OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A QUESTÃO DO SOFRIMENTO E DA DOR (1ª PARTE)

"O sofrimento, embora não faça parte da natureza do eu superior, é inerente à personalidade do homem por causa de suas ligações com o passado e do exercício da força do desejo ainda não elevado para objetivos superiores. A energia própria da sua alma, porém, é a Alegria, um estado de ser totalmente unificado com o propósito da Criação. É desse estado, que não vem da personalidade, mas sim de regiões mais profundas, que emerge a beatitude onde a paz vai além de toda e qualquer compreensão, e onde há a entrega completa do ser interior ao caminho cósmico aberto à sua frente.

Circunstancialmente, entretanto, enquanto o indivíduo está encarnado, o sofrimento e a dor, em seus vários aspectos, fazem parte de sua vida. Compreender suas causas até onde é possível, e remover ou transmutar os elementos que as vitalizam e mantém, deveria ser uma das metas por ele visualizada.

Quando a humanidade conseguir elevar o próprio desejo para objetivos superiores, evolutivos, que transcendem as necessidades normais e comuns criadas pela imaginação ou pelos condicionamentos do passado e, principalmente, quando dispensar o que é supérfluo, luxuoso e paliativo, o sofrimento humano diminuirá o quanto for permitido pela lei cíclica. Além disso, quando o homem perceber que a atitude perante o sofrimento e a dor influi sobremaneira em sua atuação e efeitos, muito do que hoje ainda lhe acontece será removido. Essas são realidades ligadas inclusive ao código genético ainda vigente no reino humano; isso vai ser mudado, num futuro próximo.

Outro ponto importante, diretamente ligado a esse assunto, precisa também ser retomado neste estudo mais uma vez enfatizado. É o princípio básico trazido pela lei de causa e efeito: enquanto provocarmos o sofrimento, tê-lo-emos em nossa própria vida. Nesse particular o fato de a humanidade ainda assassinar animais traz-lhe consequências incalculáveis. (...)"

(Trigueirinho - Caminhos para a cura interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1995 - p. 75/76)
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domingo, 28 de fevereiro de 2016

O QUE O HOMEM SEMEAR, ISSO COLHERÁ

"As reencarnações estão ligadas umas às outras pelo operação da lei de causa e efeito. Sob essa lei todas as ações, sentimentos e pensamentos produzem suas próprias reações naturais e perfeitamente apropriadas, as quais podem acontecer imediatamente após as ações que lhes deram causa ou, ainda mais tarde, na mesma vida, podem ocorrer nas encarnações seguintes. Há referência dessa lei em muitos lugares na Bíblia, tendo Paulo declarado: 'Deus não se deixa escarnecer, o que o homem semear, isso colherá.' A palavra sânscrita karma (ação) é usada para designar essa lei, sua operação e os efeitos que ela produz. Sob seu fundamento, as ações motivadas pelo amor, pelo serviço e pelo altruísmo produzem prazer e o florescimento da autoexpressão, que encorajam o autor a repeti-las. Por outro lado, ações determinadas pela antipatia, pela ganância e pelo interesse produzem dor e aumento da limitação da autoexpressão, que desencorajam o autor a repeti-las. Ademais, a intensidade do prazer ou da dor é regulada pelo grau com que os objetivos egoístas ou altruístas expressam-se na ação. Essa compensação equilibrada está afirmada nas palavras do Senhor Cristo: 'Não julgueis para não serdes julgados. Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos' (Mt 7: 1-2).

O sofrimento humano não deve, assim, ser visto como uma retribuição imposta pela Deidade, uma punição aplicada do alto ou um infortúnio injusto, acidental. Ao contrário, toda dor é autoinfligida e, portanto, recebida justificadamente. Ela é, além disso, destinada a avisar o autor de sua transgressão. O sofrimento deve ser visto, então, como justo e de fato benéfico, porque educativo em seu efeito final. O reconhecimento da lei da ação e reação resolve o problema de justiça para o homem. Todas as condições humanas - sofrimento, doença, felicidade e saúde - são autocriadas sob a lei. O problema apresentado pelo nascimento de bebês malformados ou doentes é resolvido quando a sequência de causa e efeito é reconhecida como operando através de uma série de vidas. À primeira vista, embora tais atribulações pareçam ser completamente injustas, porque imerecidas e tão sem culpa, elas não são realmente assim. De fato, são os efeitos estritamente apropriados das causas geradas pelo mesmo Ego em vidas anteriores. Sem essa explicação a vida é, na verdade, um enigma desesperante que desafia qualquer solução. As doutrinas gêmeas da reencarnação e do carma lançam um fluxo de luz sobre a vida humana, revelando a existência de justiça, propósito e um objetivo seguro para todos os homens."

(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada - Ed. Teosófica, Brasília, 2007 - p. 58)

sábado, 27 de fevereiro de 2016

O QUE É A CURA?

"Havendo concordância entre a vontade profunda de um indivíduo e a vontade superficial do seu eu consciente, a cura pode operar-se. Ao harmonizar a personalidade com a própria VIDA, que é a sua essência interior, a cura é processada, e seus efeitos tornam-se visíveis nos planos físico-etérico, emocional e mental - seja instantaneamente, seja a médio ou a longo prazos. Portanto, não se pode dizer de maneira precisa que um indivíduo cure outro, mas sim que cada qual cura a si próprio na medida em que faz essa união em si mesmo. Aquele que chamamos de curador é apenas um intermediário para que certa energia incida sobre aquele que será curado, ajudando-o a tomar a decisão de integrar-se. (...)

