OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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domingo, 21 de junho de 2015

A VERDADE E A EVOLUÇÃO

"Nós não podemos pensar em qualquer vício como uma parte do Ego em sua própria e verdadeira morada no plano mental superior. Um vício em uma personalidade aqui abaixo é ausência da virtude, que não tem contudo sido construída no Ego. (...) Não obstante, em princípio, todas as virtudes existem em cada Ego, mas elas existem adormecidas e não como realidades. Lendo as várias séries de 'Vidas', parece, certamente, que uma virtude é muito lentamente construída no Ego. Talvez no caso de Egos que cresceram muito em intuição, bastarão duas ou três experiências, mas com aqueles que não são assim dotados parece que são necessárias dúzias da mesma experiência para ensinar uma lição.

Um Mestre Adepto disse uma vez que a evolução é um processo lento, cuja velocidade pode ser comparada com uma progressão aritmética, por exemplo: 2 - 4 - 6 - 8 - 10 e assim por diante. Mas quando um homem conhece a verdade, e a vive, então, o seu progresso é como uma progressão geométrica: 2 - 4 - 8 - 16 - 32 e assim por diante. Aqui existe o valor para aquele que conhece o 'Plano de Deus, que é a Evolução' como se revela em Teosofia. Embora ele não possa mudar o seu caráter em perfeição por um milagre, tem mais poder de vontade para fazê-lo somente porque ele compreende. No momento em que alcança a compreensão, pode saber, se tentar, se a sua vontade é paralela ou não com a Grande Vontade. Assim vem a confiança para seguir 'o relâmpago interno' de sua intuição, uma força para resistir aos impactos do karma, e uma garantia de que ele não só viu a Meta, mas está trilhando a Senda que a ela conduz. Ele sabe, então, que de todas as coisas, é este conhecimento que unicamente vale, porque descobre, dentro de si mesmo, um reservatório inesgotável de poder com o qual abrir o seu caminho para o futuro na Eternidade."

(C.W. Leadbeater - As Vidas de Órion - Oriom Editora, São Paulo, 2002 - p. 18/19)


quarta-feira, 27 de maio de 2015

A UNIVERSIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Uma verdadeira Universidade deveria preparar o homem de tal modo que, depois de terminados os estudos, ele tivesse sempre durante toda sua vida uma serena clareza de espírito como se um imortal estivesse desenvolvendo um trabalho temporal; tal é o verdadeira objetivo de qualquer cultura digna deste nome. Diz-se que a missão de uma Universidade é formar homens educados e sábios; pois bem, do ponto de vista teosófico, a Universidade deve produzir homens servidores e imortais. É justamente na Universidade onde os mais altos ideais da vida deveriam projetar-se como beleza e serenidade; e o mais alto ideal que se pode ensinar ali ao homem, nos tempos atuais, deveria ser a alegria de cooperar com todos os homens e com todas as nações, para conseguir o bem-estar da Humanidade. (...)

Todos aqueles que foram beneficiados com o que as nossas Universidades modernas podem ensinar, sabem quanta gratidão se deve ter por esses centros de educação; mas ao mesmo tempo é mister reconhecermos que se esses ensinamentos nos preparam de algum modo mentalmente, não os puseram em condições de compreender o problema da vida que enfrentamos ao deixarmos a Universidade. Tivemos que desaprender, lenta e dolorosamente, muitas lições do passado e aprender numerosas lições, estranhas e difíceis, das quais os nossos professores não nos haviam falado. Se pudéssemos mudar tudo isso radicalmente, se a Universidade pudesse transformar-se  num lugar onde nos indicassem o trabalho próprio para alimentar a nossa alma; se ali nos fizessem ver que, à medida que vamos executando esse trabalho espiritual, mais e mais nos aproximamos da Eternidade, então, estou seguro, a vida universitária se tornaria a parte principal da existência do indivíduo. Mas na situação atual, muitas pessoas que não passaram pelas aulas universitárias são Almas mais nobres e Servidores mais dedicados, do que aqueles que estudaram muitos anos na Universidade. Tudo isso há de mudar, seguramente, quando os princípios fundamentais da Teosofia permearem a educação e nossos professores ensinarem acima de tudo as grandes verdades que revelam ao homem sua natureza Divina e como essa natureza se desenvolve através do serviço à Humanidade."

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 41/43)

quinta-feira, 16 de abril de 2015

PACIÊNCIA E COMPREENSÃO (1ª PARTE)

"Os budistas têm uma expressão: 'Não empurre o rio. Ele vai correr no seu próprio tempo.' 

