"Toda a natureza é um anelo de
“servir”.
Serve a nuvem, serve o vento,
serve a chuva.
Onde haja uma árvore para
plantar, planta-a tu; onde haja um erro para corrigir, corrige-o tu; onde haja
um trabalho e todos se esquivem, aceita-o tu.
Sê o que remove a pedra do
caminho, o ódio entre os corações e as dificuldades do problema.
Há a alegria de ser puro e a de
ser justo, mas há, sobretudo, a maravilhosa, a imensa alegria de servir.
Que triste seria o mundo se tudo
se encontrasse feito, se não existisse uma roseira para plantar, uma obra para
se iniciar!
Não te chamem unicamente os
trabalhos fáceis.
É muito mais belo fazer aquilo
que os outros recusam.
Mas não caias no erro de que
somente há méritos nos grandes trabalhos; há pequenos serviços que são bons
serviços: adornar uma mesa, arrumar teus livros, pentear uma criança.
Aquele é o que critica; este é o
que destrói: sê tu o que serve.
O servir não é faina de seres
inferiores. Deus, que dá os frutos e a luz, serve. Seu nome é: “Aquele que
serve”. Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta a cada dia:
Serviste hoje? A quem? À árvore? A teu irmão? À tua mãe?."
(A Essência da Sabedoria – A Arte
de Viver – p. 19/20 – In: Sabedoria
Universal, Paulo Lotufo, São Paulo, 1970)
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