OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quarta-feira, 1 de abril de 2015

TORNE-SE UM DISCÍPULO

"Todo mestre espiritual, seja uma encarnação divina ou uma alma iluminada, tem dois conjuntos de ensinamentos - um para a multidão, outro para os discípulos. O elefante possui dos conjuntos de dentes: as presas com que se defenda das dificuldades exteriores e os dentes com os quais come. O mestre espiritual prepara o caminho de sua mensagem com lições genéricas - seriam suas presas. A verdade profunda da religião ele a revela apenas aos discípulos íntimos. Porque a religião é algo que pode de fato ser transmitido. Um mestre verdadeiramente iluminado pode transmitir-nos o poder que revela a consciência divina, latente em nós. Mas é preciso que o campo seja fértil e o solo esteja pronto antes que a semente possa ser semeada. (...)

Cristo ensinava desse mesmo modo. Ele não pronunciou o Sermão da Montanha para as multidões, e sim para os discípulos, cujos corações estavam prontos para recebê-lo. As multidões ainda não estão aptas para entender a verdade de Deus. De fato, nem a desejam. Meu mestre, Swami Brahmananda, costumava dizer: 'Quantos estão prontos? Sim, muita gente vem até nós. Temos o tesouro a dar-lhes. Mas eles querem apenas batatas, cebolas e berinjelas.'

Qualquer um de nós que deseje sinceramente o tesouro, que busque a verdade, pode beneficiar-se da mensagem dada no Sermão da Montanha e pode tornar-se um discípulo. Cristo, como veremos em nosso estudo do Sermão, fala das condições que temos de possuir para sermos discípulos e para as quais precisamos preparar-nos. Ele ensina os caminhos e os meios para atingirmos a purificação de nossos corações, de modo que a verdade de Deus possa revelar-se por inteiro dentro de nós."

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo, 2007 - p. 19/21)
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sábado, 21 de fevereiro de 2015

TORNAR-SE COMO AS CRIANCINHAS

"Muitos que leem estas instruções talvez se surpreendam por sua extrema simplicidade, e quiçá as desdenhem por lhes parecerem insuficientes para guiar e auxiliar as pessoas na imensa complexidade da civilização moderna. Mas quem assim pensa esquece-se de que é da essência da vida do discípulo que ele ponha de lado toda esta complexidade, para que ele, como disse o Mestre, 'saia de seu mundo para o nosso', e penetre num mundo de pensamento em que a vida é simples e a direção retilínea, em que o certo e o errado estão mais claramente definidos, em que as perspectivas que se abrem diante de nós são corretas e inteligíveis. É a vida simples que o discípulo tem de viver; é a própria simplicidade que ele alcança que lhe torna possível o progresso superior. Fizemos de nossa vida um cipoal de incertezas, uma massa de confusão, uma tormenta de correntes cruzadas, em que os fracos caem e naufragam; mas o discípulo do Mestre deve ser forte e são, deve tomar sua vida nas próprias mãos e torná-la simples como a divina simplicidade. Sua mente deve ser expurgada de todas essas confusões e ilusões fabricadas pelo homem, e dirigir-se reta como uma flecha para seu alvo. 'Se não vos converterdes e não vos tornardes como criancinhas, não entrareis no reino do céu.' (...)

Vê-se por esses extratos quão elevado é o ideal que o Mestre coloca diante de seus discípulos. Para alguns deles talvez isso pareça ser o que em teologia se chama um conselho de perfeição, isto é, uma meta ou condição impossível de se alcançar perfeitamente por ora, porém, a que devemos visar constantemente. Mas todos os aspirantes anelam elevar-se, conquanto nenhum seja ainda capaz de realizar sua aspiração, pois se o fosse, não necessitaria passar por novas vidas terrenas. Estamos muito longe de ser perfeitos, mas as pessoas jovens que possam ser aproximadas mais estreitamente dos Grandes Seres têm uma maravilhosa oportunidade, precisamente por causa de sua juventude e plasticidade. Para elas é muito mais fácil do que aos velhos eliminarem tudo quanto seja impedimento. Se podem cultivar o hábito de tomar o ponto de vista certo, de agir por motivos corretos, e de estar na atitude correta, durante toda a sua vida, eles se aproximarão firmemente cada vez mais do ideal dos Mestres. Se o discípulo posto em prova pudesse ver em consciência vigílica as imagens viventes forjadas pelo Mestre, compreenderia a importância do que talvez pareçam pormenores insignificantes."

(C. W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 89/90)


domingo, 28 de dezembro de 2014

COMO APRENDER COM UM GURU

"'Devemos também aprender a não nos aproximarmos apenas das pessoas cujas vibrações sejam iguais às nossas. É normal sentir-se atraído por alguém do mesmo nível. Mas está errado. Você deve também se aproximar de pessoas cujas vibrações sejam contrárias... às suas. Esta é a importância... de ajudar... essas pessoas. O nosso caminho é interno. Esse é o caminho mais difícil, a jornada mais dolorosa. Somos responsáveis por nosso próprio aprendizado. Esta responsabilidade não pode ser delegada a outra pessoa, não pode ser jogada em cima de algum guru.'

