OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 16 de julho de 2014

TRANSFORMAÇÃO INTERIOR (1ª PARTE)

"O primeiro passo a examinar, refletidamente, é o que se refere ao que podemos chamar de nosso ‘estoque de mercadorias’, e são nossas faculdades e qualidades inatas, boas e más, são os nossos poderes e as nossas fraquezas, as nossas oportunidades presentes e o nosso ambiente atual. Nosso caráter é o que pode ser modificado mais rapidamente, e nele temos de começar a trabalhar, selecionando as qualidades que convém fortalecer e as fraquezas que constituem nosso perigo mais premente. Vamos tomá-las, uma a uma, e usar a força do pensamento da forma antes descrita, lembrando sempre que jamais devemos pensar em fraqueza e, sim, na força de que o pensamento é dotado. Pensamos naquilo que desejamos ser e, aos poucos, de uma forma inevitável, nos tornamos aquilo em que pensamos. Essa lei não pode falhar. A nós cabe, apenas, trabalhar para que ela obtenha êxito.

A natureza do desejo também é modificada pelo pensamento, e criamos as formas-pensamento de que necessitamos. Alerta para ver e captar uma oportunidade conveniente, nossa vontade se fixa nas formas que o nosso pensamento cria, e assim coloca-as ao nosso alcance, produzindo-as, literalmente, e aproveitando as oportunidades em que o karma do passado não nos apresenta. (...)"

(Annie Besant, Os Mistérios do Karma e a sua Superação, Editora Pensamento, 2001, p.97/99)


terça-feira, 15 de julho de 2014

A VIDA ESPIRITUAL (PARTE FINAL)

"A busca do espiritual também pode ser um ‘seguro’ contra possíveis desgostos no outro mundo, e nesse caso ela é uma expressão de medo latente. Assim, pode ser uma forma de investimento, uma precaução do homem contra tempos difíceis; quanto mais ele peca e torna-se indulgente consigo mesmo, mais necessidade sente de preparar um caminho seguro no outro mundo.

Portanto, cada pessoa que deseja viver a vida espiritual deve testar a si mesma e examinar seus motivos, que em geral são dissimulados para que não sejam trazidos à luz. Mas se o aspirante se permite ser iludido, não encontrará a iluminação. Ele deve examinar a si mesmo para ver se realmente deseja seguir o que é espiritual ou se está apenas buscando uma válvula de escape, uma confortável conformidade ou uma segurança futura. Quando a busca do espiritual é irreal, somente uma parte da vida da pessoa é dedicada a ela. Essa parte está apenas na superfície; então, a pessoa age no nível superficial e se preocupa somente com atividades externas que gosta de chamar de espirituais. Ou pode ainda devotar um pequeno compartimento em sua vida a certas práticas, enquanto o restante do ser se entrega totalmente a diferentes ocupações. Dessa forma, ela pode ir à igreja, ao templo, envolver-se em orações rotineiras e tentar uns poucos momentos de meditação, mas a maior parte de sua vida permanece desvinculada dessas ocupações e não é por elas influenciada.

A busca pelo espiritual não deve ser compartimentada; ao contrário, deve ser feita com todo o coração, não com um interesse pessoal, mas como uma busca pessoal e, contudo, ávida."

(Radha Burnier - A Vida Espiritual - Revista Sophia, Nº 9, Ano 35 - p.27/29)


MEDO (PARTE FINAL)

"(...) Quando o medo entra na vida de uma pessoa, ele esconde a luz da alma. Qualquer raio de luz que possa estar tentando aliviar o medo não consegue passar. Quando sucumbimos aos nossos medos, eles inevitavelmente tomam conta das nossas vidas e nos impedem de assumir riscos e de fazer as coisas que desejamos.

Então, como vencer e controlar o medo? Em primeiro lugar, pensando positivamente e usando a lei universal da afinidade: 'semelhante atrai semelhante'. Sempre que um pensamento negativo ou assustador surge na minha mente, repito a afirmação (...): 'Eu sou saudável, eu sou sagrado, eu sou feliz.' Deixo que ela penetre no meu subconsciente. Como já disse muitas vezes, nossos pensamentos criam nosso destino. Substituindo um pensamento negativo por um pensamento positivo, começamos a atrair tranquilidade e confiança em vez de medo e incerteza. Em segundo lugar, podemos controlar o medo usando de forma construtiva a lei de causa e efeito. Caso queiramos o bem em nossa vida, precisamos ser amorosos e generosos nas situações que encontrarmos. Você não pode esperar a paz e o contentamento se estiver criando miséria para os outros. Em último lugar, se desejamos felicidade e alegria, não podemos buscar a verdade no mundo externo. Quando tivermos consciência de nossa origem divina, saberemos que viemos do amor e sentiremos esse amor dentro de nós.

