OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 5 de julho de 2015

EMPATIA

"'Amai ao próximo como a vós mesmos' - ensinou o Mestre Jesus, meu Guru.

Tenho encontrado entre os que se amam acima de tudo aqueles que, racionalizando, interpretam este sublime e libertador mandamento como um incentivo ao 'amor próprio'. Teria Jesus preceituado: 'Quem não ama a si mesmo não pode amar ao próximo.'

Ora, a experiência mostra que, enquanto eu me amo, não tenho condições para o desapego, para a renúncia, para o dar, o doar, e o perdoar. O amor a nós mesmos nos torna egoístas, e onde impera o ego, não há lugar para os outros a não ser como objetos de posse e satisfação para o ego reivindicante.

Foi exatamente por reconhecer que o normal é que natural e espontaneamente, instintiva e inconscientemente nos amemos, que Jesus propôs que façamos o mesmo em relação ao próximo.

Assim como, por egoísmo, reivindicamos para nós o melhor, façamos exatamente o mesmo em relação aos outros. Amemos nosso vizinho tanto quanto nos amamos.

Que eu sempre promova, proteja, alegre, sirva, torne feliz os outros, da mesma forma e na mesma medida como tenho feito a mim mesmo."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1985 - p. 61)


sábado, 4 de julho de 2015

UM SORRISO

"Um sorriso não custa nada e proporciona tanto!

O sorriso enriquece quem o recebe e não torna mais pobre quem o dá. Dura um momento, mas sua lembrança permanece para sempre.

Ninguém é tão rico ou poderoso que possa prescindir de um sorriso; ninguém é tão pobre que não obtenha lucro ao recebê-lo.

Um sorriso cria felicidade no lar, estimula a boa vontade no trabalho e é o símbolo da amizade. Proporciona descanso aos inquietos, estímulo aos que perderam a coragem. É um raio de sol para quem está triste e, por sua natureza, o melhor antídoto contra os problemas.

No entanto, não pode ser comprado, implorado, emprestado ou roubado, pois só tem valor quando é oferecido.

Algumas pessoas parecem cansadas demais para lhe dar um sorriso. Dê-lhos um dos seus, pois ninguém precisa mais de um sorriso do que quem não sabe sorrir."

(A Essência da Felicidade - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 36)


sexta-feira, 3 de julho de 2015

ENTESANDO E DESENTESANDO O ARCO (PARTE FINAL)


"(...) O homem cósmico une os dois processos, egocêntrico e cosmocêntrico; entesa o arco da sua natureza humana, desenvolve todas as suas potencialidades - e depois põe esse seu Eu plenipotenciário a serviço do Todo.

Também, que adiantaria pôr a serviço do Todo um Eu incompleto, semidesenvolvido? o Todo necessita de um Eu plenamente maduro, totalmente 'ele mesmo'. Deve o homem confiar em si mesmo, no seu ego, como se tudo dependesse dele somente - e deve confiar no Todo, no Eu, como se tudo dependesse dele somente. O difícil é realizar essa grande síntese das duas antíteses... Convém, pois, evitar dois erros:

1. O erro de não desenvolver devidamente o ego consciente,
2. O erro de o desenvolver plenamente, mas não pôr ao serviço do todo, do Eu divino.

No primeiro caso, o ego não cumpre a sua missão, de ser uma parte existencial, idônea, do grande Todo essencial; e, no entanto, esse Todo da Essência se revela necessariamente através das partes da Existência.

No segundo caso, o homem não ultrapassaria as barreiras do ego, da persona-máscara, culminando num poderoso Eu cósmico; não atingiria as alturas do indivíduo, do indiviso, da completa individualidade, indivisa em si, e indivisa do Todo.

Esse separatismo do ego, não integrado indivisamente no Todo, é a ideia fundamental do 'pecado', de Satã, diábolos, palavras que significam, hostilidade.

Cumpre que todo homem entese ao máximo o arco do seu ego consciente e depois o desentese e deixe a seta voar livremente ao seu grande destino cósmico. É este o velho problema da 'fé' e da 'graça'. É este o sentido da sapiência oriental: 'Quando o discípulo está pronto o Mestre aparece.'"   