Há muitos mestres extremamente sábios entre nós, capazes de nos mostrar a direção e de aliviar nossos fardos durante a jornada espiritual. Infelizmente, há também muitos impostores que, levados pelo orgulho, ganância ou por suas próprias inseguranças, se apresentam como mestres ou gurus. Dizem o que devemos fazer, quando eles mesmos não fazem. Obviamente é perigoso seguir tais pessoas.

O segredo para distinguir um verdadeiro mestre de um impostor é seguir a sua própria sabedoria intuitiva. Os ensinamentos parecem corretos para você? Eles são pessoas amorosas, compassivas, não violentas e contribuem para diminuir seu medo e sua culpa? Incluem todos os outros grupos humanos como iguais, como almas divinas na mesma trilha do destino? Ensinam que ninguém é melhor do que ninguém, que estamos todos no mesmo barco? E afirmam que podem apenas apontar a direção, mas não podem levar-nos até lá? Tenha certeza de uma coisa: só você pode atingir seu objetivo. Só você pode experimentar o amor, a felicidade, o equilíbrio e a harmonia, porque a sua viagem para casa é uma jornada interior, um retorno para si. (...)

Como o reino dos céus realmente existe dentro de nós, toda a alegria e felicidade vêm do nosso interior. Não seremos resgatados por outra pessoa. Em vez disso, teremos a sensação de despertar, como se estivéssemos acordando de um longo sono. Iremos nos 'salvar' quando experimentarmos o amor verdadeiro e nos tornarmos iluminados. (...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 156/157)


domingo, 23 de novembro de 2014

AS TRÊS PORTAS

"Existe um poema que diz:
Há três portas para o Templo:
Saber, trabalhar, orar;
E aqueles que esperam no portão externo
Podem entrar por qualquer delas.
Há sempre os três caminhos; o homem pode chegar aos pés do Mestre pelos estudos profundos, porque nesse caminho ele chega a saber e a sentir; e certamente se pode alcançar o Mestre por profunda, perseverante e longa devoção, pela constante elevação da alma até Ele. E há também o método de lançar-se a alguma atividade definida por Ele. Mas há de ser algo definidamente feito para Ele com este pensamento em mente: 'Se há crédito ou glória nesta obra, não os quero; faço-a em nome de meu Mestre; a Ele toda glória e louvor.' O poema acima citado também diz: 'Existe o que não ora nem estuda, e todavia pode trablhar muito bem.' E isto é exato. Existem alguns que muito pouco podem meditar, e quando procuram estudar, acham-no muito difícil. Esses devem continuar ambas estas coisas, porque nos cabe desenvolver todos os aspectos de nossa natureza, mas a maioria de todos eles deve-se lançar na obra, e fazer algo por seus semelhantes.

Tal é o mais seguro de todos os apelos: fazer as coisas em seu nome, praticar bons atos pensando n'Ele, recordando-se de que Ele é muito mais sensível ao pensamento do que as pessoas comuns. Se um homem pensa num amigo distante, seu pensamento se dirige para esse amigo e o influencia, de modo que o amigo pensa no emissor  do pensamento a não ser que sua mente no momento esteja muito ocupada com outra coisa. Mas por muito ocupado que um Mestre possa estar, um pensamento dirigido a Ele produz uma certa impressão, e ainda que no momento, talvez, não possa tomar qualquer conhecimento, contudo o toque ali está, e Ele o saberá e emitirá o Seu amor e Sua energia em resposta ao pensamento."

(C.W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2004 - p. 64/65)


domingo, 24 de agosto de 2014

MAPEANDO A ALMA HUMANA (PARTE FINAL)

"(...) Qual foi o resultado de tantos anos de investigação e análise da alma humana? O resultado não poderia ser mais surpreendente. As palavras que ele disse causaram assombro até para um ateu radical. Quando abriu a boca ao mundo, era de se esperar que Jesus Cristo condenasse e punisse com veemência a humanidade, pois detectou todos os seus defeitos. Todavia, eis que ele bradou com a mais alta eloquência palavras com doçura e brandura como ninguém jamais falou, nem antes nem depois dele. O perdão em sua boca virou uma arte; o amor se tornou poesia; a solidariedade, uma sinfonia; a mansidão, um manual de vida.

O mestre da vida, por amar intensamente o ser humano e perceber as falhas contínuas que permeavam sua alma, ao invés de tecer críticas às pessoas, acolheu calorosamente a todos. Sabia que o homem, em sua grande maioria, gostaria de ser paciente, gentil, solidário, amável, mas não tinha estrutura para submeter a energia emocional e o processo de construção de pensamentos ao pleno controle de sua vontade.

