"Uma vez desencadeada a ação, há uma tendência à
reação, em direção à própria pessoa. Contudo, não é uma fatalidade que
inexoravelmente terá que ocorrer. No exemplo citado, a criança pode desviar da
bola quando a mesma retornar. Pode ainda colocar uma almofada em si para
amortecer o choque da bola em seu corpo! Há a possibilidade dela agarrar
prazerosamente essa bola; ou, talvez, pela sua inabilidade, sofrer um ferimento.
Múltiplas ocorrências são possíveis, dependendo do procedimento da criança após
o desencadear da ação...
Assim é o karma,
um processo altamente dinâmico, onde uma nova ação pode introduzir novo vetor
na reação, modificando seus efeitos.
Isso serve de alerta aos comodistas ao suporem ser
tudo fatalidade, destino, e impossível de ser modificado. Tudo depende da nossa
postura, pois a cada momento estamos colhendo o karma semeado no passado; e, no mesmo instante, semeando o karma a ser colhido no futuro.
Repetimos: há uma tendência, uma inclinação para a
reação acontecer tal qual foi a ação; mas há o livre-arbítrio para alterar os
efeitos dessa reação, intensificando-a, atenuando-a, ou até mesmo anulando-a."
(Antonio Geraldo Buck - Você Colhe o que Planta
– Ed. Teosófica, Brasília, 2004, p. 17)
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