OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 31 de março de 2015

COMO REMOVER OS BLOQUEIOS PARA CHEGAR A NÍVEIS MAIS PROFUNDOS DE CONSCIÊNCIA (PARTE FINAL)

"(...) A tendência de nossa época, especialmente no Ocidente, tem sido tentar separar o universo e suas criaturas de Deus. Atualmente, porém, vemos que muitas pessoas tentam sair da rotina do pensamento materialista; elas buscam, novamente, as experiências metafísicas mais profundas dos místicos dos tempos antigos. Infelizmente, é comum que erroneamente suponham que, ao sair das antigas e enganadoras rotinas, não cairão em novas. Mas caem. Por exemplo: há quem tente explorar os mundos interiores por meio das drogas, que só servem para confundir a mente e distorcer a compreensão do que é real ou irreal. Outros ficam fascinados pela hipnose, pela mediunidade ou por outros métodos de atingir passivamente estados alterados de consciência. Todas essas coisas contêm perigosas ciladas; todas levam os praticantes a entrar numa nova série de rotinas mentais. O único meio de evitar as ansiedades deste mundo é ancorar-se em Deus. Então, você não estará atormentado, e sim solidamente ancorado! 

A mente é um mundo maravilhoso, cujos poderes devem ser investigados, mas com os meios adequados. O verdadeiro buscador espiritual segue o caminho correto - a meditação ensinada por alguém que conheça Deus - e jamais perde o contato com a realidade, com o bom senso ou com as eternas leis da verdade." 

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 55/56)


segunda-feira, 30 de março de 2015

COMO REMOVER OS BLOQUEIOS PARA CHEGAR A NÍVEIS MAIS PROFUNDOS DE CONSCIÊNCIA (1ª PARTE)

"Como instrumento para canalizar o poder de Deus, a mente é ilimitada; quero enfatizar isso para todos, como Paramahansaji fazia para nós que convivíamos com ele. (...) Há muitos anos ele nos disse (e os psicólogos de hoje certamente concordarão) que a preocupação, a tensão nervosa e o medo, quando crônicos, e também as outras emoções negativas - culpa, ódio, inveja, amargura - bloqueiam os canais por onde fluem, dos níveis mais profundos da consciência, a sabedoria e a cura. As pessoas ficam tão tensas e ansiosas com seus problemas que acabam emocionalmente traumatizadas.

Portanto, quando tivermos tentado o possível e o impossível para resolver um problema e nada parece adiantar, o curso de ação mais sábio é simplesmente este: relaxe. Pare de tentar lidar com o problema usando os limitados recursos humanos da mente racional, que é o que o levou até o presente estado de frustração e tensão. Entregue o problema ao Divino com cem por cento de fé e confiança. Em outras palavras, 'entrega teu caminho a Deus e tudo o mais Ele fará'.

Não é isso o que as escrituras de todas as religiões ensinam? Empenhe-se em entregar totalmente a Deus o coração, a mente, a vida. Isso começará a remover os bloqueios mentais que lhe dão a consciência de estar separado Dele. Assim, você descobrirá que o poder de Deus flui para você de um modo grandioso. Os pensadores criativos, os inventores, as pessoas que realizam feitos extraordinários de força em momentos de emergência, os santos que comungam com Deus - todos os seres humanos bem-sucedidos - aprenderam, em maior ou menor grau, a canalizar esse reservatório divino interior, a fonte única da inspiração e do poder criativos. 

Os psiquiatras diriam que essas qualidades moram na mente 'insconsciente'. Talvez não usem a palavra Deus, pois a ciência analisa tudo em termos de leis naturais. Mas não se pode separar Deus de Suas leis. Independentemente da terminologia utilizada, todos os que investigam com suficiente profundidade descobrem a semelhança entre os princípios científicos que governam o universo - inclusive o corpo e a mente do ser humano - e as verdades afirmadas ao longo das eras pelos profetas que conheceram a Deus. Toda ciência que negue a existência dessas verdades espirituais ainda não possui compreensão plena do que estuda. Na verdade, não existe conflito entre o instrutor espiritual que diz 'Tenha fé em Deus' e o psiquiatra que recomenda: 'Busque os recursos interiores da mente inconsciente'. É quando contatamos os níveis mentais mais profundos que começamos a perceber Deus. (...)"

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 53/55)


domingo, 29 de março de 2015

INTERPRETAÇÃO DO CARMA

"Como percebe-se bem, o Carma não pode ser compreendido integralmente.

A solução de todos os problemas cármicos foge à compreensão comum; podemos, entretanto, ter uma ideia aproximada.

Como assinala bem Leadbeater, não basta, e mesmo é inútil, qualquer conhecimento que não seja profundo, em Teosofia.

Temos um exemplo frisante na teoria cármica.

O seu conhecimento incompleto faz muita gente pensar que não deve ajudar-se o próximo em aflição, ou procurar mitigar o seu sofrimento, porque são condições cármicas e ele está esgotando o seu carma.

Ora, ponhamos o problema em outros termos.

O próximo está em aflição; em primeiro lugar, o bom senso manda que o socorramos.

