"(...) Uma das
características da pessoa evoluída é que ela não é egoísta. A mente, ao
contrário, é muito pessoal e está vinculada ao desejo, como rapidamente
descobrimos quando observamos com cuidado as nossas reações em relação a
pessoas e acontecimentos. À medida que a mente se torna mais aguçada, fica mais
crítica em relação a como os outros pensam e agem. Aliás, ela tem uma enorme
satisfação em encontrar algo que possa criticar ou condenar. Em um nível
subconsciente, isso fortifica o ego e o seu senso de superioridade. Pode ser
por isso que falar e pensar criticamente é tão comum.
Certamente é
bom ser crítico, no bom sentido; isso é sinal de viveka, a faculdade do discernimento, está evoluindo, e de que o
certo é visto como certo e o errado como errado. Porém, esse tipo de observação
deve estar livre do elemento pessoal. O verdadeiro discernimento não produz
reações que distorcem os relacionamentos. A atitude não-pessoal, ao contrário,
leva a sentimentos gentis e à compreensão das lutas travadas pelos outros.
Outro exemplo
é a nossa resposta a um problema de saúde, uma experiência que pode ensinar
muito sobre a impessoalidade. O corpo é algo útil e deve ser cuidado, mas não
devemos lhe dar importância como algo que possuímos. (…) Mas, por enquanto, o
corpo é uma boa ferramenta com a qual podemos atuar no plano físico. (...)"
(Radha Buernier - Como manter a mente em paz - Revista Sophia nº 12 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 28)
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