OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

COMO CULTIVAR O AMOR DIVINO (PARTE FINAL)

"(...) No ser humano, a alegria origina-se no cérebro, no centro sutil de consciência divina que os iogues denominam sahasrara, ou lótus de mil pétalas. Entretanto, o genuíno sentimento de alegria não é experimentado na cabeça, e sim no coração. Da sede da consciência divina no cérebro, a alegria desce para o centro cardíaco,² e aí se manifesta. Essa alegria vem da bem-aventurança divina – o atributo essencial e supremo do Espírito.

Embora possa nascer em razão de certas condições externas, a alegria não está sujeita a condições; frequentemente, aparece sem nenhuma causa material. Às vezes, você acorda, ‘andando nas nuvens’ de tanta alegria, mas não sabe por quê. E quando está no silêncio da meditação profunda, a alegria borbulha de seu íntimo, sem ter sido despertada por estímulos externos. A alegria da meditação é extasiante. Quem nunca entrou no silêncio da verdadeira meditação não conhece a alegria pura. 

Ficamos muito felizes quando satisfazemos um desejo; contudo, quando somos jovens, muitas vezes sentimos uma felicidade, repentina, como se viesse do nada. A alegria se expressa sob certas condições, mas não é por elas criada. Assim, quando alguém ganha mil dólares e exclama ‘Que felicidade!’, a condição de receber mil dólares serviu apenas como o golpe de uma picareta para liberar uma fonte de alegria do reservatório oculto de bem-aventurança interior. Da mesma forma, na experiência humana, normalmente são necessários certos fatos para trazer o júbilo à tona, mas a alegria em si é o estado perene da alma. O amor também é inerente à alma, mas é secundário em relação à alegria; não poderia existir amor sem alegria. Você consegue imaginar isso? Não, porque a alegria vem junto com o amor. Quando falamos do sofrimento do amor não correspondido, estamos falando de um anseio não realizado. A verdadeira experiência de amar é sempre acompanhada da alegria."

² Chakra anahata, o centro dorsal sutil; sede dos sentimentos, centro do controle de vayu, o elemento vibratório do ar, uma das manifestações da vibração criadora de Om. A vida e a consciência do homem se perpetuam pela força e pela atividade na ‘árvore da vida’, cujo tronco são os sete centros sutis localizados na coluna vertebral e no cérebro. Daí vem o poder para desempenhar todas as funções e capacidades fisiológicas e psicológicas do ser humano. Devido ao seu centro comum de origem, algumas experiências espirituais e psicológicas estão ligadas a processos fisiológicos. Por exemplo, existe uma conexão definida entre a função fisiológica cardíaca e o centro espiritual sutil do sentimento, localizado no coração. Trabalhando juntos, eles expressam a grande emoção do amor, tanto humano quanto divino.

(Paramahansa Yogananda – O Romance com Deus – Self-Realization Fellowship – p. 04/05


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

COMO CULTIVAR O AMOR DIVINO (1ª PARTE)

"O mundo como um todo tem esquecido o verdadeiro significado da palavra amor. Este sentimento tem sido tão desvirtuado e crucificado pelo ser humano que pouquíssimas pessoas sabem o que é o verdadeiro amor. Assim como o óleo está presente em todas as partes da azeitona, também o amor permeia todas as partes da criação. Mas definir o amor é muito difícil, pela mesma razão que as palavras não podem descrever plenamente o gosto de uma laranja. Você precisa provar a fruta para sentir seu sabor. Assim é com o amor. Todos já provaram alguma forma de amor no coração; portanto, sabem um pouco como é, mas ainda não entenderam como desenvolvê-lo e purifica-lo, expandindo-o em amor divino. No início da vida, existe uma centelha do amor de Deus na maioria dos corações. Entretanto, esta centelha geralmente se perde, porque o homem não sabe como cultivá-la.

Muitas pessoas nem acham necessário analisar o amor. Reconhecem-no como o sentimento que têm por parentes, amigos ou outras pessoas por quem sintam forte atração. Mas há muito mais além disso. O único modo que encontro para descrever o amor é falar de seus efeitos. Se você pudesse sentir uma partícula mínima do amor divino, seria tão grande sua alegria – tão arrebatadora – que não conseguiria contê-la.

