais da vida moral, o altruísmo terá de ser o objetivo que colocamos diante de nós. Deveríamos esforçar-nos para aprimorar o serviço prestado aos outros. Porém o altruísmo é mais um estágio de progresso do que um objetivo. Enquanto o serviço é realizado conscientemente na qualidade de serviço a outros que estão separados do nosso próprio eu, nossa ética ainda não estará completa; haverá alguma falta de espiritualidade em nossa alma.

Existe um belo poema persa no qual o amante, procurando a sua bem-amada, encontra fechada a porta do seu quarto. Ele bate, implorando ser admitido. Do quarto fechado ouve-se uma voz perguntando: ‘Quem pede ingresso?’ Acreditando em seu amor como a melhor justificativa para entrar, ele responde: ‘É o teu bem-amado que bate.’ Mas houve silêncio no quarto, e a porta permaneceu fechada.

"Ele foi pelo mundo afora e aprendeu lições mais profundas da vida e do amor. Retomando mais uma vez à porta fechada, ele ali bateu e pediu ingresso. Novamente ouviu-se uma voz: ‘Quem bate?’ Mas a resposta desta feita não mais foi ‘o teu bem-amado’. ‘És tu quem bate,’ ele disse. A porta abriu-se, e ele a atravessou.

Todo o verdadeiro amor tem a sua raiz na unidade, onde ele não é dois, porém um. Assim, na ética mais elevada, esta é a verdadeira característica que devemos atingir. Para aquele a quem amamos não existe algo como o serviço considerado altruísta, porque a alegria mais profunda e o prazer mais elevado surgem no serviço ao melhor eu de cada um. À medida que crescemos na vida espiritual e compreendemos a verdadeira unidade da humanidade, verificamos ser a própria humanidade aquela a quem mais amamos. Servimos ao nosso Eu Superior ao servi-la. E assim retornamos àquilo do qual nos originamos, ao Invisível, ao Uno e ao todo.

O altruísmo, glorioso como possa ser nos estágios inferiores de moralidade, perde-se na Unidade Suprema da alma humana, na indivisibilidade absoluta do Espírito. Enquanto ainda estamos conscientemente separados, o altruísmo pode ser considerado como a Lei da vida, baseada em nossa origem comum no Divino. Compartilhamos do treinamento comum na peregrinação que terá de ser cumprida em cada alma, experiência comum no aprendizado de cada lição, adquirindo todo o conhecimento, compartilhando as diferentes possibilidades da sorte humana e construindo um caráter sublime da matéria comum. O nosso destino é um: a perfeição de uma humanidade divina que é una na origem e una no treinamento. Que valor terá a separação de uma pessoa da outra, a construção de muros divisórios entre irmãos e irmãs?"

(Annie Besant - A Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília - p. 109/110).
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