OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 3 de agosto de 2013

SE MILAGRES FOREM O SEU OBJETIVO, DEUS SE RETRAIRÁ

"Algum dia, geralmente quando menos se espera, você verá algum sinal da doce resposta de Deus. É assim que se cresce em consciência divina. Requer aplicação diária. Essa consciência não surge subitamente, com o Divino saindo das nuvens e escrevendo em letras de ouro para você. Não conte com tais milagres, pois enquanto fizer isso, Deus se retrairá. 

Quando espera por milagres, não é Deus que você quer; só quer que Ele se mostre a você. Isso Ele não fará. Dê seu coração sinceramente a Deus, confie Nele de todo o coração, incondicionalmente; então Ele se entregará a você. Ele nunca virá enquanto você procurar apenas por Seus milagres. 

Experiências fenomenais não são necessariamente evidência de progresso espiritual. O devoto profundamente sincero não tem vontade de orar a Deus para que lhe envie tais experiências, porque sabe que elas podem constituir uma verdadeira distração de seu real objetivo, que é Deus. Os fenômenos espirituais não estimulam o amor do devoto por Deus, mas sim o desejo de que Ele Se mostre repetidamente. Muitas almas nobres caíram de seu elevado estado porque, ao buscarem milagres, perderam Deus de vista. Se Paramahansaji visse um devoto extraviando-se assim, ele o alertaria: 'Esse caminho leva à ilusão. Anseie por Deus e ame-O só pelo amor Dele. Então, Ele lhe responderá.' Assim tem sido em minha própria vida. Tenho orado ao Divino: 'Nada quero de Ti, Senhor; não necessito de prova. Peço-Te, porém, um milagre: que não importa o que aconteça em minha vida - não importa que tipo de responsabilidades ou provações eu enfrente - Tu me prometas que nunca perderei meu anseio por Ti. Se esse anelo me deixar, não poderei viver.' Ansiar sempre por Deus é meu desejo porque, nesse anseio, Ele está constantemente em meu coração. É assim que o devoto se sente."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 116/117)


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

SOMOS DEUSES (1ª PARTE)

"É linguagem de um psicólogo ilustre. É bem igual à linguagem de um yogue.
'Cada alma é essencialmente divina.
O fim a alcançar é manifestar este íntimo divino, para controlar a natureza externa e interna.
Faça isso ou pelo trabalho ou pela adoração ou pelo controle psíquico ou filosófico ou por um ou mais ou todos esses caminhos, e se liberte.
Esse é papel da religião. Doutrinas ou dogmas, ou rituais, ou livros, ou templos, ou imagens, são somente detalhes secundários' (Vivekananda, Works).
Desde os anos de nossa infância aprendemos que somos todos 'filhos do pecado', que, 'degradados', somos frágeis, imperfeitos e indignos de olharmos para Deus. Supondo e pretendendo, com isto, em nós cultivar a virtude da humildade, piedosos instrutores religiosos nos encheram dessa funesta autodepreciação e, para mais acentuá-la, ensinaram-nos também ser Deus algo infinitamente diferente, distanciado e absolutamente fora de nosso alcance.

Colocar Deus tão alto, lá no inacessível e, simultaneamente, nós mesmos no mais tenebroso pélago da inferioridade, tem-nos feito tanto mal!... Por isso, Deus tem sido temido, mas não amado. Está tão longe, que não temos a audácia de pensar esteja ao alcance de nossa busca. E, não obstante enunciemos sua onipresença, vivemos na convicção do contrário. E, assim, nos sentimos desamparados. O desalento resultante da inacessibilidade à Bem-aventurança Suprema faz-nos ou ficar parados onde estamos ou mesmo regredir e tornar-nos ainda mais frágeis e pecadores. O que imaginamos ser, somos. 

Afirmar imperfeições e concentrar a consciência sobre inferioridades só têm conseguido conduzir ao padecimento, à falência. Ninguém desconhece o poder da autossugestão, seja para curar, melhorar, elevar, ou ao contrário, seja para enfermar, inferiorizar e piorar. Tudo depende de seu conteúdo ser positivo ou negativo. 

O ocidental, mercê de tão bem-intencionado, mas funesto, ensino religioso generalizado, tem enraizado no subconsciente a autossugestão eficaz que diz ser ele mísero padecente e pecador. Essa sugestão tem dado mais frutos: sofrimento, doença, vícios, ansiedades, complexo de inferioridade e até amoralismo patológico. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 161/162)


CRIANDO BONDADE, CONHECIMENTO E PODER

"Temos sido muito ingênuos em nossa busca espiritual, e em vez de cultivar e investigar a mente temos mantido crenças, confundindo crença com religião e crescimento espiritual. É por isso que a ciência antagoniza com a religião na sociedade, mas será a crença verdadeiramente uma religião? Não foi assim que começou. Jesus Cristo não se tornou Cristo através de uma igreja ou de uma crença, mas através de sua própria compreensão e de sua própria investigação. Buda atingiu a iluminação, a compreensão, através de sua própria meditação, de sua própria investigação. Devemos compreender isso e corrigir a situação em nosso sistema educacional. Se assim não fizermos, o risco é nosso. Em educação certamente é melhor não produzir uma mente conformista, que obedeça, que aceite e aprenda por imitação, mas produzir uma mente investigativa, questionadora, desejosa de mudanças, que esteja tentando descobrir. Atualmente as crianças árabes aprendem de pais árabes e herdam seus preconceitos, e crianças judias crescem sob a imagem de seus pais e herdam os preconceitos dos judeus e o mesmo se dá com hindus, muçulmanos e cristãos. (...)