Compreendeu que o homem, apesar de ter capacidade de controlar o mundo à sua volta, não conseguia controlar o mundo dentro de si. Quando dizia aos seus discípulos que eles eram homens de pequena fé, muitas vezes não se referia a milagres sobrenaturais, mas ao maior de todos os 'milagres naturais' expresso pelo domínio do medo, da inveja, da ira, da ansiedade, da angústia, do desânimo.

Aquele que esquadrinhou o funcionamento da mente humana não considerou a humanidade um projeto falido, ao contrário, veio consertá-la de dentro para fora, veio trazer mecanismos para resgatá-la. Por isso, honrou e valorizou cada ser humano do jeito que ele é, na esperança de poder transformá-lo."

(Augusto Cury - O Mestre da Vida - Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2001 - p. 212/213)

sábado, 23 de agosto de 2014

MAPEANDO A ALMA HUMANA (1ª PARTE)

"O filho de Deus apareceu sorrateiro num estábulo, cresceu de modo simples. Ninguém percebia claramente quem ele era. Desejava respirar o mesmo ar que eles, tocá-los e conviver sem barreiras. Aprendeu cedo o ofício da carpintaria. Para aquele que se colocou como autor do mundo era um verdadeiro teste construir telhados. Para aquele que disse ter a mais alta posição do universo, escalar casas e encaixar peças de madeira era uma grande limitação, mas não se importou, não teve vergonha do seu humilde trabalho. Embora tivesse a mais elevada cultura de todos os tempos, teve a humildade de ser criado por pais humanos e frequentar a escola da vida. Foi um grande mestre porque aprendeu a ser um grande aluno.

O Carpinteiro de Nazaré tinha dois grandes ofícios. O primeiro era trabalhar com a madeira e construir telhados; o segundo, o mais importante, o que escondia sua verdadeira missão, era mapear a alma humana. Veio compreender as raízes mais íntimas do universo consciente e inconsciente do ser humano. O mestre da vida mapeou o mundo dos pensamentos da psiquiatria e da psicologia.

Enquanto encaixava e pregava as peças de madeira e os raios de sol queimavam-lhe o rosto, atuava como o mais excelente observador do comportamento humano. João, seu discípulo, escreveu que ninguém precisava dar relatos para ele sobre o que era ser homem e quais suas intenções subjacentes, pois ele mesmo se tornou um homem e como tal analisava atentamente a natureza humana. Perscrutava embevecidamente cada expressão facial e cada gesto das pessoas. Transcendia a cortina do comportamento e investigava com exímia habilidade os fundamentos de cada reação humana.

Enquanto fazia calos nas mãos, ele compreendia as dificuldades do ser humano em lidar com as perdas, críticas, ansiedades, frustrações, solidão, sentimento de culpa, fracassos. Enquanto visitava seus amigos e andava pelas ruas da pequena Nazaré, analisava a ira, a inveja, o ciúme, a impaciência, a instabilidade, a simulação, a prepotência, o desânimo, a baixa autoestima, a angústia, tudo que consumia diariamente a vida das pessoas. Ninguém imaginava que escondido na pele de um carpinteiro se encontrava o mais excelente mestre da vida. Ninguèm poderia imaginar que um homem que bateu martelos estava fazendo uma análise detalhadíssima da humanidade. (...)"

(Augusto Cury - O Mestre da Vida - Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2001 - p. 211/212)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

UM CEGO NÃO PODE GUIAR OUTRO CEGO (PARTE FINAL)

"(...) O Ocidente deu ênfase a grandes templos de culto, mas são poucos os que mostram como Deus pode ser encontrado. No Oriente, deu-se ênfase ao desenvolvimento de homens de realização divina, mas eles são, em muitos casos, inacessíveis aos buscadores espirituais, permanecendo reclusos, em retiros longínquos e solitários. Centros espirituais onde as pessoas possam comungar com Deus e instrutores que possam mostrar-lhes como fazê-lo são igualmente necessários.

Como pode alguém receber o conhecimento de Deus de um instrutor que não o conhece? Meu guru incutiu em mim a necessidade de conhecer o Pai Celestial antes de tentar falar aos outros sobre Ele. Como sou agradecido por esse treinamento! Ele realmente comungava com Deus.

O Senhor deve ser percebido, primeiro, no próprio templo corporal. Todo buscador deve, diariamente, disciplinar seus pensamentos e depositar sobre o altar da alma as flores silvestres da devoção. Quem encontrar Deus dentro de si mesmo será capaz de sentir a presença divina em toda igreja ou templo em que entrar."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 15/16)

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

UM CEGO NÃO PODE GUIAR OUTRO CEGO (1ª PARTE)

"Essa unidade de espírito é demonstrada pelos grandes homens, os que têm a realização divina. Um cego não pode guiar outro cego; só um mestre, alguém que conhece Deus, pode corretamente ensinar os outros a respeito Dele. Para recuperar a própria divindade, deve-se ter um mestre ou um guru. Quem segue fielmente um verdadeiro guru torna-se igual a ele, pois o guru ajuda o discípulo a elevar-se a seu próprio nível de realização. Quando encontrei meu guru, Swami Sri Yukteswarji, decidi seguir seu exemplo: colocar somente Deus sobre o altar de meu coração e partilhá-Lo com os demais.

