OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 4 de outubro de 2022

A SENDA MÍSTICA PARA A PAZ INTERIOR

"Existe uma estrada íngreme e espinhosa, assolada por perigos de toda espécie, mas ainda assim uma estrada. Ela leva ao coração do universo. Assim escreveu H. P. Blavatsky sobre a estrada metafórica que leva à iluminação. Mas pode alguma estrada levar 'ao coração do universo'?

Uma afirmação assim não parecerá impossível se considerarmos a nossa real natureza humana e como evoluímos através do tempo. Temos uma natureza complexa, somos um composto. Evidentemente somos criaturas físicas, e evidentemente nossa natureza física é também impermanente.

Dizem que a cada sete anos; nossos corpos adquirem um conjunto de átomos totalmente novo. O corpo físico está em mudança constante, morrendo uma vez a cada sete anos, Contudo, o senso de 'eu' que sentimos tão fortemente perdura ao longo de toda a vida. Se fossemos apenas o corpo, certamente seríamos uma pessoa diferente a cada sete anos, mas não somos. Ainda somos o mesmo eu.

Temos ainda uma natureza emocional que está em estado de constante mudança. Ela está sujeita a mudanças de momento a momento, e ao longo dos anos está sujeita a uma mudança gradual. O eu que perdura ao longo dessas mudanças não pode ser a natureza emocional.

Temos também uma mente que possui um potencial extraordinário. Como os animais, podemos usá-la para conseguir o que queremos, mas diferentemente deles, somos capazes de pensamento abstrato e de autoexame. Pensamentos em constante mutação passam por nossa mente, e o modo como vemos o mundo pode mudar radicalmente ao longo dos anos ou, em alguns casos, com o lampejo de um insight

Mesmo com todas essas mudanças o eu permanece o mesmo. No nível mais profundo de nossa consciência está um poder extraordinário: o poder de autotransformação. É um poder inerente ao que a religião chama de alma imortal e a Teosofia chama de ego reencarnante. É o eu interior, o observador, a testemunha, a própria consciência, que perdura através das mudanças. É verdade que podemos nos expressar com o corpo, as emoções e a mente. Contudo, podemos também observar nosso estado físico, emocional e mental.

Embora nossa atenção seja atraída por cada evento bom ou mau em nossas vidas, a consciência pura chamada 'eu' não é perturbada pelos objetos diante de si. A sabedoria antiga sugere que o eu permanente reside no eterno, 'no coração do universo'. O eu que somos, como disse Walt Whitman em Song of My Self, 'está tanto dentro quanto fora do jogo'. Podemos ficar à parte e observar todo o processo que chamamos de 'eu', e podemos mudá-lo.

Se isso é verdade, podemos então perguntar por que não nos identificamos com esse eu interior. Poderíamos muito bem perguntar por que não nos identificamos com nosso subconsciente pessoal. Os psicólogos sabem que nosso foco e o nosso senso de eu muitas vezes bloqueia a percepção dos aspectos mais obscuros de nossa própria mente. Não será porque nosso senso de eu, ou seja, aquelas experiências que chamamos de 'eu', também bloqueia na nossa consciência até mesmo os aspectos mais profundos de nosso próprio ser? Se assim for, será então possível levar esse eu recôndito à plena consciência?" 

(Edward Abdill - A senda mística para a paz interior - Revista Sophia, Ano 12, nº 48, p. 29)
Imagem: Pinterest.


terça-feira, 27 de julho de 2021

ACUSAÇÃO E CRÍTICA - III

"Culpar alguma coisa ou pessoa pela infelicidade em nossa vida raramente resolve um problema. As queixas constantes, em silêncio ou em voz alta, nos distanciam da real causa de nossa tristeza e impedem de crescer interiormente.

Atitudes de queixa ou acusação como: 'Foi ele que me fez agir assim!', 'É tudo culpa dela', 'Não tive escolha', 'Todo mundo está fazendo isso', 'Ninguém me compreende', 'Não tenho amigos', 'Ele merecia esse castigo', 'Vou mostrar a ela' e 'Não vou pedir desculpas enquanto ele não o fizer' são exemplos das reações infantis que muitas vezes levamos para nossa vida de adulto.

Se quando estivermos dispostos a assumir a responsabilidade pelas nossas próprias atitudes, ações e descasos - sem culpar outras pessoas por eles - encontraremos a paz e harmonia interiores que estamos buscando.

