"Se fizermos o nosso melhor trabalho e o mais sábio,
se em nome do amor oferecermos os nossos melhores pensamentos e esforços em
prol do serviço à humanidade, então, no momento em que a ação for realizada,
não teremos qualquer desejo quanto ao resultado, exceto que esteja de acordo
com a vontade e orientação dos mais sábios acima de nós. Separamo-nos
totalmente da ação; realizamos a nossa parte, deixando para eles um campo livre
e desobstruído, onde todas as grandes energias espirituais podem desabrochar de
forma irrestrita e não afetada por nossa cegueira e fraqueza. Não nos
interessamos mais pelo resultado. Assim, deixamos a cargo Deles tornar perfeita
a nossa fraqueza com a Sua força, corrigindo as nossas falhas com a sua sabedoria,
os nossos erros com a Sua retidão. As falhas que cometemos perdem grande parte
do seu potencial negativo; embora recebamos a dor pelos erros, a ação terá sido
correta porque o desejo foi o de servir. Se com ele não misturamos a nossa
própria personalidade, então, até mesmo do erro surgirá o sucesso; o fracasso,
sendo apenas do intelecto, cederá caminho às forças mais poderosas do Espírito
que é movido pelo amor. (...)
Ao realizarmos o melhor de nós, abandonando os
resultados, verificamos que aquilo que chamamos de devoção é, de fato, uma
atitude da alma. É a atitude do amor, o atingimento da paz. A alma, tendo a sua
face sempre voltada para a Luz Daqueles que residem internamente, está sempre
pronta para o serviço. Pela sua luz encontra novas oportunidades de serviço
todos os dias."
(Annie Besant - A Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p. 62/63)
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