Você já sabe o que é o subconsciente como um 'servo-mecanismo'? Ou melhor, você sabe o que é um 'servo-mecanismo'? Se já sabe, desculpe. Preciso no entanto explicar a quem não sabe. "Servo-mecanismo' é uma máquina cibernética (no estilo do computador eletrônico), que funciona de forma que, ao receber uma nítida missão a cumprir, exata e fielmente a cumpre. Assim são os torpedos, as bombas dos terroristas e os foguetes autodirigidos, que em hipótese alguma erram o alvo. Pois bem, o 'servo-mecanismo' de seu subconsciente, a toda hora, recebe a missão que você lhe dá, através da imagem que fez de si mesmo (autorretrato). Cega e fatalmente cumpre a missão, isto é, com seu tremendo poder, faz de você o que você tem imaginado ser. Se você se vê como um desgraçado despojado de paz, força, saúde, amor, compreensão, respeito... finalmente de tudo que você ainda anda mendigando, então a toda hora, a máquina cibernética de seu subconsciente está fazendo do desgraçado que você imagina, um desgraçado real.
Quando, em vez de pedir ajuda, você passa a dar, você está, pelas mesmas razões e segundo as mesmas leis, aumentando sua capacidade de ajudar. Se em vez de pedir que lhe amem, você ama sem se ressentir com a não reciprocidade; se você ama incondicionalmente, se 'ama por amor ao amor', então, recebe, amor. Não por pedir. Mas em virtude da lei universal. Se você aprende a dar de si, verá aumentar a fortuna daquilo que aos outros tem dado. Se você é positivo, emitindo, distribuindo, ofertando, ajudando, compreendendo, estimulando, criando, irradiando, se fez de você um autorretrato positivo, será cada vez maior sua riqueza, maior a expansão de si mesmo, maiores os transbordamentos sobre os limites precários do ser humano 'normal'. Se você, esquecido das incompreensões de que tem sido vítima, gosta de dar compreensão a todos, virá a vencer também nesse aspecto da vida.
Quem pede está vazio. Quem oferta tem para dar. Quem se lamenta atrai maiores razões para mais se lamentar. (...)"
(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 202/204)
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