Hoje pararei para ouvir meus pensamentos, tanto os profundos como os mais evidentes. Estou me queixando ou acusando demais? Se for esse o caso, voltarei minha atenção para a verdadeira fonte da infelicidade: minha insatisfação comigo mesmo.

Assumir a responsabilidade pelas nossas atitudes, ações e descasos é mais difícil do que dirigir a vida dos outros. Dar conselhos a outra pessoa, por exemplo, é mais fácil do que praticar o que ensinamos. Se aplicássemos os conselhos em nossa própria vida, teríamos menos tempo para criticar, tentar corrigir ou interferir nas dificuldades alheias. Além disso, ficaríamos surpresos com quantos opções temos dentro do nosso alcance que resolveriam, ou pelo menos aliviariam, os problemas de nossa vida. 

Hoje deixe-me entender que sou muito mais positivo e produtivo quando concentro meus esforços e pensamentos em modificar a mim mesmo e minhas próprias ações. Dê-me coragem de agir com base em minha sabedoria interior.

Só existe um canto no universo que você pode ter certeza de que é capaz de melhorar e ele é o seu próprio eu. Assim, é lá que você tem de começar e não fora de si, nem em outras pessoas. Isso vem depois, quando você já tiver seu próprio canto arrumado.
- Aldous Huxley


(Por Liane Cordes - O Lago da Reflexão, Meditações para o autoconhecimento - Ed. Best Seller, 3ª Edição - p. 85/86)



quinta-feira, 15 de agosto de 2019

A PAZ DINÂMICA (PARTE FINAL)

"(...) Podemos perceber o poder do pensamento e a necessidade de paz interior. Mas como essa paz pode acontecer em nós? Pode ser após muita busca espiritual, mas pode também ser num segundo. O primeiro passo é perceber objetivamente nossos conflitos; então, eles podem desaparecer. Krishnamurti disse: 'Onde há divisão deve haver conflito. É a lei!' Divisão aqui significa divisão psicológica: separar-se como indivíduo ou grupo de outros indivíduos e grupos. Para não haver conflito não deve haver divisão isolando nossos corações. 

Isso não exclui a diversidade. Somos todos diferentes física e psiquicamente, mas espiritualmente estamos unidos. Não podemos nos separar de ninguém internamente. 'Não imagine que você pode se separar do homem mau ou do tolo. Eles são você mesmo.'

O que acontece nas relações quando há conflito? Se nosso relacionamento com os outros for superficial, se depender de conforto físico, prazer emocional e concordância mental, se estiver centrado em nós e na convicção de que somos diferentes dos outros - talvez melhores ou mais interessantes -, o conflito é possível a qualquer momento. Mas se o relacionamento ocorre num nível profundo, onde 'o espírito salta para o espírito através do véu da carne', então ficamos mais próximos das pessoas, vemos suas fraquezas como se fossem nossas e sentimos compaixão e compreensão, mesmo que nem sempre concordemos com elas.

A verdadeira paz interior surge quando cessa o conflito interno. Mas essa não é uma paz passiva; é também força, tanto quanto amor e alegria. Tudo isso se irradia da nossa mente, dos sentimento e até do corpo, tornando possível a cooperação e o trabalho construtivo e criativo com os outros.

Essa paz que transmite compreensão pode iluminar nossas vidas e, uma vez que todos compartilhamos da mesma vida e somos a mesma vida, pode espalhar-se e plantar as sementes da paz externa - a ausência de guerra e de violência. 

A Primeira Nobre Verdade proclamada por Buda fala da dor e do sofrimento. Não será a violência a própria dor? Não acarretará ela sofrimento? A Segunda Nobre Verdade fala da causa da dor. Não estará a causa da violência em nosso coração? O mesmo se dá com o fim da dor - a Terceira Nobre Verdade -, que está na transformação em nossos corações, em nossa vida diária. Então o Nobre Caminho Óctuplo - a Quarta Nobre Verdade - se abrirá diante de nós, pois teremos dado o primeiro passo, a correta percepção das coisas, inclusive a causa interna da miséria humana e o conhecimento de que a paz começa na nossa mente, mais próxima da mente dos outros do que imaginamos.

Como podemos compreender isso? Como podemos nos aproximar dos outros - quer sejam humanos, animais, a natureza ou o Divino? Virando as costas à autopreocupação, ao autointeresse, à autoimportância. Então, em nossos corações haverá espaço para os outros. Isso produzirá a verdadeira paz em nós e no mundo."

