"A linguagem
é um dos instrumentos mais poderosos nas mãos do homem. Ele pode curar ou ferir
os outros com a arma que possui. Muito frequentemente, nossa palavra contém um
aguilhão consciente ou inconsciente. Mas o aguilhão de nossa palavra não está
na própria palavra, porém, sem dúvida, na mente. A palavra em si não possui o
poder de curar nem de ferir. Aquilo que é transmitido através da palavra a
torna agradável ou desagradável. A palavra ou a linguagem é apenas um veículo.
É a mente que lhe empresta qualidade. A palavra é um meio de comunicação. Sem
ela, as relações sociais se tornariam quase impossíveis. No entanto, um meio de
comunicação em si não tem nenhum significado. Aquilo que é comunicado torna a
palavra ou a linguagem significativa. Todos nós usamos as mesmas palavras e
seguimos as mesmas formas de linguagem e, contudo, há uma nítida diferença na
qualidade do que cada uma delas transmite. É muito frequente nossa linguagem
falada não possuir vitalidade em si, porém às vezes a palavra se torna
intensamente viva; tal como a palavra de um amigo, pode curar a ferida que nos
faz sofrer, em outra ocasião, uma palavra do mesmo amigo pode nos aprofundar a
ferida. Por que acontece isso? Não é a palavra que importa, e sim, certamente,
a fonte donde emana a palavra, que é de importância fundamental: A qualidade
curativa ou feridora da palavra reside na fonte e não na forma ou estilo de
linguagem."
¹ Luz no Caminho, Ed. Teosófica.
(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed.
Teosófica, Brasília - p. 32/33)
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