OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 14 de setembro de 2013

UMA VISÃO SUPERCONSCIENTE

" - Não estamos sós. O Universo inteiro é governado por forças que muito nos amam. Apesar de tão pequeninos, nosso destino está além das estrelas, muito além de tudo o que somos capazes de sonhar.

- Ó meus amigos, quanto glória nos aguarda nos reinos do Espírito... Se souberes vencer o orgulho submergindo em oceanos de humildade, serão tão imensos em suas manifestações como os maiores filhos do Altíssimo. (...)

- Os sofrimentos físicos e astrais que passamos na Terra não são mais que um segundo para a alma, nosso Eu real. Submersos na alegria que a tudo vivifica, jamais recordaremos dos momentos ínfimos vividos aqui, pois a eternidade banhada de luz é como um dia que nunca se acaba. No não tempo da eternidade, não há passado, presente ou futuro, mas o eterno agora que é todo gozo e alegria sem fim.

- Paradoxalmente, o não tempo no Espírito é como submergir eternamento em gozo e alegria interminável, semelhante ao golfinho em oceanos de êxtase. Em nosso reino de dualidade existe um limite para a existência, um tempo para o nascer e outro para o morrer, porém, na eternidade, tal tempo não existe e, contudo, a alma se vê em expansão eterna em êxtase incontáveis sem jamais encontrar o poente de tais delícias. É o paradoxo do não tempo. Não queiram entendê-lo a partir deste Universo de Dualidade. O Zen budismo é muito prático nesse sentido com seus 'koans'.

- Digo-vos que submergir no Espírito significa deixar de lado todos os desprazeres e descortinar maravilhas nunca antes sonhadas. Ele é infinitamente criativo e belo. Quanto mais O conhecemos, tanto mais descobrimos que Suas invenções não tem fim. 

- Mas, queridos, é preciso 'mergulhar' na essência para descobrir os tesouros imorredouros 'ocultos' no íntimo do Ser. O ser humano de passagem pela Terra é um grande aventureiro, o filho pródigo que negou os maiores prazeres do Reino interior para desbravar terras sombrias, em diversões distantes do aconchego e proteção do lar existente em si mesmo.

- E, contudo, amados meus, apesar dos infortúnios ilusórios deste mundo, regozijemos, pois somos desbravadores. Filhos e filhas imortais do Espírito. Cedo ou tarde retornaremos ao abraço amoroso do Deus Pai/Mãe que, ansiosamente, nos aguarda com Seu imortal banquete de boas vindas. (...)"

(Alexandre Campelo - O Encantador de Pessoas - Chiado Editora - p. 60/61)
http://www.chiadoeditora.com


RAZÕES PARA A PRÁTICA DA IOGA

"Sugiro pelo menos cinco razões pelas quais devemos praticar a ioga:
  •  Para responder a um apelo interior ou ‘chamado’ que finalmente se torna tão irresistível que ‘não existe mais nenhum outro caminho a seguir’.
  • Para ajudar a alcançar a realização da unidade com o Divino.
  • Para ser cada vez mais efetivo na ajuda aos outros no sentido de que atinjam esta mesma realização. Isto ocorre naturalmente, pois quando um indivíduo torna-se iluminado, os que estão ao seu lado também se iluminam. (Malcolm Muggeridge, referindo-se à Madre Teresa de Calcutá, disse: ‘Nunca conheci nenhuma outra pessoa mais memorável. O mero fato de encontrá-la de passagem por um momento causa uma impressão inesquecível. Presenciei pessoas caindo em prantos quando ela passava.’)
  • Para elevar-se além da autodegradação em qualquer forma.
  • Para ser continuamente inspirado a acelerar a própria evolução por causa dos outros, com os quais cada passo é inevitavelmente compartilhado; o motivo de suma importância: ´para benefício de todos'. 

Por que isto é tão difícil? O obstáculo físico é a não responsividade das células do cérebro ao pensamento impessoal e universal. Durante o atual Esquema Planetário, o pensamento e o sentido de separatividade torna difícil atingir a plena consciência espiritual de unidade com o todo. Isso irá tornar-se normal no desenvolvimento futuro do homem, porém, neste ínterim, a prece, a meditação, a contemplação ou a ioga bem-sucedidas aceleram este progresso evolucionário. Consequentemente, as células do cérebro, quando usadas para a contemplação de ideais supramentais e espirituais, tornam-se cada vez mais responsivas ao pensamento abstrato e intuitivo.”

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Ioga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001, p.32/33)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

RENUNCIANDO AOS FRUTOS DA AÇÃO

"Conquista-se aos poucos a vida espiritual e aprendem-se as lições do espírito neste mundo, porém sob uma condição. Esta condição abrange dois estágios: primeiro, fazemos tudo o que deve ser feito porque é nosso dever. Quando a vida espiritual começa a alvorar, reconhecemos que todas as nossas ações deverão ser realizadas, não visando um resultado específico, mas porque é nosso dever realizá-las. Isso é dito facilmente, mas como é difícil de ser alcançado. Não há o que precisemos mudar em nossa vida para tornar-nos espirituais, mas é necessário modificar a nossa atitude em relação á vida. Devemos deixar de pedir à vida e passar a dar-lhe tudo, porque é este o nosso dever.

