Não há maior humildade do que
negar-nos a nós mesmos os méritos e prêmios das chamadas boas ações,
reconhecendo que o verdadeiro obreiro e merecedor é Aquele que nos utiliza como
instrumentos de seu sábio agir.
Não há maior amor do que aquele
que devemos devotar ao Supremo, mesmo quando nos encontramos diante de um de seus
multifários disfarces menos amáveis, ou nada amáveis.
Não há maior mal do que viver
para valorizar o que é apenas miragem, sombra, efêmero – nosso eu.
Não há maior dádiva a pedir a
Deus do que Ele conceder desvelar-se diante de nós.
Não há distância mais funesta do
que a dor do eu em relação ao EU.
Não há maior ignorância do que
supor que cada um de nós é um ser à parte, distanciado, diferente, e
indiferente a seu vizinho, seu filho, seu adversário.
Não há maior paz do que aquela
que alcançamos quando, com sabedoria, abandonamos a ansiosa “luta” pela paz.
Não há luz maior do que aquela
que não conseguimos ver, no entanto onipresente.
Não há maior felicidade do que
aquela que já É em nós, e nós ainda não conseguimos gozar.
Não há solidão que nos perturbe
tanto quanto a que sentimos em plena multidão alvoroçada.”
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