quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

"Existem muitas motivações para participar do serviço e do trabalho humanitário. A motivação mais desprendida é o desejo de ajudar os outros a ajudar a melhorar algumas das situações dolorosas, difíceis e injustas no mundo. Outra motivação é o desejo de cumprir uma necessidade interna para fundamentar nossos impulsos espirituais, solidificando nosso crescimento interior e dando expressão aos nossos talentos e à nossa compaixão. Existem também benefícios secundários, como a autoestima que surge a partir de uma contribuição real, a recompensa de ver que os nossos esforços tiveram algum efeito em outra pessoa que, por exemplo, adquiriu habilidades úteis como datilografar ou usar o computador através da ajuda de um trabalhador voluntário, ou até mesmo o elogio e satisfação de sermos apreciados porque estamos realizando um bom trabalho. A motivação mais elevada é a de dedicar as nossas ações a Deus ou à Vida Una, cumprindo o karma yoga, segundo o Bhagavad Gita, e nos aproximarmos cada vez mais da unificação de nossa vida exterior com os nossos impulsos e insights espirituais mais profundos. Contudo, poucos de nós realizam o serviço sem algum reflexo de ganho pessoal. Será inútil esperar que nossa motivação seja completamente pura antes de decidirmos prestar serviço. O melhor a fazer é simplesmente se lançar em algum trabalho que você considere importante e que lhe agrade, não se preocupando excessivamente com a sua motivação. Basta envolver-nos com uma boa causa para deixarmos de lado nosso mundo pessoal estreito."

(Shirley Nicholson - A Vivência da Espiritualidade - Ed. Teosófica, Brasília, 1996 - p. 93/94)


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