OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 17 de dezembro de 2019

DESCONTRAÇÃO MENTAL

Resultado de imagem para paisagem linda"A mente deve manifestar serenidade. Frente aos aborrecimentos e provocações do cotidiano, ela precisa ser como a água, que não retém nenhuma impressão das ondas em sua superfície.

Isso não é desculpa para a negligência nos negócios: ela tem de ser evitada tanto quanto a preocupação desnecessária que brota de um senso exagerado de responsabilidade. Lembre-se sempre de que, sem saúde, paz e felicidade, o sucesso material terá pouquíssimo valor para você. Que vantagem levará se ficar seriamente doente por causa de preocupações?

Portanto, livre-se delas. Mergulhe no silêncio absoluto todas as manhãs e todas as noites, calando os pensamentos durante vários minutos a cada vez. Em seguida, visualize algum incidente agradável em sua vida, fruindo mentalmente essa experiência até esquecer por completo as tribulações.

A descontração mental é a capacidade de desviar a atenção voluntariamente das preocupações com os problemas de ontem e de hoje, das responsabilidades constantes, do medo de acidentes, dos pensamentos aflitivos e dos apegos. O pleno domínio da descontração mental vem com a prática infatigável. Nós o alcançamos calando voluntariamente todos os pensamentos e mantendo a atenção fixa na paz e na alegria interiores."

(Paramhansa Yogananda - Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2014 - p. 56/57)


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

OBSTINAÇÃO, ORGULHO E MEDO

Resultado de imagem para OBSTINAÇÃO, ORGULHO E MEDO"Em nossa abordagem do desenvolvimento pessoal, descobrimos diversas vezes que a tríade básica que compõe o mal é o orgulho, a obstinação e o medo, sempre relacionados entre si. Todas as outras manifestações do mal afloram dessa tríade. Ademais, cada uma dessas três atitudes é uma consequência da resistência e gera mais resistência, ou seja, o mal.

A obstinação diz, 'Oponho-me a qualquer outro modo exceto ao meu'. E esse 'meu modo' é por vezes contrário à vida, contrário a Deus. A obstinação opõe-se à verdade, ao amor e à união - mesmo que pareça querer essas coisas. Quando ocorre um recrudescimento da obstinação, os aspectos divinos não podem se manifestar.

O orgulho é a resistência à unidade entre as entidades. Ele se separa dos outros e se eleva - resistindo, assim, à verdade e ao amor, ambos manifestações criativas da vida. O orgulho é o oposto da humildade, não da humilhação. A pessoa que se opõe à humildade será humilhada porque a resistência sempre tem de chegar por fim a um ponto culminante. A recusa quanto a se expor à verdade e admitir algo se deve ao orgulho. Este causa a resistência tanto quanto é resultado dela.

De um modo semelhante, a resistência gera o medo e o medo gera a resistência. O estado de tensão da resistência e a diminuição do ritmo do movimento energético toldam a visão e o objetivo da experiência. A vida é percebida como algo ameaçador. Quanto mais resistência, mais medo - e vice-versa. A resistência à verdade advém do medo de que a verdade possa ser nociva, e, por sua vez, a resistência à verdade gera esse medo. O ocultamento torna-se cada vez mais difícil e a exposição cada vez mais ameaçadora.

O medo da verdade - portanto, a resistência - nega a qualidade benigna do universo, nega a verdade do eu, com todos os seus pensamentos, sentimentos e intenções. Essa negação de si mesmo, enraizada na resistência, é, e cria, o mal.

Quando vocês querem evitar seus sentimentos, seus pensamentos e suas intenções ocultas, vocês criam a resistência. De uma ou de outra forma, essa resistência sempre está ligada ao seguinte pensamento: 'Não quero ser ferido' - quer esse ferimento seja real ou imaginário. A resistência pode se ligar à obstinação, que diz: 'Eu não devo ser ferido'; ao orgulho, que diz: 'Nunca admitirei que possa ser ferido'; ao medo, que diz: 'Se eu for ferido, provavelmente morrerei.' A resistência expressa a falta de confiança no universo. Na verdade, a mágoa deve passar, pois, tanto quanto o mal, não se trata de um estado definitivo. Quanto mais se vive o sofrimento em sua completa intensidade, mais rápido esse sofrimento volve ao seu estado original - energia fluida, movente, que cria a alegria e a bênção.

Não importa se a resistência advém da pertinácia, do orgulho ou do medo, da ignorância ou da negação do que é. A resistência obstrui Deus, o fluxo vital. Ela cria muralhas que os separam da verdade e do amor - de sua unidade interior.

Uma pessoa na senda da evolução, que busque e tateie encarnação atrás de encarnação - realizando sua tarefa, acha-se num estado interior de conflito, como vocês sabem. Num ser humano como vocês, uma grande parte já está livre e desenvolvida; mas há também em vocês desarmonia, cegueira, má vontade, resistência e mal."

(Eva Pierrakos, Donovan Thesenga - Entrega ao Deus Interior - Ed. Cultrix, São Paulo, 2010 - p. 178/179)

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

O CONFLITO E A CRISE

Resultado de imagem para O CONFLITO E A CRISE espiritual"O ser humano que se acha num estado de liberdade interior parcial - a verdade, o amor e a luz, por um lado; a teimosia, o orgulho e o medo, por outro - terá de encontrar a saída para esse conflito. Uma parte da personalidade opõe-se à verdade de que esses sentimentos e atitudes negativas lá estão, e assim procede desistindo dessas coisas, ao passo que a outra parte se esforça por desenvolver-se e se purificar. Esse estado dualista deve acarretar a crise. Permitam-me enfatizar que essa crise é inevitável. Quando dois movimentos opostos, duas formas de tensão existem numa pessoa, é mister que se chegue a um momento decisivo, que se manifesta na forma de uma crise na vida da pessoa. Um movimento diz: 'Sim, quero admitir o que é o mal; quero enfrentar a mim mesmo e deixar de lado o fingimento, que não é senão mentira. Quero desenvolver-me e dar o melhor de mim para que eu possa contribuir com a vida, assim como espero receber coisas dela. Quero renunciar às posturas infantis e de enganação, a partir das quais tento me agarrar ansiosa e ressentidamente à vida, enquanto me recuso a dar-lhe algo exceto minhas exigências e frustrações. Quero dar um basta em tudo isso e suportar com confiança os reveses da vida. Quero amar a Deus aceitando a vida como ela é.'

