OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 2 de junho de 2014

A MENTE UNIVERSAL

"Para entender melhor o que chamo de Mente Universal, vamos visualizá-la como um enorme lago translúcido. Penso na mente individual como um peixe nadando neste lago. O peixe depende do ambiente em que habita e é afetado por ele. Os pensamentos são como ondulações na água. Cada ondulação origina-se no lago e é parte da água, mas cada uma delas é também singular e individual. Cada ondulação afeta cada peixe, e assim afeta também o lago inteiro.

A Mente Universal não conhece fronteiras ou limites, e qualquer pessoa pode usá-la. Já lhe aconteceu de estar assistindo a um programa de televisão e pensar 'Eu tive esta ideia há um ano'? É muito frequente as pessoas terem a mesma ideia ou projeto, independentemente umas das outras. Por quê? Porque a pessoa criativa ligou-se à Mente Universal e puxou para sua mente individual aquela inspiração em particular. As ideias são apenas sensações impressas profundamente em nós. Uma vez percebidas, podemos agir. Em outras palavras, nossos impulsos criativos são vibrações da Mente Universal.

Quando vim para Los Angeles, meu objetivo era escrever para cinema e televisão. Um dia acordei com a ideia incrível para um roteiro. Achei que era uma ideia tão original que não a contei para ninguém. Terminei o roteiro e o mandei para vários estúdios. Recebi a mesma resposta de todos: havia três outros roteiros cuja ideia básica era igual à minha. Fiquei arrasado. Minha ideia especial que eu tinha me esforçado tanto para esconder havia surgido também na mente de três completos estranhos.

Este surgimento uníssono de ideias é tão genuíno quanto o ar que respiramos ou o calor do sol que sentimos. Em um nível global, todos compartilhamos as emoções ou sensações uns dos outros. Assim como o mesmo sol brilha para todas as pessoas, compartilhamos todos uma condição comum. Compartilhamos os sentidos: sentimos, vemos, ouvimos, tocamos, rimos e choramos. Compartilhamos a energia da Força de Deus. O mundo seria certamente um lugar melhor se pudéssemos pensar em todas as pessoas como seres espírituais, e se compartilhássemos com bondade e solidariedade nossos caminhos terrenos."

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 18)
www.esextante.com.br


segunda-feira, 3 de março de 2014

O QUE É A VERDADE? (PARTE FINAL)

"(...) Uma mulher em nosso grupo disse que o cristianismo era a Verdade; outros achavam que o budismo era a Verdade e um dos nossos amigos hindus acreditava que o Gita continha toda a Verdade. Se um homem diz que o catolicismo é a Verdade, imediatamente é desafiado por um batista ou qualquer outro.

Vamos supor que uma porção de pessoas, alegando ser cientistas cristãos, unitários, cientistas divinos, cientistas religiosos, católicos, protestantes, budistas etc., afirmem que possuem a Verdade. Seria parecido com a fábula dos cegos descrevendo um elefante. Só existe uma única Verdade, uma Lei, uma Vida, um Poder, uma Substância, um Deus - o Pai de Todos, o Princípio Vital - do qual provém todas as coisas. Por isso é que Jesus ficou em silêncio quando lhe fizeram a pergunta. A verdade é a Presença Silenciosa, o EU SOU ou Deus em todos nós. A Bíblia diz: ... eu sou o caminho, a verdade e a vida... (João 14:6). EU SOU significa Existência, Vida, Consciência, Deus, o Espírito Infinito dentro de você, sem rosto, forma e figura.

Se você alega que o budismo é a Verdade, pode ter um argumento. Mas sempre que aplica um rótulo, não tem a Verdade. O velho ditado que se perdeu na névoa dos tempos é bastante apropriado: 'Quando se lhe dá um nome, não se pode encontrá-lo; quando se o encontra, não se pode dar-lhe um nome.' É o Desconhecido dentro de você, sem rosto, forma ou figura, sem tempo, sem formato definido, sem idade. Como se pode aplicar-lhe um rótulo?