Os mestres hindus ensinaram que, para adquirir o conhecimento mais profundo, é preciso focalizar a mirada do olho espiritual onisciente. Quando firmemente concentrado, mesmo quem não é iogue franze a testa no ponto entre as sombrancelhas - o centro da concentração e do olho espiritual esférico, sede da intuição da alma. Essa é a verdadeira 'bola de cristal', que o iogue contempla para aprender os segredos do universo. Os que se aprofundarem o suficiente em sua concentração, penetrarão nesse 'terceiro' olho e verão a Deus. Portanto, os buscadores da verdade devem desenvolver a capacidade de projetar a percepção através do olho espiritual. A prática da Ioga ajuda o aspirante a abrir o olho único da consciência intuitiva.

A intuição ou conhecimento direto não depende de dados provenientes dos sentidos. É por isso que a faculdade intuitiva costuma ser denominada de 'sexto sentido'. Todos possuem sexto sentido, mas a maioria não o desenvolve. Mesmo assim, quase todos já tiveram alguma experiência intuitiva, talvez um 'pressentimento' de que determinado fato iria ocorrer, sem nenhuma evidência sensória que o indicasse.

É importante desenvolver a intuição ou o conhecimento direto da alma, porque quem tem consciência de Deus está seguro de si mesmo. Ele sabe, e sabe que sabe. Devemos estar certos da presença de Deus, tão certos como estamos de que conhecemos o sabor da laranja. Só depois que meu guru me ensinou a comungar com Deus e só depois que eu senti a presença Dele todos os dias, assumi a responsabilidade espiritual de falar de Deus aos outros. (...)"

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 14/15)

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

AS LIÇÕES INESQUECÍVEIS PARA NOSSA VIDA (PARTE FINAL)

"(...) Recorde que Jesus Cristo passou pelos mais dramáticos sofrimentos como um ser humano igual a você e os superou com a mais alta dignidade. Seja apaixonado pela vida como ele foi. Lembre-se de que por amar apaixonadamente a humanidade ele teve o mais ambicioso plano da história. Recorde que, neste plano, você não é mais um número na multidão.

A vida que pulsa na sua alma o torna uma pessoa especial, inigualável, por mais dificuldades que atravesse, por mais conflitos que tenha. Portanto, erga seus olhos e olhe para o horizonte! Enxergue o que ninguém consegue ver! Veja um oásis no fim do seu longo e escaldante deserto!

Saiba que as flores mais lindas sucedem os invernos mais rigorosos. Tenha convicção de que dos momentos mais difíceis de sua vida você pode escrever os mais belos capítulos de sua história...

Nunca disista de você! Dê sempre uma chance para si mesmo. Nunca desista dos outros! Ajude-os a corrigir as rotas de suas vidas. Mas se não conseguir, poupe energia, proteja a sua emoção, aguarde que eles decidam ser ajudados. Enquanto isso, aceite-os do jeito que eles são, ame-os com todos os seus defeitos. Amar traz saúde para a emoção.

Jesus encantava as pessoas com suas palavras. As multidões, ao ouvi-lo, renovavam suas forças e reencontravam um novo sentido para viver! Reacendeu a esperança de muitos, mesmo quando não tinha energia para falar. Compreendeu o que é ser homem e fez poemas sobre a vida até sangrando. Pagou um preço caríssimo para lavrar o árido solo de nossas emoções. Brilhou onde não havia nenhum raio de sol. Nunca mais pisou nesta terra alguém tão fascinante como o mestre da vida..."

(Augusto Cury - O Mestre da Vida - Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2001 - p. 225/226)

terça-feira, 5 de agosto de 2014

OS ILUMINADOS (1ª PARTE)

"Quando o ser atinge a perfeição real e verdadeira, torna-se essência. Assim sabe evitar o que é desnecessário, rompe as ligações materiais, reconhece a verdade, passa a ter o verdadeiro e único discernimento e os grandes sentimentos interiores e inerentes ao ser comum são despertados em sua absoluta grandeza e a verdadeira essência divina pode florescer, surgindo daí os grandes iluminados, portadores de dons divinos. (...)

A biografia e as experiências pessoais de cada um desses seres traz grande conhecimento espiritual.

É importante lembrar que foram eles que mostraram à humanidade o verdadeiro caminho do amor, da sabedoria, do progresso, da harmonia e da paz espiritual.

Entre eles, há pobres e ricos, mas nenhum precisou de seus bens materiais para a sua autorrealização e iluminação. Todos a obtiveram por seus atos e feitos nobres, humildes mas profundos, e também pelo alcance de uma grande harmonia espiritual.

