OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O PECADO EQUIVALE À IGNORÂNCIA (1ª PARTE)

"'O que é o pecado?', perguntou um discípulo.

'O pecado equivale ao erro; ele é consequência da ignorância', replicou o Mestre.

'O que é a ignorância? E o erro?'

'A ignorância é a falta de percepção das realidades do espírito, e a substituição da ilusão em que se vive por essas realidades. O erro é toda ação que se baseie nesse conceito equívoco.'

'O pecado não significa, pois, violar os Dez Mandamentos de Deus?', indagou o discípulo.

'Exatamente', respondeu Yogananda. 'Mas faça a você mesmo a seguinte pergunta: Por que Deus deu esses mandamentos à humanidade? Esse fato não foi algo arbitrário. E certamente não se destinava a nos impedir de encontrar a felicidade. Em vez disso, visava nos advertir de que certos tipos de comportamento haverão de intensificar o império da ilusão sobre a nossa mente, e nos haverão de privar da verdadeira felicidade. 

'Se alguém pensa no pecado como o desrespeito aos mandamentos de Deus, vem à luz a ideia da cólera de Deus e do julgamento implacável; mas o Senhor é quem nos governa! Nós somos os Seus filhos. Por que deveria Ele nos julgar? Somos nós, em vez disso, que julgamos a nós mesmos ao imaginar que tudo o que fazemos não merece perdão; no entanto, se entendermos o pecado como erro, perceberemos que nossos erros são passíveis de correção.'

Paramhansa Yogananda prosseguiu, referindo-se ao seu próprio guru: 'Sri Yukteswar costumava dizer, conforme escrevi em Autobiografia de um Yogue, 'Esqueça o passado. Na vida de muitos homens, o passado está manchado por muitos atos vergonhosos. A conduta humana é sempre falível quando o homem não está ancorado no Divino. No futuro, todas as coisas haverão de melhorar se você no momento estiver se esforçando, em termos de espiritualidade, para tanto'. 'Eu sempre gosto de lembrar às pessoas esta simples verdade: Um santo é um pecador que não desistiu de fazer progressos!' (...)"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 60/61)


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

TODOS ESTAMOS DOENTES NO TERRITÓRIO DA EMOÇÃO

"Não há uma pessoa nesta terra que não esteja doente no território da emoção. Uns mais e outros menos. Uns manifestam seus conflitos e outros ficam represados. Mas todos temos, em diferentes graus, dificuldades de administrar nossos pensamentos. Quem consegue gerenciar plenamente seus sentimentos e ser senhor de sua emoção?

O maior doente é o que não reconhece a sua fragilidade. Cuidado! Como disse, temos no máximo cinco segundos para criticar silenciosamente as zonas de tensão da emoção e não permitir que elas se tornem matrizes doentias na memória e, consequentemente, evitar que gerem ideias fixas. Não deixe que as ofensas estraguem seu dia. Não permita que os fracassos façam de você uma pessoa tímida e inferiorizada. Não se puna diante dos seus erros. O sentimento de culpa deve ter uma dose suficiente para fazê-lo reconhecer as suas falhas e mudar suas rotas. Atenção! Se o sentimento de culpa for exagerado, ele paralisará sua emoção e o controlará.

Podemos inferir, do ponto de vista psicológico, que Jesus passou pelo mais dramático e contínuo estado de stress que um ser humano pode passar. Portanto, era de se esperar que quando ele abrisse a boca, aparecesse um homem radical e agressivo, mas eis que apareceu um homem extremamente gentil e agradável.

Era crível que surgisse um homem que desse pouco valor à vida, mas eis que apareceu alguém, que gostava de olhar os lírios do campo. Era previsível que fosse gerado um revoltado, um especialista em reclamar e julgar os outros, mas eis que surgiu um homem, dizendo: 'Felizes são os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia'. Quem é esse que exala gentileza na terra árida pelo stress?"

(Augusto Cury - O Mestre do Amor - Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2002 - p. 45/46)

UMA ALEGRIA INFINITA (PARTE FINAL)

"(...) o livro Um Curso em Milagres (Glen Ellen, Foundation for Inner Peace) ensina que o que acontece no mundo é apenas uma cortina de fumaça com o objetivo de encobrir uma luz que não pode ser encoberta; quando descobrimos isso procuramos eliminar a cortina para olhar e vivenciar o que está além dela. Somos prisioneiros da fumaça até o momento que nos voltamos para dentro e do fundo do nosso silêncio interno redescobrimos, nas asas do silêncio, a sabedoria da luz. Essa sabedoria fala da necessidade de mudar nossa visão de mundo e de deixar de lado, a visão egotista para abraçar a visão iluminadora que transborda dos ensinamentos dos grandes mestres de todos os tempos.

