OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

OS TIPOS DE NERVOSOS (3ª PARTE)

"(...) Para manter-se sempre feliz, eficaz e sadio, o homem rajásico nunca deveria esquecer-se de aumentar sua dimensão sattvica, isto é, aquela que o manterá sereno, portanto mais criativo e eficaz em seu agir. O tamásico precisa vencer sua preguiça, isto é, aumentar sua dose de rajas, e, sob pena de o fazer com imprudência, também precisa conquistar cada vez maior a sattvidade.

Chamo nervoso rajásico aquele que, por falta de sabedoria, transformou a vida num inferno pelo tanto que realizou e realiza, pelo tanto que andou ambicionando e ainda deseja, pelo tanto que juntou para si e pelo sobressalto de guardar tanto, pelo exaustivo e tumultuado agir que o obsedia. Ele é inquieto, exaltado, violento, instável, medroso, reagindo emocionalmente com exagero a tudo, sem medida nem lógica. É inseguro. Vive em luta e apavorado contra o que o ameaça. Tem imaginação fértil. É hipertenso e vem a dar o agitado. Nele, portanto, o característico é a energia - rajas - em excesso e confusão.

Nervoso tamásico é quieto. É parado. É autista (virado para dentro), astênico, calado, deprimido, isolado, sedentário, apático. Sem forças, sua única expressão é a máscara de desânimo. É o símbolo da inércia - tamas. Sua pressão é baixa; seus músculos de baixo tono e sem energia, frágeis e frouxos.

O homem sattvico jamais é um nervoso. É feliz e harmonioso sempre. A orientação geral para o tratamento de um nervoso rajásico é exatamente a redução de seu excitamento, nunca de sua energia. É a redução de sua ansiedade, inquietude, tensão e desgaste e não de suas forças. É um tratamento tranquilizante, sedante, relaxante equanimizante.

O tratamento dos tamásicos é exatamente o oposto: consiste em esquentar, em estimular, em despertar o enfermo, aumentando-lhe a dosagem de rajas, isto é, vibracidade. É tratamento antidepressivo, estimulante e energizante. Tanto num caso como noutro, quer se trate do agitado quer do deprimido, a psicoterapia é indispensável. Chama-se psicoterapia o tratamento do psiquismo, da mente. O que o psicoterapeuta visa é dar à mente enferma um estado e um funcionamento mais harmonioso, lúcido, sadio e livre de perturbações. Em outras palavras, a psicoterapia consiste em dar sanidade à mente tumultuada e impura. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 99/100)
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terça-feira, 4 de agosto de 2015

OS TIPOS DE NERVOSOS (2ª PARTE)

"(...) Cada ser, objeto e até mesmo cada fenômeno ou estado de ser resultam do jogo dos gunas. Há sempre um dominante, enquanto os dois outros são secundários e concomitantes. Quando numa pessoa sattva domina, ela é boa, feliz, sábia, sóbria, tranquila, harmoniosa, sã e santa, embora em todo santo reste ainda vestígios de intranquilidade ou de indolência, alguma coisa ainda não santa. Rajásico é o homem bruto, inquieto, conquistador, insatisfeito, lutador, agressivo, sem paz, sem pouso, ansioso, incalmo... No entanto, o mais rajásico dos ditadores é a custo que sufoca raros sátvicos impulsos de generosidade e, vez por outra, sente a tamásica necessidade de repouso e solicitações à indolência. Ninguém, de igual modo, é totalmente tamásico, isto é, inerte, indiferente, parado, amorfo, abatido e sem força. 

As pessoas são, assim, de três tipos, sattvicas, rajásicas e tamásicas. São normais quando sua fórmula triguna se mantém em razoável estabilidade. O equilíbrio do tamásico é de nível inferior. É um homem vencido, normalmente desanimado. O equilíbrio do combativo rajásico é uma oitava acima, mas é tenso, instável e sofrido. O homem sattvico é o próprio símbolo de maturidade, da calma e do equilíbrio.

As práticas de yoga aumentam a dimensão rajásica do tamásico, tirando-o do equilíbrio inferior, sacudindo-o para um viver menos estagnado, levando-o a produzir algo. No começo, isso acarreta sofrimento, pois nada mais doloroso para o indolente do que o toque do despertador a retirá-lo da inércia. Ele perde um pouco da cômoda negatividade, a fim de que possa caminhar para a frente. Ao sempre agitado homem rajásico, as práticas do yoga aumentam a dimensão sattvica, dando-lhe maior clareza e harmonia ao agir.

No sentido contrário ao do yoga, o viver inconsciente e desarvorado esvazia o homem de sua dose de satividade, comunicando-lhe agitação febril ou fazendo-o cair na inércia ou na depressão, e ele assim é apanhado pela desarmonia e pela enfermidade. O rajásico, de tanto exaurir-se na ação sem inteligência, por sua vez acaba se fatigando e adoece em tamas. (...)" 

