"Krishnamurti disse que a verdade é
uma terra sem caminhos. Parece também dizer que o caminho para a terra da
verdade é um caminho sem trilhas. Não há paradoxos nessas duas concepções,
porque o único caminho para a verdade é a prática da própria verdade, assim
como o único caminho para a liberdade é a liberdade, e o único caminho para o
amor é o amor. Para a verdade, o amor ou a liberdade, nada pode substituir o
caminho.
Fazendo uma imagem disso, podemos
pensar numa enorme montanha; no topo dessa montanha brilha o sol da verdade. Se
eu tiver que escalar essa montanha, devo dar passos. Cada passo que eu der deve
ser um passo de verdade. Nenhum outro tipo de passo irá levar-me para cima.
Portanto, a verdade é não apenas a meta, mas também o caminho para a meta. (...)
Portanto, se não há diferença entre a
meta e o caminho para a meta, ambos podem ser chamados de terra sem caminhos.
Cada homem sob a lei do carma recebe
o tipo de experiência que lhe oferece a melhor oportunidade para o exercício da
vontade, do pensamento e do amor. (...)
Colocando a ideia em termos
teosóficos, todas as nossas experiências são como se fossem enviadas direta e
especificamente das mãos de Deus. Se reconhecermos e alegremente aceitarmos o
fato de que em todas as coisas, o tempo inteiro, estamos lidando diretamente
com Deus, deixaremos de insultá-Lo com orações que são apenas súplicas.
Começaremos a ter a força e a paz que surgem ao descobrirmos que o mais elevado
e o mais próximo são a mesma coisa."
(Ernest Wood - A Terra sem Caminhos - Revista Sophia, Ano 6, Nº 24 - Pub. da Ed. Teosófica - p. 26/27)
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