OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

DESPERTE EM DEUS PARA SE LIVRAR DA ILUSÃO (1ª PARTE)

"Este é o melhor caminho: depender mais do Senhor. O poder de Deus é supremo. A melhor chave para a cura divina é acreditar nesse poder ilimitado, percebendo, ao mesmo tempo, que o corpo é um sonho, sem lhe dar muita atenção. Para que exagerar? Cuide do corpo de maneira razoável, e depois esqueça. É isso que Cristo quis dizer quando falou: 'Não estejais apreensivos pelo corpo...' E observe sempre o Senhor - mantenha a mente em Deus - para que ele possa lhe mostrar que este mundo é Seu sonho. Seja razoável e sadio, não negando o corpo mas vivendo de tal maneira no pensamento do Senhor que, de repente, Ele cortará as cordas da ilusão e você verá que o frágil corpo que receia machucar é um concento mental de Deus, e você nada tem a temer. Este é o estado de perfeição. É por isso que Jesus disse: 'Derrubai este templo [o corpo], e em três dias o levantarei'. Cristo percebeu o que estou dizendo: que tudo é mente.

Para a maioria das pessoas, a sugestão do karma é tão forte que não conseguem entender este princípio divino. Mas pense em quantas vezes você já nasceu na Terra com um corpo físico, criando e superando maus hábitos; vivendo alegrias e sofrimentos, prazer e dor, velhice e morte. Por quanto tempo mais você continuará a passar por esta auto-hipnose? Acabe com ela. Krishna ensinou: 'Sai deste mar de sofrimento, ó Arjuna!'¹ Una-se ao Senhor Supremo. Desperte em Deus. Assim que estiver desperto no Senhor, não temerá mais nada. (...)"

¹ 'Para esses cuja consciência está fixa em Mim, Eu logo Me torno seu Redentor, para tirá-los do mar dos nascimentos mortais (Bhagavad Gita XII:7)

(Paramahansa Yoganada - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 172/173)


quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

RESGATE DA IDENTIDADE

"Contou Buddha que um príncipe, ainda bebê, foi sequestrado por malfeitores que o levaram para uma distante floresta e lá o abandonaram. Um casal de camponeses pobres o encontrou e criou como filho. Quando rapaz, ignorando sua condição de herdeiro do trono, conhecia-se apenas como um humilde e rude lavrador. Por algum modo, o rei foi informado de que o filho estava vivo, mas vítima da pobreza e ignorante de sua nobreza. Imaginou então um projeto para, sem que o rapaz desconfiasse, atraí-lo à corte, devendo passar necessariamente por estágios intermediários, como o de jardineiro, lacaio, camareiro etc., até conseguir levá-lo a dar-se conta de sua condição de príncipe herdeiro, para, por fim, entregar-lhe todo o poder. E o resgate veio a consumar-se.

Fui encontrar em Sai Baba um outro gradiente que assinala as etapas deste evoluir da indigência de inculto caipira até o trono de rei, como que explicitando a tão inteligente parábola acima, narrada pelo bem-aventurado Buddha.

Há quatro estágios na disciplina espiritual: (a) o primeiro é salokya, quando você está no Reino de Deus, respeitando Seu desejo iluminado, servindo-O sinceramente, e submetendo-se a Ele sem qualquer reserva; (b) o próximo estágio é samipya, quando está no palácio como um cortesão, camareiro ou servo, isto é, mais perto dEle; (c) o estágio seguinte é sarupya, quando o praticante da disciplina assimila a forma do Divino, isto é, como na condição de irmão ou guerreiro mais aproximado do rei, tendo o privilégio de usar a parafernália e as vestes reais; (d) por fim, sayuja, estágio no qual o praticante, como o Príncipe Coroado, sucede ao trono e se torna o próprio monarca. (in Sadhana - O Caminho Interior)

Quinhentos anos depois de Buddha, Jesus Cristo deu uma outra versão à parábola do Príncipe que resgatou a identidade. Jesus narrou a igualmente bela e eloquente história do 'Filho Pródigo'. O enredo é esquematicamente o mesmo: (a) afastamento; (b) uma fase de grande sofrimento e penúria gerada pela ignorância; (c) a reaproximação ou religação ou ainda reintegração gloriosa. Yoga ou união é precisamente esta terceira fase, que, para maior eficácia, não dispensa a compreensão das etapas anteriores."

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1994 - p. 21/22)
www.record.com.br


POTENCIAIS INFINITOS (PARTE FINAL)

"(...) É a nossa percepção espiritual consciente de quem somos, individual e coletivamente, que determina a consciência da matriz divina e, portanto, a qualidade de nossas vidas individual e coletiva. (...)

Somos todos partes da mesma substância, todos conectados, inter-relacionados e interdependentes, porque somos todos um. O que afeta um, afeta todos. Portanto, cada um de nós tem um papel crucial a representar. É o modo como representamos esse papel que determina os resultados individuais e coletivos, pois aquilo que expressamos se reflete de volta para nós. 

'Como é em cima, é embaixo, como é dentro, é fora.' O antigo texto essênio diz que 'nosso mundo é nada mais, nada menos que um espelho daquilo que nos tornamos internamente'. Assim, se queremos paz, tolerência, compreensão, compaixão, perdão, amor e unidade no mundo, precisamos nos tornar aquilo que queremos ver. O mundo é um espelho da humanidade e reflete a consciência de todos os indivíduos. Portanto, os pensamentos de cada indivíduo, suas palavras e ações influenciam o campo eletromagnético do mundo. Uma vez que cada um de nós influencia a consciência coletiva, cada um de nós contribui para determinar o destino da humanidade. 