Como podemos, por exemplo, rotular paz, amor, harmonia, alegria, boa vontade, inspiração, orientação, beleza, riso, honestidade, integridade ou justiça? Não se pode certamente considerar tais qualidades e atributos como católicos, protestantes, judeus ou hinduístas. Assim como não se pode também rotular os princípios da química, física, astronomia, matemática etc. Todos são cósmicos e universais, estão disponíveis a todos os homens. Deus não faz acepção de pessoas.

... Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas (Atos, 10:34)."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 59/60)


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DE, EM, PARA

"Tudo vem do Infinito.

Tudo está no Infinito. 

Tudo volta para o Infinito.

Mas o mundo de voltar varia. Os seres infra-humanos voltam para o Infinito, donde vieram, dissolvendo-se nele e deixando de existir como indivíduos finitos; continuam a ser como Realidade Universal, mas dixam de existir como Indivíduos Realizados. O Real do seu ser coincide com o Irreal do seu existir.

Somente o homem, dentre as criaturas da terra, pode perpetuar a sua existência individual, o seu Eu existencial, quando regressa ao grande Todo Universal, donde veio e no qual está. O homem, graças à sua experiência espiritual, pode integrar-se no Infinito, em vez de dissolver o seu Finito no Infinito e deixar de existir como homem.

Tudo, quando morre, deixa de existir e continua a ser - somente o homem, quando morre, pode continuar a existir individualmente; não necessita de se diluir no oceano do Nirvana Universal.

De que depende essa perpetuação da existência individual?

Depende da experiência vital 'Eu e o Pai somos um.' Eu, o Finito, sou uma forma existencial da Essência Universal.

O que é essa experiência vital imortalizante, ninguém o sabe a não ser que a tenha vivido em toda a sua veemência e plenitude.

Saber é Ser. Quem não é aquilo que quer saber não o sabe.

sei realmente aquilo que sou.

Quando meu saber coincide com o meu ser, então eu sei realmente, e então o meu saber é uma força criadora irresistível.

Esse dinâmico ser-saber é um carisma, que não pode ser manufaturado pelo ego consciente, mas é recebido do Infitinto pelo Eu cosmosciente, suposto que o Eu seja idôeno para conceber essa prole divina. Em face do Infinito, a alma humana é essencialmente feminina, que não pode dar, antes de receber, ou conceber, o germe da Vida Divina, se permitir ao Pai Eterno que a fecunde com o poder da sua graça. 'Eis aqui a serva do Senhor - faça-se em mim segundo o teu Verbo' - somente esta atitude de humilde receptividade é que torna a alma idônea para conceber o Verbo - e então o Verbo se faz carne e habita a alma, cheio de graça e de verdade."

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 57/58)
www.martinclaret.com.br


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A LEI DA HARMONIA UNIVERSAL (PARTE FINAL)

"(...) Pelo fato de a harmonia ser a ordem universal, nosso progresso interior, como seres morais e espirituais, depende de readquirirmos o senso de harmonia que perdemos. Os outros filhos da natureza não têm problemas como nós, pois são inteiramente parte do todo e livres do sentido de ego. Mas nós, seres humanos, alienamo-nos da natureza, nossa mãe, e dos seus outros filhos de muitas espécies. Portanto, viver em paz é um problema para os seres humanos. Harmonia, felicidade e paz caminham juntas. Prova disso é quando nos desentendemos com alguém; sempre nos sentimos infelizes, ou pelo menos constrangidos. Assim, para seguir além na estrada que leva à felicidade, devemos recuperar a harmonia. Como diz aquele belo texto em A Voz do Silêncio: ‘Antes que a alma possa ver, a harmonia interior deve ser atingida, e os olhos da carne devem tornar-se cegos à ilusão’.

As tradições religiosas estimulam as pessoas a se tornarem inocentes como as crianças. A inocência existe quando a mente purga o sentido de ego e as imagens ilusórias. (...)

A harmonia interior se expressa  espontaneamente no viver inofensivo, na preocupação ecológica, no respeito e no senso de justiça com relação a todas as formas de vida, na ausência de exploração, na recusa em ceder à ganância, no viver simples e no sentimento profundo, evitando toda forma de desperdício e de luxo desnecessário. Obediência à lei da harmonia é a grande necessidade do mundo atual." 

