OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 19 de maio de 2020

CORPOS INFANTIS - CORPO FÍSICO E ASTRAL

O Plano Astral – Parte 2 – Colégio Platinorum"O corpo astral da criança é sumamente receptivo, e transmite suas impressões aos centros sensoriais do cérebro. Daí o fato da criança não saber distinguir entre uma forma física e outra astral, sucedendo às vezes tratar com um companheiro astral sem distingui-lo do de carne e osso. Sendo os seus pais sensitivos, a criança lhes falará sem subterfúgios de seus amigos astrais; porém, quedar-se-á perplexa, acabando por se mostrar insegura e reservada se estupidamente lhe respondem com estas frases ou outras parecidas: 'Não tem ninguém aqui'; 'não diga tolices'; 'não digas mentiras tolas', etc. Verdadeiramente disse Words-Worth, que 'o céu está em nosso derredor durante a infância' e isto não é figura de retórica e sim vívida realidade.

Quando os tecidos do corpo são desde já menos receptivos, as sombras do cárcere se projetam sobre a criança que cresce, até que o ego envolto em sua 'túnica de carne' com o que atinge a incorporada parte de sua consciência, queda-se interceptado no corpo físico, dos mundos sutis, cujos fenômenos se desvanecem à luz do dia (melhor fora chamá-la obscuridade) da consciência vigílica, que para o ego encarnado é a única realidade enquanto está no corpo físico. Porém, convém recordar que fora deste corpo o ego não é tão obtuso como quando nele está, e sempre está fora dele a maior parte do ego."

(Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 51/52)

quinta-feira, 14 de maio de 2020

CORPOS INFANTIS

Erotização infantil pode afetar desenvolvimento das crianças ..."Os corpos infantis são muito sensíveis às influências suprafísicas, e durante os primeiros anos de sua vida nos mundos inferiores o homem pode modificá-los notavelmente, sobretudo o astral e físico na primeira infância. Na generalidade das crianças não está o homem verdadeiro ou ego em íntimo contato com seus corpos até os sete anos de idade, e a frequente observação de que raras vezes se manifesta o raciocínio mental antes da referida idade conduziu à crença de que a educação das crianças não deve começar antes dos sete anos. 

De fato, durante a primeira infância está o ego revestindo-se de seus corpos inferiores e sua consciência não toma plena posse deles antes do sétimo ano de vida terrena. Notáveis alterações vão se efetuando no cérebro físico. As células ou neuromas que têm de servir de órgãos à faculdade raciocinal, lançam umas raízes chamadas 'dentritas', as quais formam uma rede, e se atraem por seus extremos sem se tocarem, porém constituindo condutos de franca comunicação intercelular. O desenvolvimento das 'dentritas' está estimulado pelo enlace das sensações da criança com os objetos externos que as produzem, e pela recordação deste enlace. A criança sente fome e o corpo reclama alimento. A mãe lhe acalma a fome dando-lhe de mamar; e depois de muitas experiências, a criança relaciona a presença de uma mulher com a sensação da fome e da sua inquietude, até que por último relaciona esta sensação com a presença de uma mulher determinada, sua mãe, a quem reconhece então e prefere às demais mulheres. O mundo da criança está constituído por aparições e desaparições, presenças e ausências, igualmente incompreensíveis para ela, que vão e vêm sem fixidez. Não pode segui-las; porém, ao cabo de muitas experiências, reconhece que, embora não as podendo ver, pode invocar a aparição do objeto desejado em seu limitado mundo por meio do pranto, estabelecendo assim outra relação entre si mesma e o estranho mundo exterior. Por haver tido análogas experiências em muitas vidas precedentes, o ego utiliza seu infantil corpo físico com alguma habilidade e ajuda-o a estabelecer mui rapidamente suas primeiras relações; porém as crianças diferem muito no que as mães e as preceptoras chamam 'fazer caso' de algo, pois isto depende em grande parte da idade do ego e da classe de corpo que lhe foi determinado como mais apropriado para extinguir seu karma em períodos. O estabelecimento da relação entre a consciência operante no corpo infantil e os objetos externos é a base de todo pensamento. Uma sensação e o reconhecimento do objeto externo relacionado com ela, já lhe preceda, já lhe siga, pode considerar como alfabeto do pensamento.

O resultado prático disto na educação da criança é que se lhe deve induzir a observar, chamando-lhe a atenção o enlace entre suas sensações e os objetos, para o qual deve exercitar sua memória. Durante a infância os sentidos são mais agudos e convém aproveitar esta vantagem para educá-lo. Entretanto, não se lhe deve incitar o raciocínio, no significado lógico desta palavra, porque seu cérebro não está apto, todavia, para este esforço, e os educadores ignorantes classificam de distração ou estupidez a natural incapacidade de inferir uma conclusão geral de observações similares. Não é distração nem estupidez, e sim prematuridade física." 

(Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 49/51)

terça-feira, 12 de maio de 2020

O PERÍODO PRÉ-NATAL

Pré-natal: o que você precisa saber sobre a assistência ..."Os corpos recebem considerável influência benéfica ou perniciosa durante o período pré-natal, pois o ambiente em que vive a mãe repercute no porvir mental, emotivo e físico do nasciturno. Daí a enorme importância de formar saudáveis ambientes nos três mundos em que a mãe e o feto não cessam de viver. Os amorosos, puros, nobres e ternos pensamentos de quantos rodeiam a mãe, nutrirão análogos germes no novo corpo do filho, sendo especialmente neste particular a qualidade dos pensamentos da mãe por sua constante influência no feto. Pelo contrário, os pensamentos maus, grosseiros, cruéis e impuros das pessoas que rodeiam e acompanham a mãe, nutrirão os germes da mesma linhagem que se encontra latente no corpo mental do feto, enquanto que a ausência de semelhantes pensamentos inutilizará a grosseira matéria mental desta classe.

O mesmo pode se dizer com relação às emoções e paixões, sobretudo destas últimas que são substancialmente nocivas. O temor, a luxúria e a cólera devem ser afastadas do sensitivo e crescente corpo astral do feto. Quanto ao corpo físico favorecerão em sua formação e beleza, harmonia, delicadeza e suavidade de cores e sã alimentação da mãe, o ar puro, a luz e o salutar ambiente.

Não se deve olvidar a relação entre os corpos físico e astral, porque neste último se levantam violentas sacudidelas ou estremecimentos vibratórios, as intensas emoções e paixões cujos choques podem se transmitir ao corpo físico do feto, determinando deformidades ou paranóicos. O terror da mãe prejudica perigosamente a parte física e astral do feto.

Disto se deduz quão poucos meninos dos bairros miseráveis de nossas cidades podem nascer saudáveis debaixo das atuais condições de existência, que contrastam com o sólido cuidado com o qual os gregos, verdadeiros amantes da beleza, rodeavam as mães.

Não é suficiente cuidar do recém-nascido, porquanto o período de pré-natal resguarda e prepara em grande parte seu futuro, e os ambientes mental e moral entranharão melhores ou piores futuros que o ambiente físico.

Os samskâras pré-natais dos hindus são o reconhecimento, por parte da misteriosa e científica religião hinduísta, da importância de pulsar as notas harmônicas dos períodos de desenvolvimento. Necessária para a saúde é a obediência às leis da natureza, que nisto como um tudo são a expressão da lei de Deus. Porém, a maioria das pessoas desconhece as leis da natureza, mais por descuido do que por deliberado menosprezo. Domina-se a natureza pela obediência, e seus mais apreciados dons estão à disposição dos que a obedecem, e como prêmio de sua obediência, serve-os voluntariamente e põe a seus pés todos os seus tesouros."

(Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 43/45)

quinta-feira, 7 de maio de 2020

O HOMEM REVESTIDO

Nós e o Mundo Espiritual"Já estamos com o homem completamente revestido de seus flamejantes corpos e disposto a colher novas experiências no mundo físico.

De per si, é o verdadeiro homem uma Inteligência imortal e espiritual a que se dá o nome de Mônada ou Trino Espírito, porque é o trino e um com o Logos ou Ishvara de quem seminalmente procede. É uma Consciência com três aspectos ou qualidades distintas, porém, inseparáveis. No Logos ou Ishvara estas três qualidades ou aspectos são: Existência, Sabedoria e Felicidade, simbolizados exotericamente em Brahmâ, Vishnu e Shiva da Trindade hinduísta. Na Mônada, inerentemente ternária, as três qualidades são: Existência, Conhecimento e Felicidade.

