Por ser fácil, é vulgar amar a
formosura da forma.
Esse amor, que não vai além do
apetite estético, é tão vulnerável quanto a própria beleza transitória. Dura
somente o tempo que dura aquilo que o tempo, a doença e a morte desfiguram e
extinguem.
O Amor liberto do tempo, das
injunções existenciais, o Amor que perdura, os vulgares não conhecem, pois não
entendem o que é amar a Essência, que transcende as formas.
Somente os que já conseguiram
penetrar em algumas camadas mais sutis e profundas de seu próprio universo
interno, portanto, mais longe do ilusório, são capazes da libertadora aventura,
da transcendente ventura de Amar.
Este amar Real também goza a
forma.
Mas, em realidade, ama a
Essência, que lhe dá Eternidade, Infinitude, Transcendência, Felicidade,
Plenitude.”
(Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 223)
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