Em se tratando de evolução espiritual, é interessante encarar o tempo como um rio. O tempo não deve ser medido cronologicamente, como fazemos hoje, mas sim em termos de lições aprendidas em nosso caminho para a imortalidade. Portanto não tente empurrar o rio do tempo: você só vai derramar água inutilmente,. Quer dizer, você tanto pode se debater na correnteza quanto fluir com ela, serenamente. A impaciência rouba nossa alegria, nossa paz e nossa felicidade. Queremos porque queremos, e queremos tudo aqui e agora, Nunca isto foi mais evidente do que no mundo do século XXI. Mas a engenharia do universo não é assim. As coisas nos acontecem quando estamos prontos. Antes de nascer, vislumbramos a paisagem do que será nossa vida, mas a esquecemos depois do nascimento. Vivemos apressados, preocupados em corrigir tudo na hora. Seria importante que, como adultos, reconhecêssemos que existe um tempo certo e outro errado. (...) 

A chave é a paciência psicológica, mais do que a paciência física. O tempo, como o medimos, pode passar rápido ou devagar. Meia hora com um amigo querido passa voando. Mas quando estou parado num engarrafamento, é uma eternidade. Se internalizarmos o tempo como o rio infinito que é, a impaciência desaparece. 'Não quero morrer agora', me diz um paciente. 'Tenho muitas coisas a fazer.' Sim, mas ele terá um tempo infinito para fazer tudo o que quiser. (...)"

(Brian Weiss - Muitas vidas, uma só alma - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 88/89)

sábado, 13 de dezembro de 2014

ESPIRITUALIDADE

"Ser espiritualizado significa ter mais compaixão, mais cuidado e mais bondade. Significa lidar com as pessoas com amor no coração, sem esperar nada em troca. Significa saber que há algo maior que nós mesmos, uma força que existe numa esfera que temos que perseverar para descobrir. Significa entender que há lições mais elevadas para serem aprendidas e, depois que as tivermos aprendido, haverá outras ainda mais elevadas. O potencial para a espiritualidade existe em cada um de nós e precisa ser acessado.

Já vi pessoas religiosas cometendo atos de violência e incitando outras à guerra. Matem, dizem elas, porque esses outros não compartilham de nossas crenças e, portanto, são nossos inimigos, Essas pessoas não aprenderam a lição que mostra que só existe um universo e uma única alma. Para mim, a atitude delas é totalmente antiespiritual, não impora qual seja sua religião. De fato, esta é a diferença entre religião e espiritualidade. Você não precisa ser religioso para ter espiritualidade; você pode ser ateu e de ser bom e cheio de compaixão. Você pode fazer trabalho voluntário, por exemplo, não para obedecer à vontade de Deus, mas porque se sente bem ao fazê-lo e acha que os seres humanos deviam agir assim uns com os outros. Este é um caminho de evolução para esferas mais altas.

Em minha concepção, Deus é uma energia sábia e amorosa que está em todas as células de nossos corpos. Para mim ele não é aquele velho clichê do homem barbado, sentado numa nuvem fazendo julgamentos. A questão importante em relação à espiritualidade não é 'qual é o seu Deus', mas se você é verdadeiro em relação à sua alma. Será que você está vivendo uma vida espiritual? Você é uma boa pessoa aqui na Terra? É capaz de encontrar alegria em sua existência? Não prejudica ninguém e faz bem aos outros?

Esta é a essência da vida, aquilo que é fundamental para nossa viagem de elevação, e que não é complicado. Mas muitos ainda não aprenderam essas lições espirituais. Somos egoístas, materialistas, faltam-nos empatia e compaixão. Nosso desejo de fazer o bem é subjulgado pelo desejo do conforto físico. E, enquanto a bondade e o egoísmo lutam dentro de nós, ficamos confusos e infelizes."

(Brian Weiss - Muitas Vidas, Uma Só Alma - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 163/164)

domingo, 30 de novembro de 2014

DINHEIRO E SEGURANÇA SÃO COISAS DIFERENTES

"O dinheiro é uma coisa neutra. Nem bom nem mau. O que importa é o que fazemos com ele. Podemos usar o dinheiro para ajudar quem necessita ou podemos escolher usá-lo egoisticamente, desperdiçando a oportunidade de ser generosos. A escolha é nossa, e todas as lições serão, cedo ou tarde, aprendidas.

Dinheiro e segurança são coisas diferentes. Segurança só pode vir de nosso interior. É uma coisa espiritual, não terrena. Dinheiro é terreno. Não se pode levá-lo, quando partimos daqui.