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 98/99)

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

OS TIPOS DE NERVOSOS (1ª PARTE)

"Há muitas maneiras de tratar uma pessoa nervosa. Podemos dizer que o ideal seria um tratamento específico, isto é, cada nervoso sendo cuidado de uma forma diferente, de acordo com seu caso particular, com sua constituição física, suas condições e sintomas individuais, sua história de vida e, conforme sua posição na sociedade e na família. (...) Aqui visamos a dar umas linhas gerais e comuns às várias espécies de tratamentos, e que são eficazes na maioria dos casos. Para evitar erros decorrentes de uma excessiva generalização, precisamos pelo menos fazer uma classificação dos nervosos, visando a apontar uma orientação geral e adequada a cada tipo. 

Os distúrbios mentais e de personalidade, as alterações do comportamento e as enfermidades psíquicas têm recebido classificações várias. A que desejamos observar, segundo a psicologia yogue e tendo em vista a orientação do tratamento, divide os 'nervosos' em duas categorias: os rajásicos e os tamásicos. 

Classifico-os assim, tendo por critério os gunas. E que vem a ser isso?

Gunas são as forças, os atributos ou qualidades componentes de cada ser, bem como de todos os mundos. Há milênios, os sábios e as escrituras hindus dizem que Prakriti (a natureza) é triguna, isto é, formada por três atributos: sattva, rajas e tamas

Sattva é a qualidade de sabedoria, harmonia, luz, paz, leveza, tranquilidade, equilíbrio, sobriedade, saúde, santidade, liberdade, coerência, imperturbabilidade, contentamento...

Rajas é o atributo da força, luta, domínio, conquista, energia, ação, paixão, dinamismo, violência, agitação, inquietude, agressividade...

Tamas é o guna de inércia, preguiça, estagnação, indolência, pobreza, ignorância, treva, lerdeza, depressão, negatividade, desânimo, astenia... (...) 

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 97/98)


domingo, 2 de agosto de 2015

HÁ UM MOMENTO PARA PERMANECER CALADO MAS FIRME

"Em suas tentativas de conviver bem com os outros, não seja um capacho, senão todos vão querer mandar em você. Quando eles não conseguem dominá-lo, ficam zangados; e se você faz o que querem, passa a ser um fraco, sem força moral. Então, como se comportar? Quando encontrar resistência a seus ideais, a melhor coisa a fazer é ficar calado porém firme. Não diga nada. Talvez você receba golpes e mais golpes verbais, mas não aceite a provocação. Recuse a briga. Com o tempo as pessoas entenderão que você não quer irritá-las mas que ao mesmo tempo tem boas razões para não querer fazer o que lhe pedem. 

Se os outros se descontrolarem, vá para longe até que se acalmem. Se vocês puderem se reunir e conversar sobre o problema, será maravilhoso. A comunicação é vital. Mas se a pessoa só quiser brigar, diga simplesmente: 'Vou caminhar um pouco'. Depois volte e se prepare para conversar. Mas se a pessoa ainda quiser conflito, saia de novo e faça uma caminhada mais longa. Recuse-se a brigar. Se você não cooperar, ninguém conseguirá entrar em discórdia com você. Nunca ponha mais combustível na cólera dos outros. A pessoa colérica só fica satisfeita quando consegue deixar você zangado também. 

Posso trabalhar com qualquer pessoa, embora prefira não estar com quem não sabe viver em harmonia. Se alguém decidir que quer ganhar uma discussão, conceda-lhe a vitória - é uma vitória oca. Não discuta. Os grandes homens raramente discutem; eles sorriem e dizem: 'Acho que não é bem assim', mas não brigam."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 147)


sábado, 1 de agosto de 2015

ANTIAMOR

"Quase todos pensamos que o maior inimigo do Amor é o ódio. Na verdade, porém, não é.

O maior adversário do Amor é tudo que, parecendo Amor, imitando Amor, nos engana, e se faz passar por Amor.

Apego parece Amor, mas enquanto Amor é fruto da negação de nosso ego; o apego só serve ao ego. Egoísta tem apego, mas é incapaz para o Amor, no entanto supõe que ama aquele ou aquilo a que se apega. O apego, portanto, frustra o Amor.

Gozo sensual e até mesmo gozo simplesmente genital vem sendo tido por Amor. O erotismo animal que move os indivíduos sensuais engana os medíocres que o chamam de Amor. E assim inviabilizam o Amor, pois o Amor liberta enquanto que a paixão bestial escraviza.

Certas relações afetivas entre indivíduos de sexos diferentes se aproximam do Amor, mas para que a Ele cheguem precisam se libertar da impureza do egoísmo, que leva à exploração do outro.

O Amor independe do componente sexual. Amor filial, Amor maternal ou paternal, Amor fraternal, Amor ao belo, Amor ao Bem, Amor à Verdade, Amor a Deus nada têm de sexo.

Aprender a amar, isto é, amar o Amor é o que me levará a Teu reino."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 134/135)