Como irá mudar a condição do mundo, a não ser que os jovens sejam encorajados a questionar esse tipo de coisa, e se lhes diga que não tem que ser como seus pais? Mas somos tão orgulhosos do que chamamos nossa cultura, que questioná-la é considerado heresia. E assim nada muda, o mundo continua com essas divisões, cada um sentindo que sua cultura é superior, sua religião é superior, seus profetas foram os verdadeiros salvadores, odiando o outro grupo; e o outro grupo pensa de modo semelhante exatamente pelas mesmas razões. E assim em nome da religião tem havido mais morte, mais tortura, mais guerras, sendo tudo isso a própria antítese da religião ou busca espiritual. Se aconteceu que adquirimos um poder enorme, mas não o usamos com sabedoria, então devemos compreender que não deve ser assim, e começar a corrigir isso agora. Devemos ser suficientemente inteligentes para usar esse poder de modo correto."

(P. Krishna - Educação, Ciência e Espiritualidade - Ed. Teosófica, Brasília - p. 27/29)


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A SALVAÇÃO ESTÁ NA DIREÇÃO OPOSTA À DA FUGA

"LSD, aquisições, aplausos, divertimentos, prazeres, euforizantes, vícios, pervertidos ócios, negócios sufocantes... As portas são muitas...

Que pavor da solidão!

Todas as portas parecem válidas, mas são frustradoras.

Que pavor de escutar o silêncio!

Silêncio e solidão lhe parecem ameaças, Por isto são temidos e evitados.

Lastimável e trágico erro!

Poucos podem aceitar que a salvação está na direção oposta à da fuga.

A libertação, o remédio e a paz estão no fim da estrada do silêncio e da solidão.

Foi-nos insistentemente ensinado 'conhece-te a ti mesmo'. Têm-nos insistentemente repetido que a verdade nos salvará.

Mas até agora não aceitamos.

E o escapismo universal segue devastando o homem e tudo.

A procura de si mesmo - em silêncio e só - é a esperança.

E a minha esperança é que se voltem para ela todos os homens."

(Hermógenes - Mergulho na Paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 28)


A UNIDADE FUNDAMENTAL DE TODAS AS RELIGIÕES (PARTE FINAL)

(...) Sendo como é origem e base de todas as religiões, a Teosofia não se opõe a nenhuma delas. Ao contrário, purifica-as, revelando a alta significação interior de inúmeras doutrinas, tornadas errôneas em sua forma exterior, pervertidas pela ignorância e superstição. Em cada uma destas formas a Teosofia se mostra e se afirma e procura em cada uma delas revelar sua sabedoria oculta. Para nos tornarmos um teósofo não há necessidade de deixarmos de ser cristão, ou budista ou hinduísta. Basta que o homem penetre mais profundamente no coração de sua própria fé, abraçando mais firmemente as suas verdades espirituais e analisando com um espírito mais amplo os seus ensinamentos sagrados. Depois de ter outrora dado nascimento às religiões, a Teosofia vem hoje justificá-las e defendê-las. É o bloco no qual todas foram talhadas, é como a escavação profunda da pedreira donde todas foram extraídas. Diante do tribunal da crítica moderna, ela vem justificar as mais profundas aspirações e as mais nobres emoções do coração humano. Confirma as esperanças que depositamos no homem e nos restitui, mais enobrecida, nossa fé em Deus.

A verdade desta asserção torna-se cada vez mais evidente, à medida que estudamos as diversas Escrituras sagradas do mundo e o que analisemos dentre a riqueza do material disponível basta para verificar o fato e guiar o estudante na investigação de novas provas.

As verdades espirituais fundamentais da religião podem resumir-se no seguinte:
I. Uma existência real, eterna, infinita, incognoscível;
II. Do Todo, procede o Deus manifestado, desdobrando-se de unidade em dualidade, de dualidade em trindade;
III. Da Trindade manifestada procedem inumeráveis Inteligências espirituais, guias da atividade cósmica;
IV. O homem, reflexo do Deus manifestado, se compõe, por isto, de uma trindade fundamental, sendo eterno o seu Ser interior e real, e forma uma unidade com o Ser do universo.
V. Ele evolui por encarnações repetidas para as quais é atraído pelo desejo; e das quais se liberta pelo conhecimento e sacrifício, tornando-se divino em realidade, como sempre o fora em potencialidade.

(Annie Besant - A Sabedoria Antiga – Ed. Teosófica, Brasília – p. 11/14)