Podemos perder tudo da noite para o dia, se este for nosso destino ou a lição que precisamos receber. A segurança vem de uma paz íntima e do conhecimento da nossa essência verdadeira, que é espiritual. Nunca podemos ser feridos, porque somos imortais e eternos, porque somos seres espirituais, não corpos físicos. Porque nunca estamos sós. Porque Deus e todo um exército de espíritos amorosos nos protegem. Porque somos todos uma mesma essência.

E não há necessidade de ter medo. De fato, essa verdade é o segredo de nossa segurança e da nossa alegria. 'Amem-se uns aos outros, de todo o coração, não temam, não se contenham. Quanto mais derem, mais receberão.'"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 93/94)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O PROBLEMA DO BEM E DO MAL (PARTE FINAL)

"(...) Geralmente afirma-se que o sofrimento é um mal e é comumente associado à ideia de castigo, pois predomina a concepção cristã de que o sofrimento é uma punição. Será preferível equiparar o sofrimento à experiência; boa se contribuir para a melhoria espiritual e má se não forem tiradas do mesmo lições proveitosas, ou se for acolhido com revolta.

O conhecimento da natureza humana, segundo a Teosofia, leva o homem a considerar tudo sob o ponto de vista da Mônada ou do Ego, em vez de olhar pelo prisma da personalidade, ou seja, do homem terreno. Com efeito, para o homem físico existe o dualismo: Bem - Mal. Já para o Ego, só existe experiência, propriamente dita, porque para o Ego não há bem nem mal. As experiências serão agradáveis ou desagradáveis, para a personalidade, facilitadoras ou não da evolução.

A Mônada, ou espírito divino em germe, não tem experiências a colher. Ela tem ambiente para expansão, para suas manifestações de Vida, de Ação, de Atividade ou de Trabalho cósmico nos planos inferiores. Em resumo:

Para a Personalidade : Bem e Mal.
Para o Ego                 : Experiência.
Para a Mônada           : Manifestação.

Um problema complexo, que se liga muito de perto ao do Bem e do Mal, é o do deterministo e do livre-arbítrio. Como espírito (Mônada), somos livres porque estamos identificados com Deus, mas como homem terreno, como personalidade, não o estamos (Segundo Fichte, o ego individual faz parto do Ego absoluto e, como este, é livre).

Sabemos, entretanto, que quanto mais evoluirmos, mais livres seremos, porque dominaremos maior porção do universo e que, quando melhor conhecermos e respeitarmos as leis cósmicas, menos sofreremos, porque evitaremos as consequências cármicas desagradáveis ou dolorosas." 

(Alberto Lyra  – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 225/226)
www.editorateosofica.com.br/loja


domingo, 9 de novembro de 2014

AUTOANÁLISE: CHAVE PARA DOMINAR A VIDA

"Vamos sair dos limites do ego e percorrer os vastos campos do progresso da alma. Assim como o tempo prossegue, assim também deve sua alma prosseguir em direção a uma expansão maior da vida no Espírito. A iniciativa de cumpir seu mais importante dever na vida costuma ficar enterrada sob o entulho acumulado dos hábitos humanos. Você deve livrar-se dessa influência humilhante e começar a plantar as sementes do êxito almejado. A vida vale a pena quando se realiza o trabalho mais essencial, o de descobrir o significado e os verdadeiros valores da existência.

O homem deve aprender com o filme cósmico da vida, que não está sendo exibido sem motivo. Todos os dias vemos cenas diferentes e cada dia tem uma lição a ensinar. Você deve aprender a lição, concentrando-se no propósito supremo da existência humana: conhecer Quem está por trás de sua vida."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 73)


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O PÉ DE ACÁCIA

"SE EU FOSSE aquele pé de acácia,

 ali na encosta,

 exibindo o amarelo agressivo das minhas flores,

 contra o fundo verde da mata,

 sentir-me-ia cheio de prazer

 por oferecer abrigo aos ninhos,

 e néctar às abelhas diligentes...

Gozaria, por certo, com o roçar macio do vento,

a tirar sons em meus ramos.

Nem me incomodaria mesmo de acolher algum parasito.

Se eu fosse aquele pé de acácia,

teria gosto de dar sombra ao casal de namorados,

mas, sem dúvida, sofreria as dores impostas pelo machado,

e ficaria triste com os moleques a matar meus passarinhos...

Mas eu responderia com a nobre impassibilidade de uma árvore.

Se eu fosse aquele pé de acácia,

imóvel, confiante, sereno,

majestosamente sereno,

saberia aceitar o que viesse,

sem lamentar,

sem reclamar,

sem me abater...

Mesmo que o temporal destruísse meus ninhos,

mesmo que as borboletas deixassem de vir ao amanhecer,

e minha flores murchassem,

mesmo que o estio prolongado e forte viesse queimar-me,

e as abelhas, sem encontrar sustento, se fossem...

embora passível de gozar e sofrer,

continuaria uma acácia majestosamente serena

e conservaria sempre a nobreza ereta de uma árvore.