(Mary Anderson - A paz dinâmica - Revista Sophia, Ano 9, nº 33 - p. 15)


terça-feira, 13 de agosto de 2019

A PAZ DINÂMICA (1ª PARTE)

"O século 20 caracterizou-se por guerras cruéis, mais do que qualquer outro período da história. As pessoas anseiam pela paz. Mas o que querem dizer com paz?

Podemos pensar na paz como ausência de guerra. Mas será apenas isso? O conflito pode existir separadamente da guerra. Nos chamados 'tempos de paz' também existem conflito e violência nas ruas, nos lares, nas escolas, nos escritórios. Existem crime e perseguições, depressão e outros problemas que levam até mesmo ao suicídio.

Portanto, as pessoas anseiam por não apenas estar livres de guerras, mas de violência sob qualquer forma. E acima de tudo anseiam pela paz interior, sem conflitos internos.

Frequentemente há conflito em nós, sob muitas formas. Às vezes estamos em guerra contra nós mesmos. Pode ser uma luta entre nossos desejos e deveres, ou entre desejos conflitantes ou deveres conflitantes; ou contradição entre a realidade e nossa imagem das coisas.

Krishnamurti indagou: 'O que ocorre quando se presta total atenção àquilo que chamamos de violência? Quando se está prestando total atenção existe cuidado, e não se consegue cuidar se não há amor. E quando na atenção existe amor, será que haverá violência?'

Atenção significa ver as coisas como são, sem justificá-las ou rejeitá-las. Mas se rejeitamos a violência, o conflito continua; ele segue 'pelo subsolo' e algum dia pode entrar em erupção como um vulcão.

Portanto, o conflito interno é um problema. Mas por outro lado, pode levar a uma ação necessária e promover a solidariedade. Somos impelidos à atividade como medida defensiva ou nos aproximamos de outros em oposição a um inimigo comum'. A atividade e a solidariedade em situações de conflito podem ser necessárias e úteis. 

A paz que desejamos é a ausência de conflito. Mas poderá ser algo positivo, envolvendo harmonia, amor e criatividade? A paz não é apenas um estado externo, mas também interno, e não apenas passiva, mas dinâmica. Ela depende de condições internas. O espírito está em paz e é livre em quaisquer que sejam as circunstâncias externas: 'Muralhas de pedra não fazem uma prisão, barras de ferro também não.' (...)"

(Mary Anderson - A paz dinâmica - Revista Sophia, Ano 9, nº 33 - p. 14/15)


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O CAMINHO DO AMOR (3ª PARTE)

"(...) Vós, que trilhais esta vereda, que sentis o chamado do amor, que anseiam curar, ensinar e salvar, deveis fazer vossa escolha. Estais dispostos a abandonar todas as felicidades que estivestes acostumados a tomar como amor, a renunciar à felicidade do amor correspondido? Sentindo uma compaixão crescente em vosso coração, cônscios de um poder de amar que aumenta cada dia, estai prontos para desatar todo laço humano, a fim de que vosso amor terreno possa ser transmutado em amor que é divino? A cela, a cova do ermitão, a floresta, a fenda na montanha, oferecem locais para vosso retiro, onde podereis, sozinhos, subjugar os demônios do desejo e romper as cadeias que vos mantêm ligados à servidão da carne; antes, nenhum retiro é necessário, a cela ou a gruta estão em vosso íntimo, e a não ser que o tenhais achado dentro de vós, nenhum outro lugar externo vos será de utilidade. Aprendei, pois, a encontrar o lugar da paz dentro de vós; retirai-vos para o  silêncio de vosso ser e lá, perfeitamente aparelhados de mente e coração, avaliareis a natureza da tarefa que tendes em mãos. Visualizai claramente a meta que desejais, e notai os obstáculos do caminho. Estas barreiras devem ser suplantadas uma a uma. Procurai transformar, antes que destruir; não matai a luxúria, antes retirai dela o amor, e deixai-a então perecer; não matai o desejo, antes retirai dele a vontade, e então abandonai-o à morte; não matai o mau pensamento, retirai dele a essência do pensar, e então deixai-o morrer.

Assim como deveis evitar o amor humano e tornar-vos um homem à parte, do mesmo modo deveis vos apartar do homem que considerastes vós próprios. Notai que a conquista se dá pelo retiro, e não pela morte. Retirai-vos, pois, de tudo o que se vos opõe; vosso caminho para a vitória não passa pela conquista de vossos oponentes, internos ou externos, mas pela salvação de todos eles. Cada antagonista que se volta contra vós deve ser conquistado para vós; de cada poder do mal que vos fizer frente no caminho extraí o bem, e deixai o resto perecer, até que em cada forma de vida aprendais a ver o bem, e, aprendendo a ver, aprendais a amar, até que, para vós, o mal já não exista. 