Lembre-se de que Deus sempre diz sim,
Somos nós que dizemos não."

(James Van Paagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 59/60)

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A VIDA ESPIRITUAL (1ª PARTE)

"Espiritual é uma daquelas palavras como amor, Deus, bem que não correspondem a objetos concretos e significam coisas diferentes para pessoas diferentes. A palavra bem, por exemplo, seria interpretada num sentido estreito ou universal pelos que experimentaram a bondade num nível superficial ou profundo. A palavra espiritual pode significar muito, pouco ou absolutamente nada. Cada pessoa interessada na vida espiritual deve descobrir se ela corresponde a algo dentro de si mesma ou se é meramente uma palavra usada por outros e, portanto, um mero conceito, uma noção teórica que não se baseia no conhecimento pessoal.

Por outro lado, cada um de nós pode entender a palavra amor, que tem uma base no relacionamento pessoal, pois todos experimentamos o amor de uma forma ou de outra. Nossa experiência pode ser limitada, mas serve para dar uma vaga noção de um amor diferente, maior.

Para a maioria de nós a palavra espiritual é como a palavra Deus – uma palavra que pode encobrir numerosas contradições e ilusões; uma expressão que podemos interpretar de acordo com nossos próprios desejos e inclinações ocultas. Uma pessoa está perturbada por sérios e persistentes problemas; está sozinha ou fracassada. Estando ela oprimida e desiludida, volta-se, para alívio, ao ‘espiritual’. Se ela tivesse sido bem-sucedida no mundo material, não teria buscado nenhum outro caminho; seu aparente desejo pelo espiritual é meramente um escape e a palavra lhe comunicará uma ansiada mudança das experiências terrenas.

Existem outros que estão condicionados a gastar algum tempo do seu dia em atividades religiosas, que acreditam trazer benefícios espirituais. Assim, milhões de hindus, budistas, cristãos e outros repetem orações e tomam parte em adorações com pouca concentração ou pequena atenção ao seu significado interior. Esse é o molde preparado para eles pela sociedade na qual vivem, e onde caem prontamente; em outras circunstâncias, eles naturalmente iriam se adequar a algum outro molde. Por isso, não estão realmente voltando-se para o espiritual; estão se conformando ao que é mais fácil e fazendo aquilo que deles é esperado. (...)"

(Radha Burnier - A Vida Espiritual - Revista Sophia, Nº 9, Ano 35 - p.27/29)


MEDO (1ª PARTE)

"Assim como o amor é a grande força unificadora, o medo é a grande força divisora. Nossa identidade é desenvolvida e formada pelas pessoas que nos cercam e pelo ambiente em que vivemos. O que acontece é que, à medida que crescemos, deixamos que os julgamentos e crenças dos outros ditem a nossa identidade. Gradualmente, se caímos nessa armadilha e nos esquecemos de quem somos verdadeiramente - da nossa dimensão divina - sentimos medo.

O medo é uma criação enganosa das nossas mentes. Não é real. Não há dúvida de que existem coisas muito reais a serem temidas no mundo, mas não estou falando do medo que acompanha os instintos básicos de sobrevivência. Refiro-me aos medos emocionais que surgem de impressões e ilusões falsas. Fomos tão condicionados por eventos ameaçadores e pela violência, que passamos a acreditar que o mundo é um lugar assustador. Crescemos com medo de coisas ou de pessoas que achamos que querem nos agredir. Tentamos viver de acordo com os padrões de outras pessoas e nos transformamos em algo que não somos. Essencialmente, não somos fiéis a nós mesmos.

Quando nossas mentes são envolvidas pelo medo, muitas vezes este medo é sentido fisicamente. O corpo físico fica tenso à medida que revivemos mentalmente uma situação assustadora, e o medo cresce cada vez mais. Então, a nossa energia enfraquece. Às vezes, ficamos literalmente paralisados e tememos o futuro. (...)" 

(James Van Paagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 59)