Se eu fosse aquele pé de acácia,

saberia aceitar as coisas como são,

não me rebelaria contra o inevitável.

Saberia que

até no malcheiroso esterco,

energia inefável se manifesta.

E seria minha nutrição.

Acataria os golpes da poda,

a necessária dor para crescer.

Acataria os golpes do lenhador

que viesse que viesse fazer de mim algo útil.

Renunciaria a ser a pincelada amarela a embelezar a paisagem,

e me deixaria transformar em acha de lenha,

E meu mistério se libertaria em forma de luz e calor,

ou viria a servia de esteio a um casebre,

e meu mistério se faria abrigo.

Quando chegarei a ter

a majestade daquela pé de acácia

dando vida, beleza, abrigo, amenidade e lição?!"

(Hermógenes - Viver em Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 4ª edição - p. 109/111)


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CRIANDO RELACIONAMENTOS AMOROSOS

"Depois do nosso nascimento no estado físico, a fonte principal de aprendizagem são os relacionamentos. Através da alegria, da dor e da emoção dos relacionamentos, avançamos em nosso caminho espiritual, de maneira a aprendermos a respeito do amor sob todas as formas. Relacionamentos são laboratórios vivos, um verdadeiro campo de testes para determinar como estamos nos saindo, se aprendemos profundamente nossas lições, aproximando-nos do plano que predeterminamos para a nossa vida. Nos relacionamentos, nossos botões são acionados e nós reagimos. Já aprendemos a negociar, dialogar e perdoar, ou usamos a violência, o autoritarismo e a vingança? Somos capazes de nos aproximar dos outros com compreensão, amor e compaixão, ou reagimos com medo, egoísmo e rejeição? Sem relacionamentos, nunca poderíamos saber essas coisas, nem testar nosso progresso.

É mais fácil aprender do outro lado, no estado espiritual, quando o relacionamento com outras almas é harmonioso e cheio de energia amorosa. Mas a Terra é um lugar difícil, onde aprendemos por meio das emoções e da dor, e mostramos por meio das ações se de fato aprendemos nossas lições.

Quanto mais obstáculos houver, mais aportunidades teremos para aprender. Uma vida com relacionamentos difíceis, repleta de desafios e perdas oferece maiores oportunidades para o crescimento da alma. Se é isso o que acontece, pode ser que você tenha escolhido uma vida mais difícil, de modo a acelerar o seu progresso espiritual.

Às vezes, um acontecimento negativo, tal como a perda de um emprego, pode ser a mão que abre uma porta para outra oportunidade melhor. Tenha paciência, pois o destino pode necessitar de um pouco mais de tempo para tecer sua tapeçaria intrincada. Mas, apesar de todos os problemas, há também amor, alegria e êxtase nesta vida, onde participamos de uma comunidade em que todos estão aprendendo as mesmas lições.

O amor não é um processo intelectual, mas acima de tudo uma energia dinâmica que flui para dentro e através de cada um de nós, permanentemente, quer estejamos ou não conscientes disso. Devemos aprender tanto a dar amor quanto a recebê-lo. Só em comunidade, envolvidos em relacionamentos e servindo ao próximo, é que seremos capazes de verdadeiramente compreender toda a amplitude da energia do amor."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 56/57)

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A VERDADEIRA FORÇA VEM DA AUTOENTREGA

"Há um ditado segundo o qual o que não podemos remediar precisamos suportar. Devemos adquirir um pouco mais de resistência neste mundo. Não nos permitamos ser tão fracos, a lamuriar, a chorar e a achar que a vida é irremediável. Enquanto há vida, há esperança. Não devemos nunca, nunca desistir internamente. Devemos, antes, atirar-nos mentalmente aos pés Dele, que é nossa força, nosso poder, nosso amor e nossa alegria. A força real vem dessa autoentrega. É difícil fazer isso, se fosse fácil, todos poderiam fazê-lo. Entretanto, é muito difícil abandonar este pequeno eu. Aprender essa lição é a razão por que estamos aqui na Terra.

