
Com o paciente coração de Deus,
Jesus considerava a humanidade como pequenas crianças sem compreensão. Se uma
pequenina criança apanhasse uma faca para atacá-lo, você não desejaria matá-la
em retaliação. Ela não sabe o que faz. Quando consideramos a humanidade assim
como um bondoso pai vela por seus filhos e está disposto a sofrer por eles,
para que possam receber algo da luz e do poder de seu espírito, então nos
tornamos semelhantes a Cristo: Deus em ação.
Somente os sábios podem ser
realmente misericordiosos, pois, com divino discernimento, percebem até mesmo
os malfeitores como almas – filhos de Deus que merecem compaixão, clemência,
ajuda e orientação quando se desviam do caminho. A misericórdia abrange a
capacidade de ser útil; somente almas qualificadas ou evoluídas são capazes de
ser úteis de uma forma prática e misericordiosa. A misericórdia se expressa de
forma útil quando a angústia paternal abranda a severidade do julgamento
rigoroso e oferece não apenas perdão, mas genuíno auxílio espiritual para eliminar
o erro de um indivíduo.
Os que são moralmente fracos mas
desejam ser bons, o pecador (aquele que contraria sua própria felicidade
desprezando as leis divinas), os que sofrem de senilidade física, deterioração
mental e ignorância espiritual – todos necessitam do amparo misericordioso de
almas cujo desenvolvimento interior as qualifica para oferecer compreensiva
ajuda. As palavras de Jesus estimulam o devoto: “A fim de receberdes a
misericórdia divina, sede misericordiosos para convosco, tornando-vos espiritualmente
qualificados; e sede misericordiosos também para com os outro filhos de Deus
que se encontram na ilusão. As pessoas que de todas as formas estão sempre
progredindo e que compassivamente reconhecem e suavizam a carência de um desenvolvimento
integral nos demais irão certamente enternecer o coração de Deus, obtendo para
si próprias Sua misericórdia infinita e incomparavelmente benévola.”
(Paramahansa
Yogananda – A Yoga de Jesus – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 87/88)
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