A eterna Mônada ou Espírito ternário, para desenvolver a sua interna semente da vida, se apropria de um átomo de matéria átmica no qual se manifesta como Poder ou Vontade; outro átomo de matéria búdica, no qual se manifesta como Sabedoria; e outro átomo de matéria mental, no qual se manifesta como Intelecto. Assim o Espírito ternário se converte na Mônada investida, ou seja em Atma-Buddhi-Manas, equivalente por suas qualidades à Vontade-Sabedoria-Inteligência. É o 'imortal Governador interno', a imortal Inteligência espiritual manifestada em sua verdadeira natureza e disposta a evolucionar a favor de experiências adquiridas nos três mundos inferiores, por meio de outros três corpos mais densos e mortais, de sorte que as ditas experiências lhe sirvam de alimento nutritivo a suas roupagens superiores. Assim diz simbolicamente Upanishad que os devas se alimentam dos homens. O átomo átimico se espraia ou se restringe à vontade da Mônada e forma uma roupagem simples e inteira. O átomo búdico atrai outros de sua mesma natureza que, interfundidos intimamente, formam uma roupagem radiante de indescritível fulgor. O átomo mental também atrai outros de sua índole e forma uma roupagem mais compacta, parecida a um tecido, que é a do Intelecto. Assim a Mônada, o homem verdadeiro, passa de uma vida para outra sem nascimentos nem mortes nos superiores mundos causal, búdico e átmico. É aquele que 'despojado de todos os sentidos brilha com as qualidade de todos eles, se move e se prende sem pés nem mãos, vê sem olhos e ouve sem ouvidos'. É o glorioso Governador.¹⁴ Também 'o consumidor de alimentos',¹⁵ do alimento da experiência.

A fim de colher experiências, imerge sua vida no mundo mental inferior e se apropria de uma molécula de cada uma das densidades de matéria mental inferior, análogas à das densidades búdica, causal, mental e física, com as quais, segundo expusemos no primeiro capítulo, se constrói, auxiliado pelo deva, um novo corpo mental apropriado para expressar as experiências de índole mental adquiridas durante a sua permanência no mundo celeste. É um corpo repleto de gérmens ou embriões de faculdades que ele tem de aduzir em sua próxima vida terrena entre as influências, já estimulantes, já deprimentes, com que tropeça nas pessoas e coisas circundantes. Por meio deste corpo, o Intelecto se esforçará em seu corpo causal em utilizar o antigo conhecimento e a adquirir outro novo. Por meio do corpo búdico o homem atua para formar o corpo astral, cujas mais puras moléculas estão em analogia com suas correspondentes no corpo mental, porque a união do amor e do conhecimento desenvolve a sabedoria em seu devido tempo. Também no corpo astral estão embrionárias as qualidades emotivas e passionais, e igualmente ver-se-ão estimuladas ou deprimidas pelas experiências que o homem encontre em seu ambiente.

Quanto ao corpo físico, já dissemos que o homem tem de aceitá-lo segundo o deva o modela, a fim de que, como órgão de atividades físicas, sirva para extinguir a porção de karma regulado e designado para a imediata vida terrena. O corpo físico pode ser um estorvo embaraçoso ou um instrumento harmonioso. As ações do homem em vidas passadas determinam seu ambiente na atual, assim como seus pensamentos determinam seu caráter, suas emoções e paixões e seu temperamento. Desta forma empreende a alma peregrina, o morador do corpo, seu caminho para percorrer a etapa terrena de sua viagem, ao retornar a este mundo pela porta do nascimento."

¹⁴. Svetashvataropanishat, III, 17-20.
¹⁵. Brhadaranyakopanishat, IV, 24. 

(Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 41/43)

terça-feira, 5 de maio de 2020

O CORPO FÍSICO

TRANSFORMANDO O SEU CORPO FÍSICO EM UM SAGRADO CORPO DE LUZ ..."O homem não intervém na construção deste corpo. Os devas vivificam o átomo físico permanente, assimilando nele substância terrestre mineral, vegetal ou animal e o misturam entre os alimentos do pai escolhido para o próximo nasciturno. Do pai passa para o átomo permanente à mãe eleita, e no momento da concepção, começa o deva encarregado do serviço a construir o corpo físico, regulando-se pela planta ou esboço que os Senhores do Karma lhes confiaram para modelar a matéria física em forma adequada ao esgotamento do karma de forma regulada durante a vida física. Desta matéria elaboram-se os órgãos sensorias relacionados com os centros do corpo astral, e o cérebro ou órgão da mente relacionados com o corpo mental. O corpo físico é o que vive menos, pois fica abandonado e inutilizado com a morte física. Assemelha-se a um abrigo, manta, capa ou gibão de contínuo de repartição, porque todas as noites nos desprendemos dele durante o sono, muito embora mantendo com ele um magnético laço de relação; e enquanto o corpo físico dorme, podemos atuar revestidos dos corpos astral e mental no mundo astral, donde vemos os nossos amigos, auxiliamos os desvalidos, consolamos aos tristes e praticamos o amor e a misericórida, ou também, o ódio e a crueldade se estivermos sob o domínio de paixões.

O homem pode aprender a viver livremente no mundo astral e aumentar a receptividade do cérebro às vibrações superfísicas, porque o corpo de carne não constitui forçosamente um cárcere, e sim pode ser uma habitação cuja chave o homem possua. O corpo físico é o único que a maioria das pessoas está constantemente tomando e desejando, muito embora não se apercebam dele em sua rotineira vida terrena."

(Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 37/38)