sábado, 11 de abril de 2015

ISHVARAPRANIDHANA (PARTE FINAL)

"(...) Dentro do alcance de minha inteligência, cabe-me deliberar, fazer planos, escolher direções, reunir meios materiais, mobilizar amigos e começar a agir. Sou responsável pela ação. Devo fazer esforço, como se tudo dependesse de mim, mas devo aceitar que, se eu estiver errado, Deus me salvará lançando um obstáculo ou insucesso à minha frente.

Diante das dificuldades e frustrações devo insistir, até poder constatar que Deus tem realmente outros planos para mim. Nesta hora, só me resta aceitar sua sábia vontade, sem permitir qualquer resquício de tristeza, revolta ou autocomiseração. Portas que se fecham, prejuízos, adversidades e frustrações que destroem os fracos, são quantas vezes declarações inequívocas de amor, partidas da Consciência Suprema para ouvidos e corações sábios. 

Não nos cabe decidir que só há ajuda quando Ele responde com uma imediata e espetacular melhora. Às vezes e através de uma piora ou de uma 'cirurgia' que Ele age. Confiar-se não é antever ou escolher o que vai acontecer, mas acatar o que é concedido.

Sereno e corajoso, o yoguin toma obstáculos e derrotas como desafios e, só depois de tentar infrutiferamente, aceita-os como decisões de Deus. Assim, não perde a coragem, não se exaure nem se rende, mas, ao contrário, prossegue firme e estimulado em outra direção, na direção nova que Deus apontou."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 240)


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