OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 16 de julho de 2020

MESMERISMO (PARTE FINAL)

Magnetismo Espiritual | Energia Espiritual"(...) Convém também ter presente que a relação entre o operador e o paciente estabelece um laço magnético que pode prejudicar a este último, a menos que o operador seja um homem de pensamentos puros e limpos, bem como emoções livres de qualquer estado mórbido. Uma enfermidade do operador pode contagiar o paciente ou vice-versa, a menos que o operador saiba resguardar-se deste contágio. Os apetites maus, as paixões perversas, os desejos baixos, as emoções sinistras e os maus pensamentos, podem ser transmitidos ao paciente por esta telegrafia sem fios. Ademais, é possível dominar até certo ponto a vontade da pessoa, que umas vezes notará o domínio que sobre si é exercido e outras o suportará inconscientemente. Um operador sincero romperá desde logo o laço magnético, uma vez realizada a sua obra; porém, infelizmente aparecem com demasiada frequência nos jornais, anúncios que prometem ensinar a prática do mesmerismo a fim de obter bastarda influência nas pessoas, para se aproveitarem delas em assuntos especulativos e em questões de interesses egoístas.

Exemplo disso temos com uma jovem, faz vinte anos, que veio visitar-me ao sair do hospital de onde lhe haviam despedido por sofrer de uma enfermidade incurável na vista: a atrofia do nervo ótico. Da cura, caso fosse possível, dependia o ganho da vida com o seu trabalho e a realização de projetado matrimônio. Observei que algumas células do nervo ótico estavam parcialmente encolhidas, com muito pouca vitalidade, e era possível a cura se as vitalizassem. Expliquei-lhe as condições em que tentaria a prova e consentindo, curei-a.

Decorrido algum tempo, tive de sair de Londres, e como não recebesse sua visita que era frequente e não soubesse o seu endereço, enviei-lhe uma mensagem mental para que não fosse à minha casa durante a minha ausência. Na sua próxima visita disse-me que havia saído com o fim de me visitar, mas que ao chegar à rua sentiu um irresistível desejo de voltar, como realmente o fez. Este 'irresistível desejo' pode ser usado com fins maldosos.

Outro perigo notei nesta suprassensível mocinha. No primeiro dia íamos no trem, e, embora eu tivesse procedido com prudência, empreguei demasiada força na operação. A jovem percebeu que podia ler um jornal que o passageiro imediato levava na mão, e algumas horas mais tarde os seus braços caíam ligeiramente flácidos ao longo do corpo. Compreendi o que havia ocorrido e me apressei a restabelecer a normalidade. Menciono isto como advertência, para que os ignorantes não joguem com sua potência magnética, porque todo aquele que se vale do mesmerismo com propósitos terapêuticos tem necessidade de conhecer anatomia, fisiologia e também psicologia, pois o empírico uso da força magnética pode resultar em graves prejuízos físicos. ²⁸"

²⁸. Assim mesmo advirto que tenho estado praticando durante muitos anos a cura mesmérica com imenso trabalho, e não posso contestar nenhuma carta nem responder a nenhuma pergunta que se me dirija sobre este ponto. A correspondência será inútil. (N. do T.)

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 82/84)

terça-feira, 14 de julho de 2020

MESMERISMO (1ª PARTE)

A diferença dos passes magnéticos no Mesmerismo, Reiki e ..."Dá-se a este procedimento o nome de seu inventor, o médico alemão Frederico Antônio Mesmer, residente em Paris em 1778, que descobriu o modo de consumir em sono a uma pessoa submetida à sua influência pessoal, exercida com tal propósito e auxiliada por artifícios excitadores da imaginação. Seu procedimento foi condenado por uma comissão de eminentes médicos franceses encarregada de examiná-lo, e o mesmerismo caiu no anátema da ciência ortodoxa. Não obstante, continuou sua prática que foi tida por charlatanismo apesar dos notáveis resultados com ela obtidos na cura de algumas enfermidades e na anestesia local durante as operações cirúrgicas, sem que o paciente perdesse o conhecimento.

O mesmerismo consiste em relacionar a vontade da pessoa com a do operador, a fim de provocar o sono. O operador fixa sua atenção nos olhos do paciente, que por sua vez olha fixamente o operador, e então este 'faz passes' sobre a fronte do paciente ordenando-lhe que durma, como de fato dorme e se transporta ao estado de êxtase. Isto no que se refere ao aspecto visível do procedimento.