Pudesse o homem de hoje, através das práticas de raja ioga, seguir os passos e os exemplos desses verdadeiros mestres. Esse talvez fosse o primeiro passo para a criação de uma nova ordem, onde todos pudessem viver livres, felizes, amando e jamais odiando, tendo o direito à verdadeira dignidade e justiça e, acima de tudo, gozando de plena harmonia espiritual.

O Iluminado Buda

Siddharta Gautama, o Buda ou Iluminado, nasceu em 563 a.C. e morreu 483 a.C. Filho do príncipe Suddhodana, Buda abandonou a família, as glórias e riquezas que possuía, para seguir a vocação ascética que lhe foi despertada ao ver um funeral, um doente e um asceta vagabundo. Retirou-se na selva para meditar sob a orientação dos brâmanes e iniciar seu caminho na busca da verdade. Depois de passar por muitas provas, Buda alcançou a iluminação interior e reconheceu as chamadas Quatro Verdades. Seu primeiro sermão foi proferido no Jardim das Gazelas, perto de Benares, em 530 antes de Confúcio. Durante cerca de 40 anos pregou na Índia setentrional seus ensinamentos, que só foram escritos a partir do séc. II a.C. Ao morrer, deixou uma florescente comunidade de monges e milhares de seguidores de uma doutrina (dharma) de serenidade, ternura e aceitação estoica do mal, cuja essência é atingir a libertação ou a iluminação, o nirvana, que é a libertação do círculo vicioso do viver-morrer-reviver."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)


quarta-feira, 23 de julho de 2014

NÃO EXISTEM PROBLEMAS FORA DE VOCÊ (1ª PARTE)

"Diante de qualquer dificuldade que estejamos enfrentando na vida, devemos saber antes de tudo que ‘nós somos o problema’ – por mais que isso seja decepcionante.

Outra forma de dizer a mesmo coisa é que é impossível existir um problema sem a nossa colaboração. O motivo é simples: dependendo da forma como a encaramos, a circunstância pode significar um problema angustiante ou algo completamente trivial. A opção de sofrer é nossa.

Essa verdade lembra a declaração de um mestre de sabedoria: no mundo astral - onde não há dor física para o desencarnado, porque seu corpo voltou para natureza e foi entregue ao reino mineral – a pessoa pode parar de sofrer a qualquer momento, desde que perceba a fantasia do seu sofrimento. Contudo, é no astral que se encontra o inferno ou o purgatório de que fala o cristianismo, ou ainda o umbral, segundo a doutrina espírita. Seria todo esse horror verdadeiro ou falso?

Quem viu o filme Nosso lar teve a oportunidade de conhecer a versão do umbral. A situação da pessoa mergulhada em uma substância viscosa, com frio, sede e fome insaciável, altera-se logo que seu pensamento se eleva, modificando suas vibrações. Contudo, mesmo depois que tenha mudado para melhor, se a vibração do indivíduo baixar outra vez, com pensamentos de ódio ou de luxúria, ele pode voltar para o inferno do qual se livrou.

Uma alma desencarnada pode perceber a cor, o som, o cheiro e até o sabor de um pensamento, coisa impossível no plano físico. Em virtude dessa percepção mais sutil, fica claro que um pensamento de ódio tem uma força terrível no plano astral, emitindo raios em todas as direções. O remorso pode ser uma dor imensa. Mas essa dor tem conexão com a vibração que ela representa, e pode cessar quando o pensamento muda. (...)"

(Walter Barbosa - Não existem problemas fora de você - Revista Sophia, Ano 9, nº 36 - p. 10/11)


segunda-feira, 7 de julho de 2014

OS GRANDES MESTRES

"Os grandes Mestres são assim como o mar. Imensos e cristalinos. Dão o que têm. Não negam aos que sabem buscar, aos que buscam saber.

Deles os homens se aproximam para tirar proveitos. Neles se reconfortam. Deles querem muito.

Mas... acovardados, ficam na praia. Ficam ali, imaginando os tesouros que a profundidade esconde. 

Os grandes Mestres são assim como o mar.

Lavam as impurezas dos que mergulham e, não obstante, continuam imaculados.

Assim como o mar, os Mestres, são inesgotáveis. Por mais que lhes saquem, mais ainda têm para dar."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 177/178)


segunda-feira, 9 de junho de 2014

TODO MUNDO É SEU MESTRE

"Na escola da vida, tudo o que lhe acontece traz algum ensinamento, e todo mundo é o seu mestre. Considere as suas experiências como mensagens codificadas, cujo significado diz: ‘Há sempre alguma coisa que você precisa aprender a fim de crescer e se expandir.'

A doença pode ser um excelente exemplo. Quando você pega uma gripe ou resfriado, é como se o universo estivesse querendo dizer: ‘Calma! Vá devagar; entre para dentro de si por alguns instantes – você precisa descansar e olhar para seu mundo interior.’ Se prestar atenção a essas mensagens, o universo apenas o cutucará quando quiser chamar sua atenção; mas, se ignorar essas pequenas sugestões, será forçado a encarar de frente a vida na forma de uma crise.