Assim como foi com Cristo, assim também é com todas as grandes almas. Depois que completaram seu papel na Terra, precisam desfazer-se outra vez de toda a consciência da forma. Com a aproximação da morte, há um súbito abalo, até com os maiores. Quando chegou aos ouvidos de Lahiri Mahasaya a mensagem de Babaji: 'Diga a Lahiri que a energia armazenada para esta vida é agora escassa, quase esgotada', Lahiri Mahasaya estremeceu. O mesmo se deu com Swami Sri Yukteswar quando chegou sua hora de deixar o corpo. Tal é o poder da ilusão. Esse temor momentâneo não minimiza a grandeza das almas divinas."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realiztion Fellowship - p. 208/209)

domingo, 15 de junho de 2014

EMPATIA

"A empatia é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro - sentir o que ele sente; ficar em sua situação e ver com seus olhos. Se somos capazes de empatia, podemos sofrer com quem está sofrendo, nos alegrar com o amor de alguém, sentir prazer com o sucesso do outro, entender a raiva de um amigo e a tristeza de um desconhecido. É uma qualidade que, quando desenvolvemos e usamos corretamente, nos ajuda a evoluir. Quem não tem empatia não consegue evoluir espiritualmente.

O princípio que fundamenta a empatia é o fato de estarmos todos conectados. Comecei a entender este princípio na época do auge da Guerra Fria, quando vi um filme sobre um soldado russo. Eu sabia que se esperava que eu o odiasse, mas ao vê-lo realizar seu ritual doméstico - fazer a barba, tomar seu café da manhã, ir para o campo de treinamento - me lembro de ter pensado: 'Esse soldado é só um pouco mais velho do que eu. Deve ter mulher e filhos que o amam. Talvez ele esteja sendo obrigado a lutar por ideias políticas de seus lideres com as quais não concorda. Disseram-me que ele era meu inimigo, mas quando olho em seus olhos é a mim mesmo que vejo. Será que me mandaram odiar a mim mesmo?'

O soldado russo de ontem e o soldado árabe de hoje são iguais a você, porque têm alma, assim como você, e todas as almas são uma só. Em nossas vidas passadas mudamos de raça, sexo, situação econômica, condições de vida e religião. Em nossas vidas futuras também mudaremos. Então quando odiamos, guerreamos e matamos, estamos odiando, guerreando e matando a nós mesmos.

A empatia ensina essa lição. Fomos colocados na Terra para aprendê-la, é um aspecto fundamental em nossa preparação para a imortalidade. É uma lição difícil, porque precisa ser aprendida em nossas mentes e em nossos corpos, e em ambos temos dor, emoções sombrias, inimigos, perdas e tristezas. Por isso tendemos a esquecer os outros e a nos concentrar em nós mesmos. Mas também possuímos amor, beleza, arte, dança, natureza e ar, e queremos compartilhá-los. Sem empatia não conseguimos transformar o negativo em positivo, e não podemos entender de verdade a empatia sem experimentá-la em nossa vida presente, no passado e no futuro. (...)"

(Brian Weiss - Muitas Vidas, Uma Só Alma - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 56/58)
www.esextante.com.br


quinta-feira, 12 de junho de 2014

NÃO TER MEDO SIGNIFICA TER FÉ EM DEUS (PARTE FINAL)

"(...) Uma pessoa enferma deve tentar livrar-se de sua doença com determinação. Então, mesmo que os médidos aleguem não haver esperança ela deve permanecer tranquila, pois o medo cerra os olhos da fé na onipotente e compassiva Presença Divina. Em vez de ser complacente com a ansiedade, a pessoa deve afirmar: 'Estou sempre seguro na fortaleza do Teu amoroso cuidado'. Um devoto destemido, que esteja sucumbindo a uma doença incurável, concentra-se no Senhor, aprontando-se para a liberdade da prisão física e para uma gloriosa vida futura no mundo astral. Dessa forma ele se aproxima ainda mais do objetivo de libertação suprema na próxima vida. Um homem que morre aterrorizado, abandonando por desespero a fé em Deus e a lembrança de sua natureza imortal, carrega consigo, para a encarnação seguinte, esse triste padrão de medo e debilidade; essa marca pode muito bem atrair, para ele, calamidade semelhantes - uma continuação da lição cármica ainda não aprendida. O devoto heroico, por outro lado, embora possa perder a batalha contra a morte, vence a guerra pela libertação. Todos os seres humanos foram feitos para perceber que a consciência da alma pode triunfar sobre qualquer desastre externo.

O fato de medos subconscientes repetidamente invadirem a mente, mesmo que haja forte resitência mental, indica um padrão cármico profundamente arraigado. O devoto precisa esforçar-se ainda mais para desviar a atenção do problema preenchendo a mente consciente com pensamentos de coragem. Além disso, e mais importante ainda, deve entregar-se completamente às mãos seguras de Deus. Para ser digno de Autorrealização, é preciso ser destemido."