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 13)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A LEI DA HARMONIA UNIVERSAL (3ª PARTE)

"(...) A verdadeira percepção espiritual é a percepção da vida como um estado de harmonia absoluta. A palavra yoga tem sido traduzida de muitas maneiras, mas talvez a melhor tradução seja a de Annie Besant: harmonia. Todas as práticas associadas à ioga têm por objetivo culminar na harmonia universal. Os instrutores que inspiraram a fundação da Sociedade Teosófica declararam ‘Reconhecemos apenas uma lei no universo, a lei da harmonia, do perfeito equilíbrio’.

Toda a natureza é harmonia. Não existem cores em desarmonia na natureza; somente as cores produzidas artificialmente podem ser desarmônicas. Um outro instrutor espiritual afirmou: ‘Com o farfalhar das folhas e o tamborilar da chuva, com o estrondo do trovão e o rugir da arrebentação, a natureza tece uma harmonia maravilhosa para acompanhar a canção da vida.’ A nossos olhos pode parecer haver discordância e conflito na natureza, mas aqueles que a estudaram de perto durante anos sabem que, na verdade, existe beleza e amor embutidos em tudo. É no mundo humano que o mal existe. Nenhuma criatura não-humana pratica a crueldade deliberadamente, nem a ganância. O desperdício não é encontrado fora da sociedade humana. Toda ação é inocente de egoísmo até que o estágio humano de evolução é atingido. (...)"

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 12)


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A LEI DA HARMONIA UNIVERSAL (2ª PARTE)

"(...) Sabemos que realmente existem campos de energia invisíveis. Esses campos, como o eletromagnético ou o morfogenético, conhecido como investigador moderno, não são tangíveis. Mas os efeitos dessas forças em área intangíveis são perceptíveis. Apesar de tudo, existe uma cegueira peculiar, obstinada, que não permite que as pessoas considerem esses campos como dignos de estudo. Quanto sabemos a respeito das leis que governam a gênese das formas, sua evolução ou mutação?

No curso da evolução aconteceram desenvolvimentos inexplicáveis. O famoso biólogo Alister Hardy, no seu livro The Livin Stream, refere-se às complicadas e belas marcas nas penas das asas do pavão. Ele diz que as teorias existentes a respeito da seleção natural não explicam como o padrão das penas do pavão surgiu. Essas coisas continuam a ser inexplicáveis por causa do atual condicionamento da mente humana. Ela resiste à possibilidade de haver forças, leis e propósitos nos níveis mais sutis que influenciam ou dirigem o que acontece nos níveis físico e mental.

Todos os homens inteligentes devem fazer uma séria consideração quanto à questão da felicidade e do sofrimento. Obviamente, uma grande riqueza, com excesso de prazeres e de luxos não produz felicidade. Existe uma enorme miséria, física e psicológica, em todo o mundo. Devemos perguntar: será por sermos tão ignorantes das leis não-físicas do universo que estamos continuamente violando-as e ferindo a nós mesmos? Podemos ser como a pessoa que se recusa a aceitar a força de gravidade e, do terraço, salta nos espaço, apenas para quebrar os ossos. (...)"

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10)


sábado, 7 de dezembro de 2013

A NATUREZA UNIVERSAL DO AMOR

"No sentido universal, o amor é o poder divino de atração, que harmoniza, une e vincula. Seu oposto é a força de repulsão, a energia cósmica que materializa a criação a partir da consciência cósmica de Deus. A repulsão mantém todas as formas em estado manifesto através de maya, o poder da ilusão, que divide, diferencia e desarmoniza. A força de atração do amor contrapõe-se à repulsão cósmica para harmonizar toda a criação e, finalmente, levá-la de volta a Deus. Quem vive em sintonia com a primeira, alcança a harmonia com a natureza e com seus semelhantes, sendo atraído para a reunião beatífica com Deus.