Se o socorremos, é porque estamos em situação de socorrê-lo.

Em segundo lugar, sabemos, por acaso, se esta situação não é determinada por velhos laços cármicos, que nos estão proporcionando ocasião de resgatar uma antiga dívida?...

Se o nosso esforço foi improdutivo aparentemente, não deixaremos de fruir benefícios pessoais, pois o bem reverte a quem o faz.

A nossa atitude deve ser sempre ativa, de luta, de reação, no bom sentido e não passiva.

Carma não é fatalidade.

E a significação literal da palavra Carma é AÇÃO." 

(Alberto Lyra – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 67/68)


sábado, 28 de março de 2015

DESTINO E LIVRE-ARBÍTRIO

"Os Senhores do Carma dão, por assim dizer, os utensílios, a oficina, para o operário trabalhar.

A qualidade dos utensílios, a natureza da oficina, a maior ou menor facilidade, portanto, que ele terá para fazer o trabalho, não dependem diretamente dele (indiretamente sim, porque são consequências de vidas passadas) - é o Destino - como vulgarmente se fala. 

Mas, dele dependerá a produção.

Poderá dedicar-se, esmerar-se e apresentar, no final, uma obra proveitosa e bela; mas poderá não fazer coisa alguma ou expor um trabalho inestético ou inútil.

Aí está o livre-arbítrio.

No momento da concepção, os Senhores do Carma dispõem do Ego, que leva em si, latentes, qualidades e defeitos resultantes de vidas passadas.

O corpo físico é então construído com os materiais fornecidos pelos progenitores; tudo é arranjado, pelos Senhores do Carma, de maneira a afastar-se qualquer anomalia.

E o ajuste se faz de tal forma, que o indivíduo terá forças para suportar todas as adversidades que lhe possam sobrevir, por motivo do Carma.

No entanto, durante uma vida terrena, podem-se dar desajustamentos no Carma, provocados pelo próprio indivíduo, ou por outros.

Um homem que, por grande esforço de vontade, se dedica a uma vida de sacrifícios e abnegação, cria forte reserva de bom carma.

Inversamente, outro que descamba para o mal, por si ou por influência alheia, está preparando para si terrível vida futura."

(Alberto Lyra  – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 66/67)
www.editorateosofica.com.br/loja



sexta-feira, 27 de março de 2015

LIÇÕES QUE PODEMOS APRENDER COM OS OUTROS (PARTE FINAL)

"(...) Quando precisamos estar na companhia de pessoas com quem não reagimos de forma positiva, o que devemos fazer? Suponha que alguém está zangado ou ressentido com você. Se você é uma pessoa de autodisciplina, serenidade e discernimento, não vai acrescentar lenha ao fogo. Não vai perder seu próprio autocontrole e paz mental simplesmente porque alguém os perdeu. Recordo-me do exemplo de uma de minhas primeiras experiências aqui em Mt. Washington, sob o treinamento de meu guru, Paramahansa Yogananda.

A mobília de nossos quartos, nos primeiros dias, era pouco adequada - caixotes de laranjas para guardar nossas roupas, uma cama de madeira dura como as que ainda usamos, uma cadeira reta, não havia tapete no soalho... e era só isso. Uma mulher que morou em Mt. Washington por pouco tempo incumbiu-se de renovar a mobília dos quartos dos devotos, com exceção da minha. Isso não me perturbou, porque eu não tinha vindo em busca de coisas materiais; eu as tivera no mundo. Mas Guruji percebeu a exclusão; ele sempre percebia com rapidez qualquer injustiça. Gurudeva nunca falava maldosamente a respeito de ninguém, mas ele me disse, para minha própria compreensão: 'Ela tem ciúme de você'.

Comecei a praticar, em toda ocasião propícia, o que Paramahansaji ensinara a respeito de como nos comportar em relação às pessoas que antipatizavam conosco: 'Não importa como tratem você, continue a lhes dar amor'. Adotei a atitude de que eu não estava buscando nada de ninguém, a não ser de Deus e de meu Guru. Essa mulher, portanto, não podia me magoar. Como eu nada ambicionava dela, nenhum desejo meu podia ser contrariado por seu tratamento. Eu estava obtendo, de meu amado Deus e de meu Guru, o que buscava. Sempre que meditava, eu mantinha mentalmente essa devota no amor e na luz espiritual de Deus.

Um dia, algum tempo depois, ela estava se sentindo triste e solitária. As pessoas a quem ela dava muito valor achavam difícil conviver com ela e se afastaram. Encontramo-nos por acaso no corredor. Ela falou comigo, e eu lhe disse alguma coisa que deve ter sido confortadora. Mais tarde, pediu para me ver, e conversamos outra vez. Ela desabafou comigo. E finalmente disse: 'Quando você chegou aqui, fiquei ressentida, porque você era tão cheia de entusiasmo espiritual, e eu não tinha isso. Porém, apesar da maneira como a tratei, você me deu compreensão e verdadeira amizade.' Compreendi, então, como as pessoas mudam se você continua a ser gentil com elas. Tenho visto isso funcionar muitas vezes em minha vida."  

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 62/63)