
Em nossa limitação de consciência, no campo
tridimensional da existência física, percebemos o tempo como uma sucessão de
eventos com um aspecto linear: o hoje é fruto de ontem e semente do amanhã. A
semente armazena em si toda a potencialidade do fruto, assim como o fruto atual
é resultante de todas as manifestações da semente do ontem. O hoje é semente e
fruto ao mesmo tempo, isto é: a nossa colheita também é semeadura.
O hoje é filho de ontem e pai de amanhã. O tempo
é o passado e o futuro fundidos num eterno agora. Disso resulta a magnitude de
viver bem a todo momento, sem apegos a ressentimentos e mortificações de um
passado inexistente, pois já foi, ou de receios e expectativas de um futuro
também inexistente; pelo menos por ora, pois ele ainda não chegou.
Utilize todas experiências do passado, mas não
as rumine nostalgicamente saudoso como escravo dessa prisão inexistente, que algema
suas inciativas presentes.
Viva o aqui e agora, com a magnitude de sua alma
divina. Em tempos idos construímos nossa personalidade atual e, neste momento,
estamos construindo nossa personalidade do amanhã, sem o ranço de outrora,
desprovido de remorsos autodestrutivos e sem a ansiedade temerosa do que está
por vir. Confie na perfeição divina e na eternidade do karma como dádiva de Deus, enriquecendo, pela aprendizagem, os
tesouros inesgotáveis da alma, rumo ao seu grande destino de unir-se ao
supremo."
(Antonio
Geraldo Buck - Você Colhe o que Planta – Ed. Teosófica, Brasília, 2004 - p. 22/23)
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