Esta concepção da vida constitui o primeiro grande passo na direção do reconhecimento da unidade. Se existe apenas uma única grande Vida, se cada um de nós nada mais é senão uma expressão daquela Vida, então toda a nossa atividade será simplesmente a ação daquela Vida em nós, e os resultados serão colhidos pela Vida comum e não pelo eu separado. É esta a mensagem que o Gita nos transmite ao dizer que não devemos trabalhar pelo fruto, porque o fruto é o resultado normal da ação.

Este conselho destina-se apenas àqueles que desejam conduzir a vida espiritual, pois não é indicado que as pessoas deixem de trabalhar pelos frutos da ação até que tenha surgido uma motivação mais poderosa em seu interior, uma motivação que as incite à atividade sem um prêmio para o seu eu pessoal. Precisamos ter uma atividade, ela representa o caminho da evolução. Sem atividade não nos desenvolvemos; sem esforço e luta flutuamos nas águas represadas da vida e não fazemos progresso ao longo do rio. A atividade é a lei do progresso; à medida que nos exercitamos, nova vida flui em nossa direção. Por esta razão está escrito que aquele que é indolente jamais poderá encontrar o Eu. Aqueles que são indolentes e inativos nem mesmo começam a voltar-se para a vida espiritual."

(Annie Besant - A Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p. 102/103)


BUDISMO (PARTE FINAL)

"(...) Sabemos através da leitura como seu pai, esperando que ele se tornasse um rei na Terra em vez de um monarca que reinasse sobre milhões de mentes humanas no mundo espiritual, cercou-o por todos os lados de tudo que era belo e agradável para que o conhecimento da dor do mundo pudesse ser afastado de seus olhos. Através da leitura, sabemos como, pela orientação de um deva, ele foi levado do palácio com seus jardins de prazeres e, seguindo em sua charrete, encontrou quatro homens por meio dos quais veio a ele o primeiro conhecimento sobre mortalidade.

Primeiramente encontrou um homem idoso – até esta época ele só vira pessoas jovens; ele perguntou a respeito desse homem, meio cego e paralítico, com a face enrugada e as pernas cambaleantes. O cocheiro disse que era um velho, e que a idade iria chegar com o tempo para todos que nascessem no mundo.

Ele encontrou um homem sofrendo de uma terrível doença – antes ele vira apenas a beleza e a saúde; e perguntou o que era aquilo. O cocheiro disse que muitos dos filhos dos homens sofrem dessa maneira.

Ele viu um cadáver – ele que apenas vira os vivos; e o cocheiro disse, é a morte, que deve chegar para todos que vivem.

E por fim, ele encontrou um asceta, calmo e pacífico, e perguntou como era possível que num mundo onde havia a velhice, doença e morte esse homem pudesse caminhar através dele pacífico e sereno. Disse-lhe o cocheiro que esse homem levava uma vida além da vida dos homens, uma vida fixa no eterno; daí a sua felicidade em meio à dor.

De volta ao palácio, o príncipe refletiu sobre tudo o que tinha visto, e de seus lábios brotou o grito: ‘Cheia de obstáculos é esta vida doméstica, o retiro da paixão; livre como o ar é viver ao ar livre’. Essa ideia se apossou dele - o contraste entre o ‘retiro da paixão’ e o homem sem lar; até que finalmente levantando-se à noite, ele se curvou sobre sua jovem esposa, bela adormecida, e sobre o bebê que dormia ao seu lado, e tocando ambos com cuidado para que não acordassem e para que o choro deles não abalassem seu propósito, deixou o palácio de seu pai. Pediu ao fiel cocheiro que lhe trouxesse seu cavalo, e atravessou as sossegadas ruas da cidade adormecida, até que, chegando aos portões, desmontou e entregou o cavalo ao cocheiro ordenando-lhe que o levasse de volta ao palácio.

Ele então se despiu de suas vestimentas principescas, cortou o cabelo, e seguiu só, em busca da causa da dor humana e de como curá-la. Ele, que deveria ser o Budha, não poderia viver alegre e feliz no palácio do rei enquanto os homens do lado de fora estivessem sofrendo e morrendo. Ele buscaria a causa do sofrimento e a cura para a tristeza humana."

(Annie Besant - Sete Grandes Religiões - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 73/79)


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

DEVEMOS APERFEIÇOAR O AMOR EM PELO MENOS UM RELACIONAMENTO

"Deus não costuma permitir a recordação de nossas vidas passadas por uma razão profunda: seríamos mais apegados àqueles que conhecemos antes, em vez de expandir nosso amor para abranger outros. Deus quer que ofereçamos amizade e amor a todos, mas devemos aperfeiçoar o amor em, pelo menos, um relacionamento. Quando você reencontra velhos amigos, pode aperfeiçoar seu amor no relacionamento com eles. Discípulo significa aquele em quem o guru aperfeiçoa o estado de amizade divina. Os que seguem os preceitos do guru são seus discípulos. Os desejos de um verdadeiro guru são guiados pela sabedoria divina e, se você estiver sintonizado, vai se tornar livre, tão livre quanto ele.¹

Acima de tudo, aprenda o máximo que puder e se esforce por alcançar o grau mais elevado de desenvolvimento espiritual, na escola da vida. Comungue com Deus. Quando puder fazê-lo, as deficiências de todas as séries inferiores serão perdoadas. Para se libertar do carma que o prende aos deveres menores da vida, desenvolva a sabedoria e a consciência de Deus."

¹ "Se permanecerdes em minhas palavras, sereis em verdade meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:31-32). "Permeados de devoção, os homens que incessantemente praticam os Meus preceitos, sem encontrar defeitos, tornam-se livres de (todo) carma" (Bhagavad Gita III:31).

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 225)