As lições de vida mais significativas vêm através de outras pessoas – particularmente daquelas que estão mais perto de você – pais, filhos, cônjuges, amigos e colegas. Por meio desses relacionamentos próximos você aprende as mais valiosas lições – o amor, a paciência, o sacrifício, a generosidade e o perdão.

Muitas vezes, os ensinamentos mais importantes surgem daqueles indivíduos e situações mais críticas. Dê uma olhada na sua vida. Quem ou o quê está lhe trazendo mais problemas? Como é que está reagindo a esse desafio? Em vez de ficar irritado ou frustrado, dê graças à situação ou à pessoa que o causou. Peça à sabedoria suprema que lhe revele o significado da experiência e o ajude a encontrar a solução.

Toda experiência na vida lhe oferece um presente especial. Peça e ele lhe será dado."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam – Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 56)


quinta-feira, 5 de junho de 2014

A FRATENIDADE DO HOMEM, A PATERNIDADE DE DEUS

"Permitam-me ler algo profético que Gurudeva disse (...): 'É com um novo mundo que nos deparamos (...) e precisamos nos adaptar às mudanças. Uma necessidade absoluta para a nova geração é o reconhecimento da divindade de toda a humanidade e a abolição de todas as barreiras divisórias. Não posso conceber Jesus Cristo, ou Senhor Krishna, ou os rishis de outrora, chamando qualquer homem de cristão, hindu, judeu, etc. Posso imaginá-los, sim, chamando cada homem de 'meu irmão'. Não haverá nova ordem construída sobre o desprezo de outras raças ou sobre o complexo de 'povo eleito', mas sim no reconhecimento da divindade de todo homem que caminha na face desta Terra e no reconhecimento da paternidade comum de Deus.'

Guruji dizia que, se Jesus Cristo, Bhagavan Krishna, Senhor Buda e todos os outros que comungaram com Deus se reunissem, não haverá disputa entre eles, porque bebem da mesma fonte de Verdade. Eles são um em Deus, e Ele Se manifesta em todos eles. É o entusiasmo mal orientado de discípulos intolerantes que causa a divisão. Temos que acabar com a intolerância se quisermos ser verdadeiros discípulos dos grandes mestres. Devemos honrar todas as religiões; e devemos amar todas as pessoas, sejam elas negras, amarelas, vermelhas, brancas ou pardas. É um contrassenso julgar o homem por sua cor. A eletricidade pode fluir numa lâmpada verde, numa lâmpada amarela, ou numa lâmpada azul; mas você diria que a eletricidade é diferente em cada uma delas? Não. De modo parecido, Deus brilha igualmente em todas as lâmpadas humanas como alma imortal. A cor da pele não faz diferença. Precisamos acabar com os preconceitos estreitos. Deus quer que tomemos o melhor dos ideiais e das qualidades de todos os povos, fazendo-os nossos."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 215/216)
http://www.omnisciencia.com.br/so-o-amor.html


quarta-feira, 21 de maio de 2014

VOCÊ TEM AUTORIZAÇÃO DIVINA?

"Um grande mestre espiritual concentra as almas puras à sua volta e as ensina, não apenas por palavras, mas também através da transmissão efetiva de espiritualidade. Não lhes dá simplesmente autoconfiança; ilumina de fato os corações de seus discípulos e converte-os em luz do mundo. Somente aqueles que alcançaram a iluminação, através da união com a luz que mora no coração de todos, podem tornar-se a luz do mundo. Somente esses iluminados têm condição de ensinar a humanidade; somente eles podem dar continuidade à mensagem da encarnação divina. Quando Sri Ramakrishna encontrava alguém que desejava pregar a palavra de Deus, perguntava-lhe: 'Você tem autorização divina?' Somente quem já viu Deus pode receber sua autorização, sua ordem direta para ensinar. A religião se perverte quando ensinada por pessoas não iluminadas. Não é bom fiar-se num diploma obtido em escolas de teologia: os livros não podem dar a iluminação. Pode-se estudar as escrituras, filosofia, história - pode-se ser versado em teologia, dogmas e doutrinas, e fazer sermões maravilhosos - e, no entanto, permanecer ainda como criança no que tange à vida espiritual. A fim de transformar a vida das pessoas, é preciso primeiro acender a sua própria candeia.

De acordo com o Vedanta, há dois tipos de conhecimento. O primeiro, inferior, consiste no conhecimento acadêmico, como o das ciências e da filosofia. Mesmo o conhecimento das escrituras é considerado um conhecimento inferior. O segundo, o conhecimento superior, é a percepção imediata de Deus. A pessoa iluminada por esse conhecimento superior não precisa de informções enciclopédicas a fim de discorrer sobre as escrituras: ela ensina a partir da sua experiência interior.(...)" 

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 41/42)
www.pensamento-cultrix.com.br


domingo, 4 de maio de 2014

LIBERDADE DENTRO DA MENTE (1ª PARTE)

"O velho Mestre pediu ao discípulo - um jovem entristecido pelos reveses da vida - que colocasse uma mão cheia de sal em um copo de água e bebesse.

- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.

- Ruim - disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio, e o discípulo jogou o sal no lago. Então o velho disse:

- Beba um pouco dessa água! Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:

- Qual é o gosto?

- Bom - disse o rapaz.

- Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.

- Não - disse o jovem.

Então, o Mestre sentou ao lado dele, pegou uma de suas mãos e disse:

- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está à sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras, é deixar de ser um copo para ser um lago.

Como realizar esse feito? Em um artigo sobre as particularidades do cérebro, publicado no Jornal da Ciência, Suzana Herculano-Houzel afirma: 'Não somos especialmente encefalizados: temos um cérebro apenas do tamanho esperado para um primata do nosso tamanho. Talvez tenhamos mais neurônios que os golfinhos, mas provalvemente menos que a baleia azul. Nossa maior distinção talvez esteja simplesmente em sermos primatas, e dos grandes, com um número gigantesco de neurônios (100 bilhões) concentrados em pouco espaço'.

Contudo, a principal distinção entre o homem e o animal não se baseia no cérebro físico, mas na mente que dirige esse cérebro, e no espírito que dirige essa mente.(...)"

(Walter S. Barbosa - Revista Sophia, ano 12, nº 47 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 18/19)
www.revistasophia.com.br


sexta-feira, 25 de abril de 2014

A MENTE É UM FENÔMENO SOCIAL (PARTE FINAL)

"(...) Siga devagar, com paciência. Não tenha pressa, pois o objetivo não está em algum outro lugar, mas sim dentro de você. Quando você não estiver com pressa, quando não estiver indo para lugar algum, irá senti-lo. No entanto, se estiver correndo, não poderá sentir nada, pois estará preocupado e tenso.

No Japão, a meditação é chamada de zazen. Zazen significa apenas sentar sem fazer nada. Os monges zen têm que se sentar durante seis horas por dia, às vezes mais. O mestre nunca lhes dá nada para fazer, eles apenas têm que ficar sentados. Foram treinados para sentar, sem pedir nada para fazer, nem mesmo um mantra. Apenas sentar.

Parece fácil, mas na prática é muito duro, porque a mente pede algum trabalho, algo para fazer. E a mente fica dizendo: 'Por quê? Por que perder tempo? Por que ficar aqui, apenas sentado? O que irá acontecer só por estar sentado?' Ainda assim, durante muitos anos, o aprendiz permanece sentado, dia após dia. Então, aos poucos, a mente se cansa de você, se cansa de não ser ouvida e para de perguntar. Quando isso acontecer, aos poucos você descobre uma nova força de vida dentro de si e que sempre esteve presente, mas você estava tão ocupado que não podia ouvi-la, não podia senti-la. Ao se livrar das ocupações, começou a senti-la.

A mente sempre criou problemas e gerou solidão. Experimente ficar sozinho durante, no mínimo, três meses, mas decida, com antecedência, que, aconteça o que acontecer, você não ouvirá sua mente. Decida com antecedência que você está pronto a 'desperdiçar' três meses, de forma que não seja necessário ficar pensando constantemente que você está perdendo tempo. Você irá simplesmente sentar e esperar. É possível, então, que ocorra um milagre.

Em algum momento nesses três meses, um dia você tomará consciência do seu ser. Quando não há tarefas a executar, coisas a fazer, você pode perceber o ser, tornar-se consciente dele. Se há coisas demais sendo feitas, você apenas segue em frente, esquecendo o ser que está escondido por trás."

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2002 - p. 80/81)


quinta-feira, 24 de abril de 2014

A MENTE É UM FENÔMENO SOCIAL (4ª PARTE)

"(...) No Oriente sempre foi totalmente diferente. O ser era respeitado. Não se perguntava o que a pessoa fazia, mas sim quem a pessoa era. E isso bastava. Se você tivesse descoberto a compaixão, se tivesse florescido, isso bastava. A sociedade devia ajudá-lo e servi-lo. Ninguém dizia que você deveria trabalhar ou que deveria criar algo. No Oriente, pensava-se que vivenciar seu próprio ser era a mais alta forma de criatividade, e a presença de um homem assim era valorizada. Ele poderia ficar anos em silêncio.

Maavira passou doze anos em silêncio. Não falava, não ia aos vilarejos, não via ninguém. E quando começou a falar, alguém perguntou a ele: 'Por que você nunca falou nada antes?' Ele respondeu: 'A fala se torna valiosa apenas quando você atingiu o silêncio. Do contrário, é fútil. Não apenas fútil, mas também perigosa, pois você está jogando lixo na cabeça dos outros. Foi esse o esforço que fiz, o de falar apenas quando toda fala houvesse cessado dentro de mim. Quando essa fala interior desaparecesse, eu poderia falar. Nesse momento, não seria uma doença.'

