"Todos nós temos uma imagem que apresentamos ao mundo
– é o que Jung chama de persona. O
modo como nos vestimos, falamos, a personalidade que gostamos de apresentar,
tudo isso é parte de uma persona que
desenvolvemos desde nossos primeiros anos. A
persona é influenciada pela educação. Família, escolas amigos, sociedade:
todos esses elementos têm normas, valores e atributos, e o esperado é que nós
os aceitemos e os tornemos nossos.
A persona não
é o ‘eu’ real; é a expectativa da sociedade sobre como alguém no nosso papel
deve se vestir, falar e se comportar. Se nos preocupamos demais com nossas personas, podemos terminar vivendo
segundo as expectativas de nossos pais, de nosso grupo social ou religioso, ou
de nossos cônjuges. Podemos não estar sendo verdadeiros e autênticos em relação
a nós mesmos. Podemos estar vivendo a ideia de uma outra pessoa sobre como
nossa vida deveria ser.
O ego é o que nós pensamos que somos. É a nossa
personalidade como conscientemente a conhecemos. (...)
Ego não significa egoísta ou egocêntrico; é uma
palavra latina que significa ‘eu’ (...)
Para compreender as necessidades que o ego tem em
relação aos outros, devemos primeiramente entender a nós mesmos. Não podemos
ter relacionamentos bem-sucedidos como amigos, amantes ou pais a não ser que
tenhamos uma noção realista da nossa própria identidade. Se sabemos quem somos,
podemos fazer melhores escolhas nos nossos relacionamentos."
(Viviane Crowley
- A Consciência segundo Jung - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 – Pub. da Ed.
Teosófica - p. 33)
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