Quanto à sua característica invisível, sucede que o operador emite de si uma força parecida com o magnetismo, uma energia vital regulada pelo pensamento que a acompanha ao atuar no cérebro físico, pois, por meio de um galvanômetro se demonstra que o processo mental vai unido nesse caso a correntes magnéticas com o éter que interpenetra a massa cerebral. O operador emite estas correntes na direção que lhe apraz, e no caso em apreço, envia-as por intermédio do éter circundante ao éter do cérebro da pessoa, cuja matéria densa fica afetada pelas ondas vibratórias que provocam o sono. A causa desta ação é indispensável que o pensamento da pessoa se harmonize com o do operador, pois se for discordante, as ondas vibratórias seriam opostas e se entrechocariam com o cérebro do paciente, produzindo perturbações físicas, dores de cabeça e outras doenças, sobretudo se tanto o operador como a pessoa têm vontade forte. Neste última circunstância, se ambas as vontades se harmonizam, os resultados do êxtase podem ser mui favoráveis; porém, se estão em desacordo, será o mesmerismo muito prejudicial à saúde física do paciente. (...)"

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 80/82)

quinta-feira, 9 de julho de 2020

ÊXTASE (PARTE FINAL)

Consciência Espiritual: NOSSO PODER"(...) Consideremos agora o caso de uma pessoa vulgar posta artificialmente em estado de êxtase, ²⁶ com o objetivo de colocar-se em consciência hipnótica e interrogá-la nessa situação.

Os psicólogos ocidentais começaram a colocar a pessoa em sono, e despertaram-na depois para lhe perguntar de que se recordava. Posteriormente a colocaram em sono e a interrogaram sem despertá-la. O sono, neste estado, era extático, isto é, o ego se ausentava do corpo, e assim não se despertava a pessoa até que lhe focassem uma luz elétrica sobre os olhos ou disparassem um tiro perto de seus ouvidos, ou lhe atravessassem a carne com uma agulha. O coração diminuía suas pancadas, a respiração apenas era percebida e o sangue circulava lentamente, carregado de resíduos carbônicos, até alcançar o estado comatoso do organismo. Entretanto, em tais condições, a pessoa respondia às perguntas que se lhe formulavam e os resultados eram assombrosos.

As primeiras experiências desta espécie ²⁷ foram efetuadas pelos mesmeristas do século XIX, e pelos hipnotizadores no fim do mesmo século. O mesmerismo e o hipnotismo são dois procedimentos muito diferentes, embora ambos deixem o ego livre de seu corpo físico, e consintam que o estudante os distinga."

²⁶. Esta palavra é a que com maior propriedade etimológica expressa a ideia significada pela anglo-francesa 'transe', que pode achar-se inalteravelmente traduzida em muitos tratados de psiquismo, sendo que em nossa língua a palavra transe tem um significado mui distinto do transe a que se refere o texto. Pelo contrário, êxtase equivale a transporte e se deriva das palavras gregas ek (fora) e stasis (base), ou seja 'fora da base', isto é, fora do corpo, no caso de que tratamos. Transe em nosso idioma, não dá ideia da ausência do ego, que é condição indispensável do êxtase, e sim que se contrai ao definir o ponto rigoroso de algum acontecimento, como por exemplo quando dizemos transe da morte. O êxtase tanto pode ser o artificialmente provocado no médium espírita como o natural dos místicos.
²⁷. A comunicação direta com o ego que deixava em sono extático seu corpo físico e era consciente no mundo astral, valendo-se do corpo de emoções como veículo de atividade, isto é, o mesmo corpo astral que também está revestido na vida terrena, muito embora atue no corpo físico. (N. do T.)

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 79/80)

terça-feira, 7 de julho de 2020

ÊXTASE (1ª PARTE)