Pense bem no que estou dizendo. A satisfação do amor não está no sentimento em si, e sim na alegria que traz. O amor dá alegria. Amamos o amor porque nos dá essa felicidade tão inebriante. Assim, ele não é o ponto final: o final supremo é a bem-aventurança. Deus é Sat-Chit-Ananda, a Bem-aventurança sempre-existente, sempre-consciente e sempre-nova. Como almas, somos Sat-Chit-Ananda individualizada. ‘Da Alegria viemos na Alegria vivemos e temos nosso ser, e na sagrada Alegria um dia nos dissolveremos novamente.’¹ Todas as emoções divinas – amor, compaixão, coragem, autossacrifício, humildade – não teriam sentido sem a alegria. A Alegria significa júbilo, uma expressão da Bem-aventurança suprema. (...)"

¹ Taittirya Upanishad 3-6-1.

(Paramahansa Yogananda – O Romance com Deus – Self-Realization Fellowship – p. 03/04


terça-feira, 26 de novembro de 2013

A EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

"À medida que estudamos mais o Universo, descobrimos que suas variedades diferem em idade. (...) Este mundo não veio à luz em sua condição atual através de uma única palavra criadora. Brâhma criou o mundo lenta e gradualmente em prolongada meditação. As formas de vida vieram umas após outras. As sementes de vida foram semeadas umas após outras. Se olharmos para qualquer Universo em qualquer tempo dado, descobrimos que a variedade daquele Universo tem o Tempo como fator principal. A idade da semente em desenvolvimento assinala o estágio em que esta semente apareceu. Em um Universo, em um único e mesmo tempo, há sementes de várias idades e vários estágios de desenvolvimento. Há sementes mais jovens que os minerais, perfazendo o que chamamos de reinos elementais. As sementes em evolução chamadas de reino mineral são mais velhas que aquelas. As sementes que evoluem como reino vegetal são mais velhas que as dos minerais, isto é, elas têm um passado evolutivo mais longo atrás de si; os animais são sementes com um passado ainda mais longo, e as sementes que chamamos de humanidade têm o passado mais longo de todos estes.

Cada grande classe tem sua diversidade em relação ao seu surgimento no tempo. Assim igualmente a vida individual separada em uma pessoa - não a vida essencial, mas a vida individual e separada - é diferente da de outra, e diferimos na idade de nossas existências individuais assim como diferimos na idade de nossos corpos. A vida é uma só - uma só absolutamente; mas ela se desdobra em diferentes estágios de tempo, tomando em consideração o ponto de partida da semente que está crescendo. Devemos compreender esta ideia claramente. Quando um universo se aproxima de seu fim, haverá nele entidades em todos os estágios de crescimento. Já disse que os mundos estão interligados, e os Universos se interligam mutuamente. No início algumas entidades estarão em fases iniciais de evolução; algumas muito cedo estarão prontas para se expandir na consciência de Deus. Neste Universo, quando seu tempo de vida encerra, haverá todos os diferentes níveis de crescimento, que dependem de diferenças de tempo. Há uma só vida em todas as formas, mas o estágio de desenvolvimento de uma vida particular depende do tempo em que ela passou se desenvolvendo separadamente. Aqui compreendemos a verdadeira raiz de nosso problema - uma só vida, imortal, eterna, infinita no que tange à sua fonte e sua meta; mas esta vida se manifesta em diferentes graus de evolução e em diferentes etapas de desenvolvimento, diferentes parcelas de seu poder inerente se expressando de acordo com a idade de cada vida separada. (...)"

(Annie Besant - Dharma - Três palestras proferidas na 8ª Convenção Anual da Seção Indiana da Sociedade Teosófica, ocorrida em Varanasi (Benares), em 26, 27 e 28 de outubro de 1898, The Theosophical Publishing Society, 161 New Bond Street, W. London - p.  6/7)