A vida, quando não inclui a busca dessa união entre a nossa vontade consciente e a nossa vontade profunda, leva naturalmente à decrepitude e às doenças. Por isso, qualquer processo terapêutico, para agir de fato, deveria incluir o trabalho fundamental de o 'paciente' procurar VER em que pontos sua vontade pessoal precisa harmonizar-se com a vontade dos níveis supramentais do seu ser.

Se essa união não é buscada, o eu superior, logo após a metade do tempo reservado à encarnação, vai se retirando dos níveis externos da vida, para concentrar-se, preferencialmente, nas suas realidades internas. O reflexo exterior disso é a personalidade passar a sentir-se incompleta, sozinha, insegura e até mesmo medrosa. Quando tal processo está em ato, caso ela não tenha condições de rever suas próprias atitudes e reações sob essa luz, podemos apenas ajudá-la a manter-se em paz e em contato com os valores morais, afetivos e intelectuais que tenha conseguido desenvolver até então. Esse é o caso daqueles que, fisicamente idosos, se envolvem com ressentimentos ou com situações deprimentes antigas. Mesmo estando já entregues a esse estado, podem ser estimulados a manterem vivos valores já conquistados, pois dessa forma não se abandonarão por inteiro a um processo degenerativo."

(Trigueirinho - Caminhos para a cura interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1995 - p. 27/28)


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

MAGIA BRANCA E MAGIA NEGRA

"Magia é o uso da vontade para guiar os poderes da natureza externa, e é verdadeiramente, como implica o nome, a grande ciência. A vontade humana, sendo o poder do divino no homem, pode subjugar e controlar as energias inferiores produzindo assim os resultados desejados. A diferença entre magia branca e magia negra jaz no motivo que determina a vontade; quando essa vontade é empregada para beneficiar os outros, para ajudar e abençoar todos que entram em seu escopo, então o homem é um mago branco, e os resultados que produz pelo exercício de sua vontade habilitada são benéficos e auxiliam o andamento da evolução humana. Ele está sempre se expandindo por meio de tal exercício, tornando-se cada vez menos separado dos outros, e é um centro de ajuda de longo alcance. Mas quando a vontade é exercida para a vantagem do eu inferior, quando é empregada para fins e objetivos pessoais, então o homem é um mago negro, um perigo para a Raça, e seus resultados obstruem e retardam a evolução humana. Ele está continuamente se estreitando com o exercício da magia negra, tornando-se cada vez mais separado dos outros, fechando-se no interior de uma concha que o isola, e que se torna cada vez mais compacta e densa com o exercício de seus treinados poderes.

A vontade do mago é sempre forte, mas a vontade do mago branco tem a força da vida - flexível ou rígida quando necessário, sempre se equiparando à grande Vontade, a lei do universo. A vontade do mago negro tem a força do ferro, apontando sempre para o fim pessoal; chocando-se contra a grande Vontade, mais cedo ou mais tarde deve despedaçar-se contra ela."

(Annie Besant - Um estudo sobre a Consciência - Ed. Teosófica, Brasília - p. 243/244)


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

QUANDO A VONTADE ATUA

"Outro símbolo, que também expressa a energia da Vontade-Poder do primeiro raio, é o de um homem ao leme de um navio. Podemos visualizar esse homem ao leme, e, portanto, no controle da personalidade, como se fosse guiado pela energia da vontade.

Vontade espiritual é algo misterioso. O homem ao leme não se esforça para fazer o navio prosseguir; ele apenas mantém suas mãos firmes, deixando que a energia da vontade provoque os acontecimentos.

Muitas vezes a vontade é confundida com esforço, que é característico da personalidade. Nesse símbolo, fica patente que os corpos já estão perfeitamente integrados entre si, uma vez que são representados por um único objeto: o navio. É o navio que vai ao encontro das águas, que é forçado pela corrente, que encontra os escolhos pelos caminhos do mar. A Vontade faz tudo deslizar, através daquele homem que está simplesmente com as mãos ao leme. O mar, as ondas, os maremotos e tudo o que ocorre fora são as forças cármicas, os acontecimentos da vida externa, fatos e circunstâncias pelas quais temos que passar e que nada têm a ver com a verdadeira energia que está ali naquele conjunto tão forte. Aquele homem sabe aonde vai chegar e tudo que a Vontade está impulsionando; conhece bem o navio e o mar, mas não está envolvido com eles - mantém a mão ao leme e deixa que tudo aconteça. Esse homem é o símbolo de uma personalidade integrada, isto é, perfeitamente alinhada com o propósito da alma.

Se o homem abandonasse o leme, porque está acontecendo alguma coisa dentro do navio, ou porque o mar está agitado, ou pela chuva ou algum maremoto, não chegaria ao seu destino. Se, ao estar atento ao que acontece à sua volta e dentro de si, ele se deixasse envolver pelos fatos e soltasse o leme, a Vontade não poderia mais agir abertamente. Ao contrário, daria lugar ao desejo, que talvez se manifestasse como tendência a chegar a outro ponto, sujeito às forças que jogam com o mar e com o próprio navio."

(Trigueirinho - A energia dos raios em nossa vida - Ed. Pensamento, São Paulo, 1995 - p. 28/29)
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