ÊXTASE CHAVE DA DIMENSÃO ESPIRITUAL – Portal Arco Íris-Núcleo de ..."É um estado hipnótico ²³ em que o ego sai de seu corpo físico por sua própria vontade ou artificiosamente expulso pelos procedimentos de mesmerismo, sugestão, magnetismo, histeria, etc. ²⁴ Difere o êxtase do sono ordinário em que durante este o ego queda magneticamente ligado ao corpo físico, de modo que, em caso de necessidade pode reincorporar-se o ego. Quando uma pessoa adormecida desperta subitamente em estado de terror, o coração palpita com violência, e o corpo se banha de suor, e parece como se uma entidade repugnante se houvesse acercado do corpo adormecido com o intento maligno de se aproveitar dele e sinistramente nele influenciar, e que a consciência remanescente no corpo enviará aviso ao ego em demanda de amparo e proteção. Então o ego se apressa a voltar, recobra a posse do corpo e o terror se desvanece. Ademais, no sono ordinário, o toque ou sacudidela externa do corpo, um ruído estrepitoso ou a repentina claridade de uma luz servem de chamada ao ego ausente. Porém, em estado de êxtase, não existe ligação magnético entre o corpo físico e o ego, pelo que este não pode receber chamada alguma. Um dos perigos do êxtase mesmérico, sugerido por um hipnotizador ignorante das condições suprafísicas, é que o corpo fica desprovido de sua instintiva faculdade de reclamar auxílio em caso de perigo, nem tampouco é capaz de se proteger a si mesmo, abroquelando-se num envoltório de magnetismo positivo. 

Quando alguém que acaba de perder seu corpo físico pela morte e ansia veementemente voltar à terra, pode aproveitar-se de um corpo físico vago de seu proprietário e sem meios de se comunicar com ele. Os psicólogos modernos chamam a este fenômeno 'desdobramento de consciência', e os antigos o chamavam 'possessão'. Chamem-no como quiser, é sumamente prejudicial para o intruso e extremamente desastroso para o legítimo proprietário e seus inimigos e amigos, para quem quer que o encontre inteiramente trocado em pensamentos, emoções, recordações e caráter; e se o fenômeno ocorreu fora de sua casa, tem de lamentar a repentina e, para eles, inexplicável desaparição de seu amigo ou parente, com todas as inquietudes e ansiedades próprias do caso.

Estas alterações ocorrem, com mais frequência nos casos de epilepsia e catalepsia, e então acontece trocar o caráter da pessoa atacada até o ponto de perder por completo a memória de sua anterior personalidade. Esta perca se chama erroneamente as consequências do ataque. ²⁵ (...)"


²³. A palavra hipnótico se refere adjetivamente a tudo quanto esteja relacionado com o sono, e não se verifica em sua reta e etimológica acepção que forçosamente deve ser um estado produzido por sugestão magnética. Todos os chamados hipnotizadores provocam o sono em seus 'subjects', porém, nem todos os estado de sono ou hipnótico provêm da ação dos hipnotizadores. O vulgo tem tergiversado o sentido reto da palavra hipnótico, e fala-se do sono hipnótico sem advertir a enormidade da redundância, pois o hipnótico já por si implica a ideia de sono. 
²⁴. Ao tratar da mediunidade, explicaremos a diferença entre o êxtase e a anestesia, em que também o corpo físico queda inconsciente pela ação de certas substâncias como o éter, o clorofórmio e outros entorpecentes.
²⁵. O leitor que se interessar por este ponto encontrará muitos casos classificados com a denominação geral de 'desdobramento da consciência'.

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 77/79)

quinta-feira, 2 de julho de 2020

CONTINUIDADE DE CONSCIÊNCIA

Mediunidade: caminho de ascensão à quinta dimensão..."O homem que atua conscientemente no mundo astral pode ou não ter continuidade de consciência, isto é, recordar ou não, ao volver ao corpo físico, quanto viu e fez no mundo astral. A este fato, deve estar o cérebro convenientemente educado, com certas modificações em seu funcionamento. Uma melodia que compreenda três oitavas não pode ser interpretada como um instrumento que abarque somente duas. Se o cérebro tem latente a capacidade de vibrar em três oitavas, pode-se atualizar dita capacidade, porém, se o cérebro não a tem latente e se fazem violentos esforços para que reproduza as vibrações astrais, acarretarão notas falsas e discordantes, manifestadas em acidentes histéricos, irritabilidade nervosa, impressões contrafeitas e distensão das células normais do cérebro. Daí a necessidade da disciplina da yoga.

Numa etapa de evolução mais adiantada, a consciência vigílica inclui o mundo astral e não há necessidade do sono nem do êxtase para atuar conscientemente nele, bem como no físico. Em outra etapa, não obstante superior, o homem é assim como consciente no mundo mental, onde aprende a funcionar livremente com muito maior utilidade e, no final, chega a ter nele sua consciência vigílica. Então vive conscientemente nos três mundos, residindo conforme sua vontade em qualquer dos três."

(Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 75/76)