"Vairagya¹ não significa que você tenha de renunciar ao lar e à moradia, saindo para a floresta. Nada garante que o lar e a casa não o acompanharão no silêncio e solidão da floresta, porque, se sua mente anseia por desejos mundanos, deles você não consegue escapar simplesmente por lançar uma distância (física) entre eles e você. Pode você estar na selva, mas tendo sua mente vagando na praça do mercado. Igualmente, pode estar na praça do mercado, mas, devido ao sadhana (disciplina ascética), sentir-se quieto e mantendo firme o passo no caminho da paz em seu coração, embora em meio à multidão mais azafamada. A mente tem poder, seja para construir um silente refúgio, seja para amarrar você com encrencados nós. A mente amarra e desamarra.
Você pode singrar a salvo no mar de samsara², caso seu barco não tenha rombos como a luxúria (kama), a raiva (krodha), a cobiça (lobha), a ilusão (moha), a soberba (mada) e o ciúme (matisarya). Através de tais rombos, a água pode invadir o barco, e ele afundará arrastando você, impedindo uma redenção. Não admita água em seu barco. Vede todos os rombos, então nada terá a temer. Em samsara você pode beneficiar-se com todas as oportunidades de treinar os sentidos, ampliar as afeições, aprofundar as experiências e fortalecer o desapego."
¹ Vairagya - despaixão; a atitude psicológica caracterizada pela ausência de raga (paixão, apego).
² Sansar - o mundo cambiante, palco dos nascimentos e mortes; a roda das reencarnações, também na terminologia budista. Tem sinônimo: Jagat (universo).
(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 169)
bem eu pai... bj
ResponderExcluirbem eu não, bem pra mim...
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