E todos podiam esperar, pois acreditavam em reencarnação. Há histórias de discípulos que vinham procurar um mestre e esperavam durante trinta anos, sem perguntar nada. Apenas esperaram até que o mestre dissesse: 'Por que você veio?' Trinta anos é muito tempo - uma vida inteira desperdiçada -, mas esperar durante trinta anos trará uma realização.

Há ocidentais que vêm me procurar e dizem: 'Estamos de partida esta tarde, então nos conte o segredo, nos diga como podemos nos tornar silenciosos. Desculpe, mas não podemos ficar, precisamos partir.' Estão pensando de acordo com as categorias que aprenderam - café instantâneo -, por isso acreditam que deve haver uma 'meditação instantânea', algum segredo que eu possa lhes contar e que resolva a questão. Não há segredo algum. É um longo esforço que requer muita paciência. E quanto mais pressa você tiver, mais tempo levará. Lembre-se disso: se você não estiver com pressa, pode acontecer agora. Quando você não está com pressa, sua mente possui dentro de si a qualidade adequada, o silêncio está lá. (...)" 

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2002 - p. 78/80)


quarta-feira, 12 de março de 2014

ANTES QUE A ALMA POSSA ERGUER-SE NA PRESENÇA DO MESTRE, SEUS PÉS DEVEM SER LAVADOS NO SANGUE DO CORAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) A visão do Mestre só poderá vir ao peregrino espiritual quando seus olhos, ouvidos e palavra tiverem sido purificados. E esta purificação é, com efeito, a profunda experiência da solidão. Ver e não verter lágrimas; ouvir e não sentir-se ofendido; falar e não ferir - isso somente é possível quando a mente recebe o desafio da vida, porém não emite qualquer resposta proveniente de sua esfera de memórias. Quando há somente o desafio e não há resposta, encontra-se o caminho, pois a mente é iluminada do alto. Enquanto a mente se debate no escuro para encontrar um caminho, ele não pode ser encontrado, pois a mente está perdida no matagal de suas próprias projeções. É somente quando a mente cessa de projetar - de lançar sua própria sombra - que a senda pode ser vista. 'Sua Luz mora sempre em nosso meio' - porém a mente, ao lançar suas próprias sombras, impede-nos de ver essa luz. A mente precisa perder a sua opacidade e tornar-se transparente, para que o caminho possa ser iluminado. A transparência da mente é, com efeito, um estado de solidão, porque ela foi despida de tudo quanto possuia. Ela nada tem a que se ater: nem substância nem sombra. É certamento o supremo estado espiritual, no qual a mente se tornou vazia."

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 37/38)

terça-feira, 11 de março de 2014

ANTES QUE A ALMA POSSA ERGUER-SE NA PRESENÇA DO MESTRE, SEUS PÉS DEVEM SER LAVADOS NO SANGUE DO CORAÇÃO (1ª PARTE)

"Quando o coração sangra? Evidentemente, ele sangra quando o eu da pessoa está sendo esmagado, quando a personalidade está sendo destruída. Sangrar um coração é processo de extirpar as próprias raízes de nossa existência. Que solidão maior pode haver do que aquela que surge de ser separado de si próprio?Quando o coração sangra, o corpo deve perecer. Em termos espirituais, o sangrar de um coração deve resultar no perecimento da entidade psicológica que chamamos 'ego'. Paradoxalmente, só podemos estar na presença do Mestre ou de Deus, quando tivermos cessado de existir! De acordo com a tradição oriental, não devemos entrar no Santuário sem lavar nossos pés. Isto simboliza um ato de purificação. Como pode uma alma permanecer na presença do Mestre se não está purificada? E que maior purificação pode haver do que a que surge do aniquilamento do ego? Este se cobriu de poeira através dos séculos e construiu uma entidade chamada de 'Eu'. O 'Eu' é certamente uma acumulação do passado, é o ponto focal de todas as memórias passadas. Como podemos entrar no Santuário, levando a poeira dos séculos presa a nossos pés? É a remoção dessa poeira das memórias passadas que faz o coração sangrar. Quando nos separamos de nosso próprio passado, ficamos totalmente sós. É o passado e o futuro que nos fazem companhia. Apegamo-nos firmemente a estas companhias. Não sabemos o que é solidão, enquanto elas estão conosco. É o 'presente' que constitui um momento de absoluta solidão. Mas a percepção só pode estar no presente; nunca pode estar no passado, nem no futuro. Assim, é somente quando estamos separados de nosso passado - e, portanto, de nosso futuro - que podemos 'ver' o Mestre ou a Verdade. Só podemos permanecer na presença do Mestre no momento do presente, quando estamos absolutamente solitários, tendo removido de nossos pés a poeira das memórias passadas. Tendo sido purificados devido a uma completa separação de nosso próprio passado e futuro psicológicos, estamos capacitados a permanecer na presença do Mestre. Este é, certamente, o misterioso acontecimento de que fala LUZ NO CAMINHO. (...)"

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 36/37)