OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

TRANSFORMANDO A ESSENCIA DA ALMA HUMANA (1ª PARTE)

"Jesus Cristo não morreu apenas para tornar realidade o sonho da imortalidade, mas para conduzir o homem a navegar no território da emoção e a desenvolver as funções mais altruístas da inteligência. Ele almejava transformar e enriquecer a natureza da sua alma e de seu espírito. Para ele, por mais que o homem se esforce, não tem um prazer estável, não sabe amar, não sabe se doar, não é íntimo da arte de pensar, não sabe ser livre e nem governar suas reações, principalmente quando aumenta a 'temperatura' da sua emoção, quando vive situações tensas e estressantes.

Não apenas o corpo humano é frágil, mas a sua estrutura psicológica também o é. Olhe para as reações que ocorrem frequentemente no palco de nossas mentes. Quem gerencia plenamente seus pensamentos e emoções? Quem é líder do seu próprio mundo? Dominamos o mundo que nos cerca, mas somos tímidos no controle de nossas angústias e ansiedades. Facilmente perdemos a paciência com os outros. O mais calmo dos homens tem seu limites. Sob determinados focos de tensão pode reagir sem pensar e ferir as pessoas que mais ama.

Não precisamos fazer esforço algum para sermos egoístas e individualistas, tais características surgem espontaneamente ao longo do processo de formação da personalidade. Contudo, se quisermos nos doar, trabalhar em equipe e nos preocupar com o bem-estar social precisamos de uma excelente educação e de um esforço diário para incorporarmos essas características.

Todos amamos o prazer e almejamos viver dias felizes. Todavia, frequentemente somos nossos principais carrascos. Nós nos entulhamos com pensamentos negativos, preocupações existenciais e problemas que ainda não aconteceram. Além disso, temos baixa capacidade de sentir o prazer com o que temos e de contemplar o belo nos pequenos eventos da vida. Da meninice à velhice a tendência natural da emoção humana não é uma escala ascendente de prazer, mas de entristecimento. As crianças são mais alegres que os adolescentes, que são mais alegres que os adultos, que são mais alegres que os idosos.

Olhe para a sua experiência, você é mais alegre hoje ou no passado? Conquistamos dinheiro e cultura, mas pouco a pouco perdemos a singeleza da vida. Embora haja idosos no corpo de jovens e jovens no corpo de idosos, com o passar do tempo temos tendência em expandir uma série de 'favelas', 'bairros mal iluminados', 'lixo', na grande cidade da memória. O fenômeno RAM (registro automático da memória) registra involuntariamente todos os conflitos, preocupações, pensamentos negativos, fobias, ansiedade na memória, entulhando nosso inconsciente, deteriorando nossa qualidade de vida. (...)"

(Augusto Cury - O Mestre da Vida -  Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2001 - p. 204/206)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

A RESPOSTA ESTÁ NO PASSADO

"Você reclama que seu vizinho iniciou a disciplina espiritual há dois anos somente, enquanto você a tem mantido durante vinte anos, e não obstante, ele já está desfrutando felicidade, enquanto você permanece infeliz. Você se ressente porque, embora vindo a Mim desde há muitos anos, eu chamo para perto exatamente aqueles que só recentemente vieram. Suas reações o induzem a ver nisto injustiça e parcialidade. A resposta no entanto se encontra no passado, do qual você não tem conhecimento. Vinte golpes de martelo foram dados por um homem sobre um pedregulho, mas o pedregulho resistiu. Um outro veio a seguir e, em seu segundo golpe, partiu o bloco. O homem que deu as vinte marteladas está desapontado, e o segundo, exultante. O pedregulho arrebentou, no entanto, como resultado dos vinte e dois golpes, por efeito cumulativo. A pessoa que está a seu lado tem a seu crédito vinte anos de sadhana armazenados em seu corpo causal¹, no qual ele veio de seus prévios nascimentos até o nascimento presente. Quanto a você, sua natureza e predileções são confeccionadas pelo modo como amou, se conformou, se alimentou e lutou, na longa série de vidas que já teve.²"

¹ O ser humano é composto por três corpos: a) o corpo denso (sthula sarira), que é composto pelos cinco elementos (éter, ar, fogo, água e terra); b) o corpo sutil (sukshma sarira), formado pelos órgãos dos sentidos (os da percepção e os da ação), os cinco pranas (energias fisiológicas) e a mente; c) o corpo causal (karana sarira), o qual funciona como um depósito das experiências colhidas pelo exercício do agir (karma) em encarnações anteriores e determinantes das experiências reencarnacionais vindouras. As boas ações armazenam sementes boas; as más, sementes más. As sementes boas, no corpo causal, tornam-se 'causas' de condições e coisas auspiciosas. As más sementes, resultado de ações más, armazenadas no corpo causal, germinarão sofrimento. O corpo físico é o instrumento material, que o corpo sutil vivifica e sente. As ações realizadas pelo corpo físico geram as 'sementes' que o corpo causal armazena. Tais sementes conservam, no armazenamento, seu poder germinativo, e quando condições propícias (no plano físico) ocorrem, elas germinam (no plano físico). Assim, o homem que arrebentou a pedra com apenas duas pancadas tinha, acumuladas, em seu corpo causal as condições de realizar aquela proeza. Ele acumulara no corpo causal tais boas condições porque, através de várias encarnações anteriores, praticara a disciplina. Os corpos físico e sutil, em cada nascimento, são confeccionados conforme as 'sementes' cármicas. Corpo causal é como que uma 'programação'.
² A parábola dos trabalhadores da última hora, narrada por Cristo e mais a expressão paradoxal 'os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos' podem ser decodificadas com este ensinamento de Sai Baba.