(Paramahansa Yogananda - Viva sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 61/62)

segunda-feira, 9 de junho de 2014

TODO MUNDO É SEU MESTRE

"Na escola da vida, tudo o que lhe acontece traz algum ensinamento, e todo mundo é o seu mestre. Considere as suas experiências como mensagens codificadas, cujo significado diz: ‘Há sempre alguma coisa que você precisa aprender a fim de crescer e se expandir.'

A doença pode ser um excelente exemplo. Quando você pega uma gripe ou resfriado, é como se o universo estivesse querendo dizer: ‘Calma! Vá devagar; entre para dentro de si por alguns instantes – você precisa descansar e olhar para seu mundo interior.’ Se prestar atenção a essas mensagens, o universo apenas o cutucará quando quiser chamar sua atenção; mas, se ignorar essas pequenas sugestões, será forçado a encarar de frente a vida na forma de uma crise.

As lições de vida mais significativas vêm através de outras pessoas – particularmente daquelas que estão mais perto de você – pais, filhos, cônjuges, amigos e colegas. Por meio desses relacionamentos próximos você aprende as mais valiosas lições – o amor, a paciência, o sacrifício, a generosidade e o perdão.

Muitas vezes, os ensinamentos mais importantes surgem daqueles indivíduos e situações mais críticas. Dê uma olhada na sua vida. Quem ou o quê está lhe trazendo mais problemas? Como é que está reagindo a esse desafio? Em vez de ficar irritado ou frustrado, dê graças à situação ou à pessoa que o causou. Peça à sabedoria suprema que lhe revele o significado da experiência e o ajude a encontrar a solução.

Toda experiência na vida lhe oferece um presente especial. Peça e ele lhe será dado."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam – Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 56)


segunda-feira, 28 de abril de 2014

VIVENDO NO MUNDO FÍSICO

"À medida que as lembranças do mundo celestial de luz e alegria lentamente se desvanecem e são substituídas por uma sensação de peso e frio, a alma recém-chegada sente-se um pouco confusa ao entrar no mundo físico mais uma vez. Ela acabou de se afastar de um mundo organizado e acolhedor para ingressar em um lugar de insegurança e solidão. O espiríto não está mais flutuando em um mundo de cor, luz, sentimentos e deslumbramento. Ele já não viaja mais à velocidade do pensamento. Ninguém lê mais sua mente. O espírito está de novo aprisionado em um mundo onde a energia é densa, as cores fracas e insípidas, e a única luz natural emana de um sol.

Embora o espiríto que reencarna já seja muito 'velho', de certo modo é também novo em folha. É verdade que traz consigo um pacote de lições cármicas, mas também tem seus corpos mental, emocional e físico recém-formados para vivenciá-las. Em parte, o espírito conta com seus instintos inferiores para satisfazer suas necessidades físicas. Mas e as partes emocionais e mentais deste ser? Como se desenvolverão e se aperfeiçoarão? Equipado com seu plano de vida espiritual, o espírito deve entrar no mundo da carne para cumprir seu destino. Deve aprender a amar, a ser magoado e a crescer. O resto de sua vida na Terra será moldado por suas relações, sua religião, e pela sociedade em que vive. A vida completou seus ciclo, e a viagem do espírito avança mais uma vez através do tempo."

(James Van Praagh - Em busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro,2008 -  p. 49/50)
www.esextante.com.br


sábado, 1 de março de 2014

ELE É BOM - CRUCIFICA-O

"Amigo ignoto, ouve e escuta a mais dura lição que humanos ouvidos podem ouvir!

Depois de prestares à humanidade todos os benefícios que puderes –

Depois de lhe ofereceres em holocausto mocidade e saúde, fortuna e saber –

Depois de esgotares o derradeiro átomo de energia e extinguires, a serviço dos outros, a última luz dos teus olhos –

Depois de tudo isso, amigo ignoto, aguarda um inferno de ingratidão!

Ninguém pratica impunimente o bem – neste mundo imundo...

Ninguém planta roseiras – sem ferir as mãos nos espinhos...

Ninguém ilumina inteligências juvenis – sem ser por elas explorado quando velho.

Ninguém leva outros ao cume do ideal – sem que eles tentem despenhá-lo ao abismo.

Ninguém abre as pupilas a cegos – sem que eles, quando videntes, lhe arranquem os olhos.

Ninguém dá de comer a famintos – sem que estes quando fartos, o devorem...

Ninguém ‘atira pérolas aos porcos – sem que estes lhe metam as patas e o dilacerem’.

Ninguém abençoa crianças inocentes – sem que estas, quando adultos, o posponham a Barrabás...

Ninguém cura cegos, surdos, mudos, coxos, leprosos, aleijados – sem que estes suspendam na cruz seu benfeitor...

Ninguém ressuscita Lázaros, jovens de Naim e filhas de Jairo – sem que estes, redivivos, lhe tirem a vida...

