“(...) No estado meditativo ficamos conceitualmente livres
das limitações do pensamento, e nele está presente o potencial para nos tornarmos
um com tudo. A meditação pode levar à expressão mais verdadeira do nosso eu.
Mas precisamos realmente meditar? Por que? Quando
fizemos essa pergunta ao erudito budista Samdhong Rinpoche, ele rebateu com
outra pergunta: ‘Por que devemos comer?’ Para ele, a meditação é a nutrição da
mente. Sem ela, nosso desenvolvimento mental, tanto na estrutura cerebral
quanto nos pensamentos, não seria muito favorável; nossa capacidade para
explorar nosso pleno potencial não seria realizada.
Portanto, sem meditar estamos retardando nosso
desenvolvimento mental e impedindo o crescimento de nossa consciência. Nossas
mentes permanecem obstinadas, desordenadas, destreinadas, subdesenvolvidas,
organicamente deficientes. Sem meditação estamos à mercê de processos internos
destrutivos – pensamentos e emoções dos quais não temos noção e que nos
governam. (...)
Em termos simples, existem apenas dois estilos de
meditação, com infinitas variações: plena atenção (percepção pura) e
visualização (conceituação). A rotina particular não é tão importante; são
apenas pontos de partida. Use o que quer que funcione com você e livre-se cada
vez mais das armadilhas físicas, de modo que consiga meditar em qualquer lugar
e por quanto tempo desejar, mesmo que apenas por alguns segundos. Você pode
levar sua meditação para qualquer lugar.”
(Alek Kwitko - Meditação e Ciência - Revista Sophia, Ano 7, nº 27 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 07/09)
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