Neste mundo, amor pressupõe dualidade; nasce de uma troca ou sugestão de sentimentos entre duas ou mais formas. Até os animais expressam certo tipo de amor um pelo outro e pelos filhotes. Em muitas espécies, quando um companheiro morre, em geral o outro também logo sucumbe. Mas é um amor instintivo; os animais não são responsáveis por ele. Os seres humanos, entretanto, possuem considerável autodeterminação consciente da reciprocidade do amor. 

No ser humano, o amor se expressa de várias formas. Encontramos amor entre marido e mulher, pais e filhos, entre irmãos, entre amigos, patrão e empregado, guru e discípulo - como Jesus e seus discípulos ou os grandes mestres da Índia e seus chelas - e entre o devoto e Deus, a alma e o Espírito.

O amor é uma emoção universal, que se expressa de acordo com a natureza do pensamento em que se move. Por isso, quando o amor passa pelo coração do pai, a consciência paternal o traduz em amor paterno; quando passa pelo coração da mãe, é traduzido em amor materno; e a consciência do amante empresta ao amor universal ainda outra qualidade. Não é o instrumento físico, e sim a consciência em que o amor se move que determina a qualidade do amor expressado. Assim, um pai pode expressar amor materno, uma mãe pode expressar amor amistoso, e um amante, amor divino.

Todo reflexo do amor vem do Amor Cósmico único; mas, ao expressar-se como amor humano em variadas formas, ele possui sempre alguma imperfeição. A mãe sabe por que ama o filho; este não sabe por que ama sua mãe. Nenhum dos dois sabe de onde vem o que sentem. É o amor de Deus que se manifesta neles; e quando puro e altruísta, reflete esse amor. Assim, ao investigar o amor humano, podemos aprender alguma coisa sobre o amor divino, pois no primeiro vislumbramos o segundo."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 05/06)


terça-feira, 26 de novembro de 2013

BHAGAVAD GITA (1ª PARTE)

"O Bhagavad Gita é amplamente aceito como uma das grandes escrituras da humanidade. Ele contém um apelo universal. Trata da reorganização construtiva da vida, e explica como um homem deve cumprir seus afazeres e ao mesmo tempo compreender seu destino espiritual.

A mensagem principal do Bhagavad Gita é simples: uma pessoa deve cumprir suas obrigações. Se não, incorre em erro. A ação é a lei da vida; sem ação é impossível viver.

Krishna diz que, no caminho espiritual, não é preciso renunciar à ação; as ações executadas com dedicação e atitude adequada ajudam a conduzir a mente ao conhecimento.

Quando o trabalho é feito sem motivação egoísta, torna-se uma forma de adoração. O Bhagavad Gita enfatiza que o mesmo esforço deve ser feito no trabalho para si próprio ou para os outros, e que o esforço deve ser o mesmo, independente do trabalho.

O trabalho deve ser feito com amor. Todos os deveres são igualmente importantes; quando são cumpridos sem motivações egoístas, a ação torna-se uma expressão de amor. O trabalho dedicado remove todas as impurezas da mente. (...)"

(R. K. Langar - Bhagavad Gita - Revista Sophia, Ano 2, nº 5 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 43)


sábado, 23 de novembro de 2013

UMA ABORDAGEM UNIVERSAL DA ESPIRITUALIDADE

"A melhor abordagem da espiritualidade independe de denominações, e, portanto, é universal, como a ciência. Assim como não existe uma ciência indiana ou americana, existe apenas uma mente religiosa: a que alcançou o amor, a compaixão, a paz, a harmonia. Não é uma mente hindu, cristã nem budista.

A mente verdadeiramente religiosa está em busca da verdade, que ela encara como desconhecida. A ciência também encara a verdade como o desconhecido, e continuamente purifica seus modelos na tentativa de se aproximar dela. É a nossa ilusão que nos divide em diferentes comunidades religiosas. As diferentes religiões institucionalizadas são subprodutos históricos da busca espiritual do homem e precisam ser distinguidas da busca em si.