Ninguém prega doutrinas divinas nem ensina mistérios celestes – sem que seja tachado de louco varrido ou aliado de belzebu...

Ninguém mostra aos homens o caminho da verdade e da vida – sem que os homens lhe apontem o caminho do exílio...

Convence-te disso, meu ignoto amigo:

Existe uma misteriosa lei de polarização.

Assim como ao polo elétrico positivo corresponde um polo negativo, e tanto mais negativo quanto mais positivo for aquele –

Assim como as trevas são tanto mais espessas quanto mais intensa é a luz –

Assim como às mais altas montanhas da terra correspondem os mais profundos abismos do mar –

Assim deve também aos mais insignes benefícios corresponder a mais infame ingratidão...

Desde que o Nazareno sofreu pelo maior de todos os bens todos os males – vigora essa lei estranha, esse paradoxo dos paradoxos...

Desterra, pois, de ti esse desejo impuro de justiça!

Injustiça é pão cotidiano – justiça é iguaria de festa...

Ingratidão é regra geral – gratidão é feliz exceção...

Seja tão potente a força do teu espírito, seja tão pujante a juventude de tua alma – que nenhuma ingratidão te faça ingrato!

Nenhuma derrota te faça derrotista!

Nenhuma amargura te faça amargo!

Nenhuma injustiça te faça injusto!"


(Huberto Rohden – De Alma para Alma – Ed. Martin Claret, São Paulo, 2005 – p. 161/162)
www.martinclaret.com.br


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

REENCARNAÇÃO: O COMEÇO DE UMA VIDA FÍSICA

"Uma vez que, a princípio, os movimentos mais sutis não conseguem afetar a alma, ela tem que juntar ao seu redor vestimentas de matéria mais densa, através das quais possa fluir as vibrações mais pesadas, e assim ela toma sobre si sucessivamente o corpo mental, o corpo astral e o corpo físico. Isso é um renascimento ou reencarnação – o começo de uma vida física. Durante essa vida ocorrem diferentes tipos de experiências através do seu corpo físico; dessas experiências, ela deve aprender algumas lições e desenvolver algumas qualidades dentro de si mesma.

Após algum tempo ela começa novamente a se recolher para dentro de si mesma, e gradativamente vai se desfazendo das vestimentas que fez uso. A primeira delas a ser descartada é o corpo físico, e a sua retirada desse corpo é o que chamamos morte. Não é o fim de suas atividades, como tão impropriamente supomos; nada poderia estar mais distante da realidade. Ela está simplesmente se afastando de um esforço, levando com ele os resultados; após um certo período de comparativo repouso, fará novamente um novo esforço do mesmo tipo.

Assim, como dito, aquilo que geralmente chamamos de sua vida é apenas um dia na vida real e mais ampla – um dia na escola, durante o qual ela aprende certas lições. Mas visto que uma curta vida de setenta ou oitenta anos, no máximo, não é suficiente para lhe dar uma oportunidade de aprender todas as lições que esse belo e maravilhoso mundo tem a ensinar, e visto que Deus deseja que ela as aprenda no tempo que dispõe, é necessário que ela retorne muitas vezes e viva em diferentes classes e sob diferentes circunstâncias, até que todas as lições sejam incorporadas; e então o seu trabalho escolar mais inferior terminará e ela passará a algo mais elevado e mais glorioso – a verdadeira vida divina de trabalho, para qual toda essa vida escolar na Terra a está capacitando."

(C. W. Leadbeater - Introdução à Teosofia - Ed. Teosófica, Brasília, 2010 - p. 41/42)


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

DESAFIOS

"O que são para nós problemas e dificuldades? Não são tão bem-vindos como os prazeres e facilidades? Pois não são eles nossos melhores treinadores e educadores, e nos enchem de lições salutares? Não nos obrigam a nos movermos mais tranquilamente através de todas as mudanças e vicissitudes da sorte? E não seria um grande descrédito para nós se falhássemos em preservar a tranquilidade mental e equilíbrio de ânimo, coisa que devia ser sempre a marca da disposição do discípulo? Seguramente ele deveria permanecer sereno em meio a todas as tormentas e tempestades. Este é um mundo louco, enfim, se a pessoa olha só para sua mera exterioridade, e mesmo assim, quão enganador é em sua loucura! É a própria insanidade da loucura quando o doente é ignorante de sua condição - antes, quando acredita-se perfeitamente saudável. Oh, se a harmonia e música que reinam na Alma das coisas não nos fossem perceptíveis, a nós, cujos olhos foram abertos para esta completa sandice que penetra a casca externa, quão intolerável a vida nos seria! Você não acha que seria pouco agradecido mantermo-nos descontentes quando obedecemos aos desejos de nossos Senhores e cumprimos nosso dever? Você deveria ter não apenas paz e contentamento, mas também alegria e vivacidade, quando serve Aqueles cujo serviço é nosso mais alto privilégio e cuja memória é nossa mais verdadeira delícia." 