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 21)


NÃO FALES MAL DE NINGUÉM (PARTE FINAL)


"(...) O que há de mais estranho e perverso é que as pessoas maledicentes costumam fazer preceder os seus maldosos mexericos de bondosas referências às vítimas que pretendem devorar com suas críticas. 'Não é por falar mal, mas...' 'Fulano é muito boa pessoa, mas...' 'Sicrana é muito minha amiga, mas o que é verdade é verdade...' Quando um caçador de arco está para disparar a flecha mortífera, puxa-a primeiro para bem perto do coração a fim de a soltar depois com maior violência - é o que fazem os difamadores.

Dizem que o vampiro, antes e depois de sugar o sangue da vítima, sopra-lhe carinhosamente a pele, talvez para efeitos de anestesia... Dizem que o crocodilo, ao engolir a sua vítma, chora...

Os vampiros e os crocodilos humanos também são assim, Raras vezes põem prego sem estopa. Raras vezes censuram alguém sem primeiro o elogiarem, porque uma censura depois dum elogio é muito mais eficiente do que sem elogio. E ainda por cima cria a ilusão que o difamador seja pessoa caridosa.

Nunca ninguém se arrependeu de ter calado - milhares se arrependeram de ter falado. O vício da maledicência é fonte abundante de infelicidade, não só pelo fato de criar discórdias sociais, mas também, e principalmente, porque debilita o organismo espiritual e o predispõe para novas enfermidades. 

A consciência tranquila de uma benevolência sincera, profunda e universal é a mais segura garantia de uma profunda e imperturbável felicidade."

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 1982 - p.115/116)

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

NA FORÇA DE VONTADE ESTÁ A SEMENTE DO ÊXITO

"A maioria das pessoas fica extremamente nervosa ou tensa quando procura conseguir algo que considera muito importante. Ações ansiosas e nervosas não atraem o poder de Deus, mas o uso contínuo, calmo e poderoso da vontade sacode as forças da criação e traz a resposta do Infinito. A semente do sucesso, em tudo o que desejar realizar, está na força de vontade. A vontade que foi severamente castigada pelas dificuldades fica temporariamente paralisada. O homem resoluto que afirma: 'Meu corpo pode ser destruído, mas minha cabeça - minha força de vontade - permanecerá erguida', demonstra a maior expressão da vontade.

É a força de vontade que o torna divino. Ao desistir de usá-la, você se converte em homem mortal. Muitas pessoas dizem que não devemos exercitar nossa vontade para mudar as condições da vida, para que não ocorra de interferirmos no plano de Deus. Por que, entretanto, Deus nos daria a vontade se não fosse para que a usássemos? Encontrei, um dia, um fanático que dizia não ser a favor de usar a força de vontade porque isto desenvolveria o ego. Eu respondi: 'Você está usando, agora mesmo, um bocado de vontade para se opor a mim! Você a usa para falar e é obrigado a usar a vontade para permanecer de pé, ou caminhar, ou comer, ou ir ao cinema, ou, até, para dormir. Tudo o que você faz é poque tem vontade. Sem o poder da vontade, você seria um boneco mecânico.' Quando Jesus disse: 'Não segundo a minha vontade, mas segundo a Tua vontade', ele não quis dizer que não se usasse a vontade. Ele estava demonstrando que o homem precisa aprender a curvar sua vontade, governada pelos desejos, à vontade de Deus. Portanto, a oração correta, quando for persistente, será vontade.

Você precisa acreditar na possibilidade daquilo por que está orando. Se você deseja uma casa e a mente pensa: 'Seu simplório, você não tem condições de ter uma casa', deve fortalecer sua vontade. Quando o 'não posso' desaparece da mente, poderes divinos vêm a você. Uma casa não lhe cairá do céu; você tem de exercer ininterruptamente o poder da vontade mediante ações construtivas. Quando perseverar, recusando-se a aceitar o fracasso, o objeto de sua vontade terá de materializar-se. Quando você exercer ininterruptamente essa vontade por meio dos pensamentos e das atividades, aquilo que você deseja terá de acontecer. Mesmo que não haja no mundo coisa alguma que corresponda a seu desejo, ao persistir, exercendo sua vontade, o resultado almejado se manifestará de alguma forma. É nessa espécie de vontade que está a resposta de Deus, porque a vontade vem de Deus e a vontade ininterrupta é a vontade divina."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 35/36)

NÃO FALES MAL DE NINGUÉM (2ª PARTE)

"(...) A superioridade real está, antes de tudo, no permanente e sincero desejo de querer servir - assim como a inferioridade está na necessidade de ser servido. Servir é ativo, ser servido é passivo - o ativo denota força, o passivo revela fraqueza. O homem profano julga-se superior quando é servido, porque é ignorante e fraco - o homem espiritual sente-se superior quando pode servir, porque é sábio e forte.

Quem tem necessidade de ser servido confessa que é um necessitado, um pobre, um indigente, uma vacuidade. Quem tem vontade de servir mostra que é forte, rico, sadio, tão pleno que pode dar aos outros da sua plenitude.

Ora, a felicidade está invariavelmente associada a um senso de plenitude, de abundância, de riqueza interior. A felicidade é o exuberante transbordamento de uma grande vitalidade. Por isso, todo homem realmente feliz é necessariamente um homem bondoso e benevolente. Só o homem infeliz tem motivos para ser mau, rancoroso, intolerante.

O egoísta, que sempre quer ser servido, confessa que não tem vida plena, saúde vigorosa, que sofre da inanição e raquitismo espiritual. As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos - sobretudo no setor feminino - são, em geral, academias de maledicência. Falar das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor - algo parecido com 'whisky', 'gin' ou cocaína - que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia. (...)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 1982 - p.112/115)