Tentar mudar o mundo sem fazer nada para mudar nosso interior é tentar mudar o efeito sem fazer nada para mudar a causa. A causa da destruição está dentro de nós, no nosso ego, e só quando a causa é modificada as mudanças duradoras realmente acontecem. O sistema de pensamento egotista destrói o altar divino interior, e, com nosso altar profanado, normalizamos a loucura e cometemos atos de violência contra nossas ecologias pessoal, social e ambiental.

Esse é o momento de, por meio do silêncio interior, soltar o prisioneiro das ilusões do ego, dissolver as barras que bloqueiam o que temos de mais caro e rico dentro de nós. Livres como um passarinho, poderemos voar até o pico mais alto das montanhas do Himalaia mental, e, assim, adquirir uma visão que não depende dos olhos físicos. Isso nos abrirá para uma compaixão genuína por tudo e por todos e alimentará nossa felicidade eterna."

(Antonio Monteiro dos Santos - O silêncio e a verdade interior - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 21)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A ARTE DE FAZER AMIGOS

"A amizade é o amor de Deus brilhando pelos olhos de nossos entes queridos, chamando-nos de volta ao lar para beber Seu néctar da unidade, que dissolve todas as formas de egoísmo. A amizade é o toque de trombeta divino, conclamando a alma a destruir as divisões que a separam das outras e de Deus. A verdadeira amizade une duas almas tão completamente que elas passam a refletir a unidade do Espírito.

A verdadeira amizade é ampla e abrangente. O apego egoísta a uma única pessoa, com exclusão das demais, inibe o desenvolvimento da amizade divina. Estenda os limites do reino luminoso de seu amor, incluindo nele, aos poucos, a família, os vizinhos, a comunidade, o país, o mundo - em suma, todos os seres vivos. Seja um amigo cósmico, imbuído de ternura e afeto pela criação divina, pronto a disseminar o amor por toda parte.

Para ter amigos, você precisa manifestar amizade. Se abrir a porta para o poder magnético da amizade, atrairá uma ou várias almas de vibrações semelhantes. Quanto mais amigável se mostrar para com todos, maior será o número de amigos verdadeiros que terá.

Quando existe amizade verdadeira entre duas almas, que buscam juntas o amor espiritual e o amor de Deus, procurando unicamente servir uma à outra, sua amizade gera a chama do Espírito. Por meio da perfeita amizade divina e da busca mútua de perfeição espiritual, você encontrará o Grande Amigo."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 13)
www.editorapensamento.com.br


UMA ALEGRIA INFINITA (2ª PARTE)

"(...) Perdidos entre os muros das prisões do ego, nós percorremos constantemente seus labirintos, intoxicados pelos sentidos corporais, embriagados por nossa ignorância e praguejando contra eles como se isso fosse sabedoria. Até iniciar nossa caminhada, não temos a mínima ideia de que a vida além dos muros desse mundo é algo profundo, eterno e sábio, impossível de ser descrito em palavras.

O planeta está passando por uma transformação crucial, onde a sombra luta para sobreviver à luz que cada vez brilha mais no inconsciente e no supraconsciente de cada um. Se analisarmos atentamente veremos que nunca antes estivemos numa condição tão singular de compreensão e entendimento do ser humano. O anormal que normalizamos está de novo se tornando anormal; assim, as pessoas não estão mais aceitando a violência, a corrupção, a brutalidade, a mentira e outras coisas do gênero como normais.

É claro que temos muito ainda para caminhar, pois o mundo está num ponto de caos; as ecologias pessoal, social e a ambiental estão sendo afetadas tremendamente. Segundo Laszlo, a pobreza está em ascensão, a violência está cada vez mais intensa e frequente ao redor do mundo, os gastos militares são astronômicos, a insuficiência de alimentos é um fato, a diminuição do nível de água potável é assustadora, a destruição da natureza está num ritmo acelerado, o terrorismo é mais frequente, as restrições das liberdades civis estão cada vez mais evidentes e assim por diante. (...)"

(Antonio Monteiro dos Santos - O silêncio e a verdade interior - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 21)