(Annie Besant - A Doutrina do Coração - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10)


terça-feira, 23 de julho de 2013

DESCUBRA O QUE DEUS ESPERA DE VOCÊ

"A maneira de beneficiar-se é fazer um esforço para compreender o que Deus espera de você em todas as circunstâncias. Se seu ambiente é tal que você vive constantemente irritado e reage com vontade de retalhar, de contrariar, de causar dano, e perder o autocontrole, você ainda não aprendeu a lição dessa situação. Você tem que desenvolver esse controle, pela autodisciplina, para que esteja sempre sereno. Não será difícil fazer isso se você depender mais de Deus. Quando você se torna espiritualmente forte, de modo a não se deixar abater pelas pessoas ou pelos acontecimentos, só então pode realmente dar amor e compreensão aos outros, não antes.

Guruji dizia: "Se você tem um temperamento colérico, morda a língua e fuja da pessoa ou da situação que faz com que perca a paciência, até recobrar a calma". Não se ganha nada quando se perde a paciência. Sempre vi que, por meio da razão, da gentileza e da compreensão, eu podia me comunicar com qualquer um. Contudo, eu me afastava do mau gênio ou da linguagem belicosa dos outros. Guruji viu essas suscetibilidade e começou deliberadamente a fazer-me observações veementes e mordazes. Como eu tinha respeito muito profundo por ele e por suas palavras, senti-me muito magoada. Lembro-me de ter-lhe dito: "Mestre, por que o senhor faz isso?" Ele explicou: "Porque você é suscetível demais aos outros. Não estou dizendo que deve ser insensível, mas tem que ser forte. No momento que as pessoas lhe dizem qualquer coisa áspera, você recua, você se fecha, e isso é uma fraqueza." Desse modo, ele me disciplinou exatamente como seu guru o havia disciplinado. Gurudeva estava sempre certo. Ele viu que eu não necessitava de brandura; eu já era assim. Ele estava tentando me dar fibra espiritual, uma força interna invencível.

Uma vez, alguns anos depois, ele me repreendeu severamente diante de um grupo de discípulos. Isso não me perturbou. Deixei a sala para fazer um serviço externo para ele. Quando saí, ele se voltou para os outros discípulos e disse: "Viram como ela se comporta? Durante anos tem sido assim. Não importa o que ou como eu lhe diga, ela sempre mantém a mesma serenidade. Todos vocês podem aprender com ela." Quando os devotos que estavam presentes me contaram isso, anos depois, uma alegria e gratidão tão grande encheu minha alma! Ele não podia ter dito nada que tivesse significado mais para mim, porque isso era uma coisa pela qual eu estivera lutando: serenidade sob todas as condições. Como é grande nosso Guru! Todo meu ser se eleva quando penso em tudo que ele fez por mim. Como sou grata!

Percebi que, graças a seu estrito treinamento, é mais fácil a pessoa se conservar internamente imperturbável. Vocês todos estão recebendo treinamento semelhante todos os dias. As criaturas humanas e os acontecimentos da vida diária estão lhes dando isso, embora vocês não o percebam. Cada experiência é uma oportunidade para crescer. Mas, em vez disso, quantas vezes vocês reagem de forma errada. 

Aqueles que desejam ter êxito na vida espiritual têm de se erguer por seus próprios esforços, elevando-se acima do nível da conduta ordinária. Se não fizermos esse esforço, não cresceremos. Quando ficamos zangados, somos vingativos, criticamos os outros; quando encontramos defeitos nos outros mas desculpamos a nós mesmos, estamos espiritualmente estagnados. É nosso dever corrigir-nos."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 65/67)


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

VONTADE DE APRENDER


“Pela janela, eu ia vendo a paisagem mudando, as coisas ficando para trás. Numa encosta nua, num pé de milho. Nele, uma lição.

A haste falou-me da verticalidade elegante, mas efêmera.

As raízes, ocultas aos olhos, em trabalho fecundo e anônimo, disseram-me sobre servir com humildade.

As folhas, tangidas pelo vento, eram eloquentes em demonstração de volubilidade.

As espigas, doação generosa.

Cada grão prometia uma safra.

Há uma lição em cada pé de milho.

É preciso que haja em cada um de nós a vontade de aprender.”

(Hermógenes – Mergulho na Paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 161)