Da mesma forma, precisamos distinguir a ciência do seu subproduto, que é a tecnologia. A ciência é a busca da verdade, enquanto a tecnologia resulta do desejo humano de poder e conforto. O uso indiscriminado desse poder criou todos os problemas ecológicos que o mundo enfrenta hoje. Eles são resultado da ganância e do egoísmo do homem; não se devem à busca científica em si. A humanidade precisa continuar com as investigações científicas e espirituais, sem se envolver demais com os seus subprodutos."

(Padmanabhan Krishna - Ciência e espiritualidade - Revista Sophia, Ano 2, nº 5 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 19)


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

AMOR INCONDICIONAL: APERFEIÇOAR OS RELACIONAMENTOS HUMANOS (1ª PARTE)

"O mundo, como um todo, tem esquecido o significado real da palavra amor. O amor tem sido tão maltratado e crucificado pelo homem, que muito poucas pessoas sabem o que é o verdadeiro amor. Assim como o azeite está presente em cada partícula da azeitona, o amor permeia cada partícula da criação. Definir o amor, porém, é muito difícil, pela mesma razão por que não se pode descrever completamente o sabor de uma laranja. Você tem que provar a fruta para conhecer seu sabor. Assim é com o amor.

No sentido universal, o amor é o poder divino de atração que, na criação, harmoniza, une, prende junto. (...) Aqueles que vivem em sintonia com a força atrativa do amor harmonizam-se com a natureza e com os seus semelhantes, e são atraídos para a união bem-aventurada com Deus.

'O amor comum é egoísta, sombriamente enraizado em desejos e satisfações' [dizia Sri Yukteswar]. 'O amor divino é incondicional, ilimitado, imutável. O fluxo do coração humano desaparece para sempre, ao toque extasiante do puro amor.' (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 146/147)


domingo, 14 de julho de 2013

O VERDADEIRO CASAMENTO LEVA À CONSCIÊNCIA UNIVERSAL

"(...) casamento espiritual significa se esforçar, ir além, transcender aquelas "cúpulas" externas que encontram a luz da alma; o corpo, as emoções, e a mente superficial inferior (a mente sensorial: denominada manas em sânscrito). Para atingir níveis mais profundos de compreensão, e afim de realmente conhecer uma outra pessoa, o egoísmo e o ego possessivo devem desaparecer, a razão e a especulação devem desaparecer.

Um escritor descreveu muito bem a "ponte" entre duas almas que se procuram: "Esta ponte invisível entre duas pessoas indicaria que elas estavam em perfeita harmonia  uma com a outra e que elas viviam em verdadeiro companheirismo. Esta situação só pode brotar em solo de respeito mútuo, admiração, apreço, lealdade, cortesia e desejo recíproco de partilhar o que cada um tem de melhor". Esta é a verdadeira amizade; este é o verdadeiro casamento, o casamento espiritual. "Ocorre então uma espécie de alquimia mágica [em que cada um], sem sacrificar o que há de singular em sua individualidade, põe-se em harmonia com o outro, de tal modo que parecem atuar como uma só pessoa."

Podemos perceber que isso vem ao encontro do que o Mestre disse: marido e mulher devem se ajudar a desenvolver as qualidades verdadeiramente espirituais. Quando isto é alcançado, homens e mulheres, esposos e esposas, se liberam - unindo-se primeiro um ao outro e, depois, imersos em Deus. Este é o propósito do casamento. Pela meditação e pelo altruísmo, aprofundando-se para se entenderem, o Uno que habita num deles encontra o Uno no outro - união de almas. Então, a expansão divina acontece automaticamente, com a realização de que o Uno em mim e o Uno presente no meu marido ou na minha esposa é o mesmo Uno presente em todas as vidas.

Esta é a consciência universal que os santos possuem. São Francisco, por exemplo, cantou "Irmãs Estrelas", "Irmão Sol", "Irmã Lua", "Irmãs Flores", "Irmãos Pássaros", "Irmã Chuva", "Irmão Lobo", "Irmã Morte". Unidos na consciência de Deus, não existe o que se denomina morte - tudo é Um. Nas palavras do Mestre, "Encontrando-Te dentro de mim, eu Te encontrarei fora de mim, em todas as pessoas e em todas as condições". 

