sexta-feira, 1 de março de 2013

QUAL FORÇA VENCEU NA BATALHA COTIDIANA ENTRE O BEM E O MAL?


"Poucos homens chegam a se dar conta de que em seu reino há um permanente estado de guerra. Geralmente, só quando esse reino está quase completamente arrasado é que os homens percebem, indefesos, a triste ruína de sua vida. Os conflitos psicológicos por saúde, prosperidade, autocontrole e sabedoria têm de ser reiniciados todos os dias, para que o homem se adiante na direção da vitória, reconquistando, centímetro por centímetro, o território da alma ocupada pelos rebeldes da ignorância.

O iogue, o homem que está despertando, é confrontado não apenas com batalhas exteriores, travadas por todos os homens, mas também com o entrechoque interno entre as forças negativas da inquietude (que surgem de manas, ou consciência dos sentidos) e o poder positivo do desejo e do esforço para meditar (apoiado pela inteligência, buddhi), ao tentar estabelecer-se de novo no reino espiritual interior da alma; os centros sutis da vida e da consciência divina, na coluna vertebral e no cérebro.

Portanto, o Gita aponta, logo na primeira estrofe, a primordial necessidade que o homem tem de introspecção todas as noites, de modo que possa distinguir claramente que força – o bem ou o mal – venceu a batalha cotidiana. Para viver em harmonia com o plano de Deus, o homem precisa repetir para si próprio, todas as noites, a indagação sempre pertinente: “Reunidas no espaço sagrado do corpo – o campo das ações boas e más -, que fizeram minhas tendências opostas? Que lado, nesta guerra incessante, venceu hoje? Vamos, me diga: as más tendências corruptas, tentadoras, e as forças opostas da autodisciplina e do discernimento, que fizeram?"

(Paramahansa Yogananda – A Yoga do Bhagavad Gita – Self-Realization Fellowship - p. 22)


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