OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

CORAGEM E DETERMINAÇÃO

"Nem sempre a vida do Buda correu em meio ao reconhecimento geral e tranquilidade. Ao contrário, existem dados que mostram obstáculos e calúnias que o Mestre enfrentava no meio dos ascetas e brâmanes para os quais ele, como verdadeiro guerreiro, se fortalecia e firmava o significado da sua conduta. Para os primeiros ele dizia: 'Se o homem pudesse conseguir libertar-se dos grilhões que o prendem à terra, apenas pela recusa do alimento ou condições físicas desfavoráveis, o cavalo e a vaca já teriam atingido isto há muito tempo.' Para os segundos: 'Pelo que faz o homem ele é um sudra (casta inferior), da mesma forma é um brahmana (casta superior, sacerdote). O fogo aceso pelo brâmane, ou pelo sudra, tem a mesma chama, calor e luz. Por que a separatividade?' 

Sentia-se coragem e intrepidez no fundo de suas afirmações: 'Não há verdadeira compaixão e renúncia sem coragem, sem coragem não se pode alcançar a autodisciplina; sem paciência e coragem, não se pode penetrar no fundo do real conhecimento e alcançar a sabedoria de um Arahant.'

'Vigoroso e alerta, tal é o discípulo, ó irmão. Seguindo o Caminho do Meio, suas energias são equilibradas; não é nem ardente sem medida, nem dado à intolerância. Ele está compenetrado desse pensamento: Que minha pele, meus músculos, meus nervos, meus ossos e meu sangue se dessequem, antes que eu renuncie a meus esforços, até atingir o que pode ser atingido pela perseverança e pela energia humana.' (Majjhima Nikaya

Certa ocasião, no meio de um discurso, quando a maioria dos ouvintes se retirou, Buda declarou: 'A semente se separou da polpa, a comunidade forte em convicção está estabelecida; ótimo que esses orgulhosos tenham-se afastado.'"

(Georges da Silva e Rita Homenko - Budismo - Psicologia do Autoconhecimento - Ed. Pensamento, São Paulo, p. 16/17)

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

OS RÓTULOS NÃO DEVEM CONDICIONAR A MENTE

"As diferentes denominações, Judaísmo, Bramanismo, Budismo (Theravada, Mahayana em suas diferentes formas: Tibetano, Zen etc.), Cristianismo (Catolicismo, Ortodoxo, Protestantismo etc.) como rótulos não são fundamentais. 

-"Que importância tem um nome? O que chamamos uma rosa, se tivesse outro nome continuaria com o mesmo perfume." (W. Shakespeare.) 

A Verdade não tem rótulos. Ela não é budista, judaica, cristã, hindu ou muçulmana. Não é monopólio de quem quer que seja. Estes e outros rótulos sectários são obstáculos à Compreensão da Verdade, porque germinam no homem o individualismo, que é o espírito da separatividade e condicionamentos, como os preconceitos e outros, prejudiciais a sua mente. Isto é valido tanto em assuntos intelectuais, como em espirituais, e também nas relações humanas. Quando encontramos alguém, não o consideramos simplesmente um ser humano. Logo o identificamos com um rótulo: inglês, francês, alemão, japonês, judeu, branco ou preto, católico, protestante, budista etc. Imediatamente o julgamos com todos os preconceitos e atributos associados ao rótulo condicionado em nossa mente. E, não raro, acontece, na maioria das vezes, que o referido indivíduo está inteiramente isento dos atributos que lhe conferimos. 

Apaixonamo-nos de tal modo pelos rótulos discriminativos, que chegamos ao ponto de aplicá-los às qualidades e sentimentos humanos comuns a todos. Falamos de diferentes "tipos" de caridade como, por exemplo, a caridade budista, ou a caridade cristã e desprezamos os outros tipos de caridade. No entanto, a caridade não pode ser sectária, pois se o for, já não é mais caridade. A caridade é a caridade e nada mais; não é nem budista, nem cristã, hindu ou muçulmana. o amor de uma mãe para com seu filho é simplesmente o amor maternal, e este não é budista ou cristão, nem pode ter outras classificações. 

As qualidades, os defeitos e os sentimentos humanos como o amor, a caridade, a compaixão, a tolerância, a paciência, a amizade, o desejo, o ódio, a má vontade, o orgulho, a vaidade etc. não são rótulos sectários e não pertencem a uma religião em particular. O mérito ou demérito de uma qualidade, ou de uma falta, não se engrandece nem diminui pelo fato de ser encontrada num homem de uma determinada religião, ou mesmo sem nenhuma. 

Para quem procura a Verdade, não é importante saber de onde vem uma determinada idéia, ou qual a sua origem, nem é necessário saber se o ensinamento provém deste ou daquele mestre; o essencial é vê-la e compreendê-la. No Budismo não há dogmas; a dúvida cética é um dos impedimentos à clara compreensão da Verdade, do progresso espiritual, ou de qualquer outra forma de progresso. As raízes do mal estão na ignorância, causa das idéias errôneas. (...) Para progredir, precisamos libertarmo-nos da dúvida e para isso é necessário ver claramente, o que sé é possível quando a Verdade vem através da visão interior, adquirida pelo autoconhecimento." 