Não somos testemunhas passivas sendo manipuladas. Seres humanos espiritualmente criteriosos e conscientemente perceptivos veem a si mesmos e ao mundo como são: uma unidade, a unidade de todas as coisas. Uma visão de mundo é suplantada por outra. Uma visão de mundo morre para que outra nasça e cresça. Como indivíduos e como consciência coletiva, temos diante de nós possibilidades e potenciais infinitos para determinar a qualidade do campo que no final das contas moldará nosso amanhã. Portanto, sejamos todos o que queremos ver no mundo."

(Julie Jeffrey - A matriz holográfica - Revista Sophia, Ano 10, nº 38 - p. 9)


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A LUZ DO MUNDO

"É de supor-se que, no 'Sermão do Monte', quando Jesus Cristo proclamou 'vós sois a Luz do mundo', muitos ouvintes, se não todos, cada um, consciente de sua própria escuridão, provavelmente tenha refugado tal 'heresia' (!). Noutra ocasião declarou: 'Eu Sou a Luz do Mundo.' Com isto o Cristo teria afirmado: 'vocês são a mesma Luz que Eu Sou'. Os incrédulos ficariam ainda mais pasmados. E você?!

Acate esta verdade do Divino Mestre. Ele não engana e nem se engana. Confesso que, em mim mesmo, pelo que de meu ego irreal conheço, às vezes sinto dificuldade. Mas, venço a dúvida e aceito que Ele e eu somos um, tanto quanto Ele e o Pai também o são. Esta afirmação, mesmo sendo apenas uma crença, que ainda não se plenificou em vivência, tem-me feito um bem enorme. E tem ajudado àqueles que, instruídos por mim, passando a cultivar esta grandiosa crença, aos poucos vão conseguindo se libertar da autocondenação à condição de pecadores, frágeis, vencidos e infelizes.

Acredite: você, eu, todos somos Paramjyotir (a Luz Divina, a 'Luz do Mundo'). Aí você questiona: se é assim, por que ainda não resplandecemos: Com seu belo falar, Cristo sugere que a Luz que somos está escondida debaixo de um 'balde' emborcado. Disse-o no mesmo sermão, ao lembrar que 'ninguém acende uma vela e a coloca debaixo de um alqueire'. No mesmo discurso, avançando mais, exortou os presentes nestes termos: que a vossa luz brilhe diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus (Mt 5:16). Se removermos o balde, a Luz estará liberta para servir aos outros homens. Sai Baba igualmente declara que já somos Luz:
O coração do ser humano é como o Sol brilhando constantemente. Exatamente como o passar das nuvens obstruem temporariamente a visão do Sol, o apego ao mundo e as preocupações e problemas obstruirão o explendor do Ser Interno. Mas, uma vez que as nuvens clareiem, você percebe o Ser que brilha no âmago. (In Sanathana Sarathi, 5:93)
Para uma grande realização yóguica, não podemos dispensar a certeza de que já somos a Divina Luz. Somos a Luz do Mundo (Paramjyotir). Não temos de ainda acendê-la. Já somos! Já está acesa. O processo evolutivo consciente e voluntário conhecido como Yoga consiste em 'libertar' a Luz de todas as opacidades e obstáculos que a ocultam. Conforme ensina Sai Baba, se a manga do candeeiro estiver suja, precisamos remover-lhe a fuligem para que a luz brilhe. A remoção do 'balde' e a limpeza da fuligem é Yoga. As incessantes mudanças que se processam na substância mental (pensamentos, lembranças, imagens...) constituem uma compacta camada de fuligem que esconde a Luz que somos. A parada da mente é como remover o 'balde'. Nossa Luz brilhará para o mundo."

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1994 - p. 20/21)
www.record.com.br


POTENCIAIS INFINITOS (1ª PARTE)

"O psicólogo Karl Pribam diz que cada parte do nosso corpo é um reflexo do todo. Uma consequência dessa interconexão de todas as coisas, especialmente daquelas que causam impacto sobre nosso corpo e nossa saúde, é a noção de que todos os pensamentos, palavras e ações estão armazenados em cada uma de nossas células, e desse modo afetam o bem-estar do indivíduo, que, por sua vez, afeta o bem-estar da consciência universal. 

Os antigos sabiam que, quando eventos específicos ocorriam no plano galáctico, condições específicas manifestavam-se na Terra. O que é agora aparente é que o campo eletromagnético da Terra também exerce efeito profundo em nossa consciência individual e em nossa consciência universal. Esse campo eletromagnético de energia influencia cada aspecto de nossas vidas, inclusive nossas dimensões emocional e espiritual. 

Porém não somos observadores passivos nessa troca, como afirma o físico Fritjof Capra. Em vez disso, somos criadores poderosos que, ao escolher a compaixão à indiferença, a cooperação à competição, o perdão à vingança, o amor ao ódio, a integração à autoafirmação e a síntese à análise, podemos influenciar positivamente o campo eletromagnético, que por sua vez influencia o destino da humanidade. Essa troca de energia é a própria natureza do nosso universo, pois aquilo que John David Mann chama de 'o campo' não apenas 'subjaz a toda existência física' como também exerce influência sobre a consciência, segundo Wynn Free. (...)"

(Julie Jeffrey - A matriz holográfica - Revista Sophia, Ano 10, nº 38 - p. 9)