"Jamais devemos esquecer nossa meta. Devemos construir uma cerca em
torno de nossas carências. Não devemos continuar a aumentá-las cada vez mais,
pois isso finalmente trará infelicidade. Não digo, entretanto, que não devemos
satisfazer necessidades básicas, que surgem de nossa relação com o mundo
inteiro, ou tornarmo-nos sonhadores e idealistas ociosos, ignorando nosso
próprio papel essencial na promoção do progresso humano.
Em suma: a dor resulta do desejo e também, indiretamente, do prazer, o
qual se apresenta como um fogo-fátuo, atraindo as pessoas para o pântano das
carências, que as tornam cada vez mais infelizes.
Vemos, assim, que o desejo é a raiz de toda infelicidade e surge do
sentido de identificação do Eu com o corpo e a mente. Portanto, o que devemos
fazer é eliminar o apego, banindo o
sentido de identificação. Simplesmente romper o laço do apego e da
identificação. Devemos representar nossos papéis no palco do mundo conforme
assinalado pelo Grande Diretor, com toda a nossa mente, intelecto e corpo,
porém mantendo-nos interiormente tão invulneráveis ou imperturbados pela
consciência do prazer e da dor como fazem os atores no palco."
(Paramahansa
Yogananda – A Ciência da Religião – Self-Realization Fellowship - p. 32/33)
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