Os ensinamentos do Mestre permitem-nos compreender o verdadeiro significado do casamento, seu verdadeiro objetivo, e também mostram como alcançá-lo. Repetindo aquelas suas simples palavras, "Faz algo neste mundo; ajuda os outros a se redimir". Pensem nisto. Não só para as suas bençãos pessoais, mas também para as bençãos de sua família. Seu exemplo modificará os outros, trazendo-os de volta às leis de Deus e ao próprio Deus. "  

(Irmão Anandamoy - O Casamento Espiritual - Self-Realization Fellowship - p. 52/55


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CASAMENTO


"Paramahansa Yogananda explicou que, para que o drama da vida pudesse existir, o Uno - isto é, Deus - tornou-se muitos; e agora o Uno em todos procura novamente tornar-se Uno. Este é o cenário básico do drama universal. Nessa perspectiva, podemos entender que o desejo de união - o casamento - não é apenas um instinto humano limitado, mas sim uma força universal. É o poder cósmico de atração, de amor, inerente a todas as criaturas, que atrai tudo de volta à Consciência Una.

O Mestre costumava ilustrar da seguinte maneira: o oceano do Espírito juntamente com a tempestade da ilusão produziu as "ondas" de todas as coisas criadas, no caso o ser humano. E as ondas desejam se fundir novamente no oceano. É importante compreender que o objetivo da onda não é simplesmente se tornar uma outra onda. A meta final de cada onda é tornar-se o oceano. Isto não quer dizer que estamos limitando ou diminuindo o significado do casamento. Se compreendido e vivido corretamente, o casamento é uma fase muito importante no processo de reunificação com o oceano do Espírito. Porém, a maioria das pessoas, alimenta expectativas errôneas, a ponto de exigir do cônjuge a completa realização e a perfeição que só o oceano da Consciência de Deus pode dar².

Sri Daya Mata disse muitas vezes: "Não é realista, não é justo esperar ou exigir a perfeição suprema de outro ser humano, quando nós mesmos não somos perfeitos". Isso é quase como colocar o outro num beco sem saída, não é verdade? Disse também: "Não devemos esperar nada do outro e, sim, muito de nós mesmos". Imagine agora um casamento onde o casal tem esse tipo de atitude - nada esperando um do outro, mas muito de si mesmo - um relacionamento baseado em dar. Pensem nisto."

2. Somos ondas espumantes da consciência humana formados no oceano da Consciência Divina. A única forma de destruir as imperfeições humanas é unir a consciência do homem, temporariamente isolada, à consciência onipresente de Deus.

(O Casamento Espiritual - Coleção "A Arte de Viver" - Irmão Anandamoy – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 7/10)


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

OS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO


“Educação é muito mais do que transmitir conhecimentos e habilidades por meio dos quais se atingem objetivos limitados. É também abrir os olhos das crianças para as necessidades e direitos dos outros.

Precisamos mostrar às crianças que suas ações têm uma dimensão universal e encontrar uma forma de estimular seus sentimentos naturais de empatia para que venham a ter uma noção de responsabilidade afetiva em relação aos outros.

É isso que nos motiva a agir.”

(Dalai-Lama – O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 42)


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ENCONTRE DEUS EM SI MESMO


“Pratique regularmente a meditação e a comunhão com Deus e você provará do vinho da alegria e da satisfação o tempo todo, não importa quais sejam as circunstâncias externas. Bebendo o néctar da paz interior das mãos do anjo de sua percepção silenciosa, você afogará as perturbações e as tristezas de sua vida cotidiana.

Deus está presente no trono da paz dentro de você. Encontre-O ali primeiro e você O encontrará em tudo o que é bom e significativo na vida: nos verdadeiros amigos, na beleza da natureza, nos bons livros, nos pensamentos profundos e nas aspirações nobres. Encontrando Deus em si mesmo, você saberá que todas as coisas na vida que lhe dão paz duradoura estão proclamando a presença eterna de Deus tanto fora quanto dentro de você. Quando conhecer Deus como paz em seu interior, você O perceberá como a  paz que existe na harmonia universal de todas as coisas externas.”

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior – p. 121/122).