(Georges da Silva e Rita Homenko - Budismo - Psicologia do Autoconhecimento - Ed. Pensamento, São Paulo, p. 13/14)

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

EGO ESPIRITUAL

"P: Se o Ego Espiritual é onisciente, onde fica então essa decantada onisciência durante sua vida devakhânica?

T: Durante esse tempo está em estado latente e potencial, porque, em primeiro lugar, O Ego Espiritual não é o Eu Supremo, que sendo uno com a Alma Universal ou Inteligência, só ele é onisciente; e segundo, porque o Devakhan é a continuação idealizada da vida terrestre que se acaba de abandonar, período de ajustamento retributivo e recompensa pelos danos e sofrimentos imerecidamente experimentados naquela vida especial. O Ego Espiritual só é potencialmente onisciente, em Devakhan, e de fato, exclusivamente em Nirvana, quando o Ego funde-se na alma-Mente Universal. Volta a ser quase onisciente durante aqueleas horas na terra em que certas condições anormais e mudanças fisiológicas do corpo, libertam o físico dos entraves e impedimentos da matéria. Exemplos disso são os casos de sonambulismo já citados, de uma pobre criada falando hebraico e outra tocando violino. Isto não quer dizer que as explicações dadas pela medicina a esses dois casos não tenham em si alguma verdade, pois uma das moças ouviu, anos antes, seu professor, um pastor protestante, ler obras hebraicas em voz alta, e a outra ouviu um artista tocar violino na casa de cômodos onde morava. Mas nenhuma das duas poderia fazer nada disso com a perfeição com que o fizeram, se não tivessem sido animadas por Aquele que - em virtude da identidade de sua natureza com a Mente Universal - é onisciente. No primeiro caso, o princípio superior agiu sobre os skandhas, colocando-os em movimento; e, no último, estando a personalidade paralisada, manifestou-se a própria individualidade. Solicito que não se confundam as duas coisas."

(Blavatsky - A Chave da Teosofia - Ed. Três, Rio de Janeiro, 1973 - p. 134/135)

terça-feira, 2 de agosto de 2016

OS MALFEITORES

"(7:15) Os malfeitores (nos quais predomina tamas), seres humanos degradados, tolos e faltos de entendimento devido (ao poder de) maya, não buscam refúgio em Mim e partilham a natureza dos demônios.

Encontramos muita gente assim no mundo. Não são rakshasas - monstros malignos com goelas escancaradas, prontos a nos devorar. São seres humanos, embora cruéis, indiferentes ao sofrimento alheio, absorvidos em si mesmos, famintos de sexo, ávidos por riquezas, não importa como as possam adquirir (para eles, a honestidade nada significa), ébrios de poder e implacáveis. Tais pessoas não são demônios, à espreita dos incautos. Podem ser vistas a qualquer tempo, caminhando pelas ruas. Eis como meu Guru descreveu, a sério, uma conhecida artista de cinema que lhe pedira uma entrevista: 'Ela é um demônio!'

Após a morte, as almas são levadas para seus respectivos níveis no mundo astral.  

É preciso ter sempre em mente, contudo, que ninguém é mau por natureza. Todos somos filhos de Deus. O que diferencia o demoníaco do angélico é apenas a espessura do véu que cobre sua compreensão."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 300/301


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

AS DOZE FORÇAS E A DÉCIMA TERCEIRA

"Cada indivíduo tem em si a predominância de uma das doze forças zodiacais, elas são como doze chaves para a vida. Conhecendo as profundezas de seu ser, o indivíduo pode tornar-se o mestre de suas forças e dar constantemente nova motivação à sua vida, desenvolvendo além das qualidades inatas as outras qualidades.
Dessa forma, torna-se capaz de criar uma décima terceira força sublimada, transformada, purificada, remetendo à imagem do Cristo e seus doze discípulos. No Cristo vivia a força do ‘Logos’, da sabedoria universal, mas cada discípulo só podia refletir uma parte do que vivia no Ser Crístico. Sua substância divina, porém, distribuía amor divino entre todos, unificando-os; para ele, o amor entre os discípulos era o mais importante. 
Numa comunidade, a união também só é possível por meio do amor, do respeito e da compreensão mútua, bem como do trabalho por um ideal superior, por uma meta comum unindo a todos. Nós temos a possibilidade de dirigir para o bem todas as forças das quais dispomos, ou então desviá-las para o mal. 
Segundo Rudolf Steiner, 'O mal é algo que na essência é bem, mas que está atuando em lugar errado; o mal é o bem em lugar errado.'  Muitas vezes temos de refrear certas aptidões para desenvolver novas faculdades. Podemos então, desenvolver algo que Rudolf Steiner denominou de ‘técnica moral', no sentido de cada indivíduo conseguir realizar suas ideias em favor de um todo. 
É a força do nosso eu que consegue realizar essa constante transformação sendo ajudado pela Força Crística."
Fonte: As Forças Zodiacais – Gudrun Burkhard
http://www.antroposofy.com.br/forum/as-doze-forcas-zodiacias-e-a-decima-terceira/