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 112/113)


quinta-feira, 2 de julho de 2015

ENTESANDO E DESENTESANDO O ARCO (1ª PARTE)

"É célebre, na filosofia oriental, a comparação do processo de iniciação espiritual com a atividade dupla do sagitário: entesar e desentesar o arco.

O arqueiro puxa a seta em direção a seu corpo, entesando ao máximo o arco flexível, simboliza o homem que pensa intensamente, pela força consciente do ego intelectual; quanto mais intensa for esta atividade mental do homem-ego, tanto mais longe pode, depois, voar a seta do homem-Eu.

Mas seria erro pensar que essa força do sagitário produzisse o poder volante da flecha; esse poder é produzido pela força inerente ao próprio arco retesado, está na flexibilidade e na lei física do centrifugismo, que obriga a seta a voar na direção oposta à força muscular exercida pelo seteiro.

Temos, pois, duas forças em ação: uma, humana, muscular - outra, cósmica, universal. Para que a segunda força possa atuar devidamente, deve preceder a primeira, não como causa, mas como condição. Não é a força muscular do homem - o entesamento - que lança o projétil rumo ao seu alvo - mas é a força cósmica do arco - o desentesamento - que leva a flecha a seu destino.

Esta comparação é de uma extraordinária genialidade, quando devidamente compreendida e aplicada ao mundo superior. É necessário que o homem ponha em atividade dinâmica todas as suas forças conscientes; que desenvolva o seu ego personal até ao máximo; que desperte todas as suas potencialidades dormentes, físicas, mentais, emocionais. Esse desenvolvimento do ego é, inevitavelmente, egocêntrico, luciférico, podendo degenerar em feroz satanidade no caso que o homem se recuse a soltar a flecha rumo ao alvo cósmico, ultrapersonal, divino. O egoísta não erra em retesar o arco do ego, em desenvolver o poder da sua personalidade-ego - erra, peca, quando conserva o seu arco retesado, com a flecha junta ao coração, negando-se a soltá-la rumo ao Infinito, rumo ao grande Todo. Esse homem tem o devido amor-próprio, mas falta-lhe o amor-alheio, e, sobretudo, o amor-cósmico. Ama-se a si mesmo intensamente, mas não ama as outras criaturas, nem ama o Criador. Mantém a poderosa seta do amor bem junto ao coração, mantém o arco intensamente entesado, incapaz de o deixar desentesar-se - e por isto vive tenso, não liberto, infeliz.

O homem ocidental é propenso ao entesamento máximo do arco, e, não raro, se contenta com esse egocentrismo. O homem oriental, não raro, acha supérfluo o entesar o seu arco, cultivar as coisas do ego, esperando que Brahman se encarregue de fazer voar o projétil. (...)"

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 110/112)
www.martinclaret.com.br

quarta-feira, 1 de julho de 2015

GLORIFIQUE DEUS

"Em vez de desfrutar o vão falar, glorifique Deus e trilhe Seu Caminho e a Ele faça suas preces. Invista seus anos de vida na contemplação e adoração do Supremo, não na busca de elogios servis característicos do fraco, do fútil, e do vacilante. A vida é uma oportunidade oferecida a cada um, não para comer e beber, mas para alcançar algo mais nobre e magnífico; para dominar-se e fundir-se na Realidade.

Todo esforço espiritual tem por objetivo a atração da Graça de Deus para nós mesmos. Eis por que, quando você vai ao templo e fica em pé em frente ao altar principal, bate o sino ali pendurado. O som atrairá a atenção do Senhor para seu devoto recém-chegado. O badalar deve ser acompanhado por uma sincera prece nascida do coração.

A fé em Deus é o melhor reforço para a vitória espiritual. Quando você se regozijar na contemplação do esplendor do Senhor, nada que seja material o pode tentar; tudo mais parecerá inferior. Somente a companhia do santo e do humilde lhe será agradável."

(Sathya Sai Baba - Sadhana: O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 218/219)