O outro lado insiste em dizer: 'Não. Quero que as coisas sejam do meu jeito. Quero até mesmo me desenvolver, ser decente e honesto, mas sem ter de pagar o preço de encarar, revelar ou admitir algo que me incrimine demasiadamente.' A crise resultante deve pôr abaixo a estrutura interior deficiente.

Quando a orientação destrutiva é consideravelmente mais fraca do que a construtiva, a crise é um tanto menor, pois as deficiências podem ser extirpadas sem que se prejudique toda a organização psíquica. Pelas mesmas razões, se o movimento para o desenvolvimento e a verdade é consideravelmente mais fraco do que o movimento de estagnação, de resistência e de energia negativa, a crise maior pode uma vez mais ser evitada por algum período; é possível que a personalidade permaneça estagnada por muito tempo. Entretanto, quando o movimento para o bem é forte o bastante, e ainda assim a resistência continua a bloquear o movimento da personalidade como um todo - tornando-se confusa, sem horizontes e presa de atitudes falsas e destrutivas - alguma coisa deve ceder."

(Eva Pierrakos, Donovan Thesenga - Entrega ao Deus Interior - Ed. Cultrix, São Paulo, 2010 - p. 179/180)


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

DEUS NÃO É INJUSTO

Resultado de imagem para flores de deus"Se, para achar os seus defeitos, vocês fazem metade do esforço que comumente despendem achando os defeitos dos outros, vocês verão a ligação com a lei de causa e efeito e só isso os libertará, mostrando a vocês mesmos que não existe injustiça. Só isso lhes será a prova de que não é Deus, nem o destino, tampouco uma ordem injusta no mundo em que vocês tem de sofrer as consequências das limitações das outras pessoas, mas a ignorância, o medo, o orgulho e o egoísmo de vocês que direta ou indiretamente causarão aquilo que pareceu, até aqui, entrar no caminho de vocês sem que vocês nada fizessem para tanto. Descubram esse elo oculto e verão a verdade. Então compreenderão que vocês não são vítimas das circunstâncias nem da imperfeição dos outros, mas são realmente os que criam a própria vida. As emoções são forças criativas de grande efeito, porque o inconsciente de vocês afeta o da outra pessoa. Essa verdade talvez seja a mais importante para a descoberta de como vocês provocam os acontecimentos, quer bons, quer maus, favoráveis ou desfavoráveis da vida.

Depois que vocês passam por essa experiência, podem acabar com a imagem que têm de Deus independentemente de vocês terem medo de Deus, porque acreditam que vivem num mundo de injustiça e receiam tornar-se vítima das circunstâncias sobre as quais não têm controle, ou de rejeitarem a responsabilidade e ficarem à espera de um Deus flexível que os mime, que lhes oriente a vida, tome decisões por vocês, os poupem de dificuldades que vocês mesmos criam. A compreensão de como vocês são a causa dos efeitos da vida de vocês acabará com essa imagem de Deus. Isso constitui um dos momentos decisivos da vida de vocês.

Só esse momento lhes facultará o reconhecimento de que vocês não são vítimas; de que têm poder sobre a vida; de que são livres e de que essas leis de Deus são infinitamente boas, sábias, amáveis e seguras! Elas não visam transformá-los em fantoches, mas fazer de vocês pessoas totalmente livres e independentes."

(Eva Pierrakos, Donovan Thesenga - Entrega ao Deus Interior - Ed. Cultrix, São Paulo, 2010 - p. 53/54)

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

A BEM-AVENTURANÇA DA ALMA

Resultado de imagem para A BEM-AVENTURANÇA DA ALMA"Alimentar o desejo do luxo é o caminho mais seguro para a desgraça. Não seja escravo de coisas ou posses; elimine até suas 'necessidades'. Empregue o tempo na busca da felicidade duradoura ou bem-aventurança. A alma imortal e imutável está por trás da cortina de sua consciência, onde foram pintados o fracasso, a doença e a morte. Erga o véu da mudança ilusória e assuma sua natureza imortal. Entronize sua consciência volúvel na imutabilidade e serenidade que traz dentro de si e que são o trono de Deus, deixando que sua alma manifeste bem-aventurança dia e noite.

A natureza da alma é bem-aventurança - um estado interior perene de alegria sempre nova, incessante, que eternamente nos domina até mesmo quando passamos pelas provas do sofrimento físico e da morte. 

Não desejar não é negar; é obter o autocontrole de que necessitamos para recuperar a herança eterna de realização plena dentro da alma. Primeiro, pela meditação, dê à alma a oportunidade de manifestar esse estado e depois, permanecendo sempre nele, cumpra seus deveres para com o corpo, a mente e o mundo. Você não precisa renunciar às suas ambições e ser negativo; ao contrário, permita que a alegria duradoura, sua verdadeira natureza, o ajude a concretizar seus sonhos mais elevados. Usufrua de experiências dignas com a alegria de Deus. Cumpra seus nobre deveres com júbilo divino."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 137/138)
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