À luz de vosso amor crescente, o mal não passa do bem em germe – uma fase necessária na divina alquimia. 

Assim crescereis em sabedoria, força e conhecimento, componentes do amor salvífico que aspirais irradiar sobre o mundo. O amor será vossa rainha, e vós seu cavaleiro, ela vos dará um arnês invulnerável, pois nada, no céu ou na terra, prevalece contra o poder do amor. Montado no cavalo branco da verdade, dom de tal rainha, dissipareis toda escuridão, pois nenhuma sombra pode estar onde está a luz de tal amor que é divino. A radiância celestial iluminará vossa fronte, a rosa mística desabrochará em vosso peito, a beleza divina, radiosa como a manhã, fulgurará de vossa pessoa; vos tornareis como um novo Galahad, e se vos será dada a visão do Santo Graal. (...)"

(Geoffrey Hodson - Sede Perfeitos - Canadian Theosophical Association



sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA É O SILÊNCIO

"A primeira experiência com a religião precisa começar com o silêncio. A maioria das pessoas nunca reserva tempo para ficar em silêncio ou sentar calmamente em meditação. Eu permaneço horas e horas em silêncio interior. Quando estou com outras pessoas, eu as aprecio imensamente; estou com elas plena e integralmente. Mas quanto estou longe delas, fico inteiramente só, na suprema alegria da vida - a bem-aventurança de Deus. Onde quer que eu esteja, a alegria divina está sempre comigo. Por que você não experimenta o silêncio, para também viver assim? A maioria não consegue ficar quieta nem por dez minutos sem que os pensamentos corram para todos os lados. As pessoas não aprenderam a estar em paz no lar interior, porque estão sempre irrequietas, perseguindo alguma coisa na mente. Meu mestre, Sri Yukteswar, costumava dizer: 'Trancado a porta do reservatório da felicidade, o homem corre por toda a parte, implorando por essa felicidade. Que tolice, quando tem o estoque inteiro de alegria dentro de si mesmo!' Desde a infância busquei Deus, e comungar com Ele me deu a felicidade que a realização de nenhum desejo material poderia proporcionar. Você nada tem se não tiver Deus. Tudo tem se O tiver, pois Ele é o Mestre do universo. 

Se você não sentiu nenhum resultado na religião, experimente meditar. Sacuda Deus para fora de Seu silêncio. Você precisa insistir: 'Senhor, fale comigo!' Se fizer um esforço supremo no silêncio da noite e de manhã cedo, em pouco tempo verá um cintilar de luz divina, ou sentirá um ondular de Sua alegria chegando à consciência. Experimentar conhecer a Deus no silêncio, meditando, traz os resultados mais notáveis e reais. 

Houve época em que os cientistas pensavam que a água se constituía de um só elemento. Mas experiências posteriores provaram que dois elementos invisíveis, o hidrogênio e o oxigênio, combinam-se de modo a compor a água. Da mesma forma, com experiências religiosas percebemos maravilhosas verdades espirituais. Quando você meditar tranquilamente, com a mente interiorizada, terá a prova de sua verdadeira natureza e da existência de Deus. Testar as leis da religião é sensacional, porque o resultado não acontece exteriormente; está bem dentro de você."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 36/37)


sábado, 24 de outubro de 2015

O CIÚME PROVÉM DE UM COMPLEXO DE INFERIORIDADE

"O ciúme provém de um complexo de inferioridade e se expressa por meio da suspeita e do medo. Significa que a pessoa tem medo de não poder se manter no seu relacionamento com os outros, seja ele conjugal, filial ou social. Se sentir motivo para ter ciúme de alguém - por exemplo, se teme que a pessoa amada transfira sua atenção a outrem -, primeiro empenhe-se em compreender se lhe falta alguma coisa interiormente. Aprimore-se. Desenvolva-se. A única maneira de conservar o afeto ou o respeito de outra pessoa é aplicar a lei do amor e merecer o reconhecimento dela mediante o autoaprimoramento.

O amor e seus complementos jamais podem ser conquistados ou mantidos com exigências, súplicas ou chantagens. Tenho observado como algumas pessoas se comportam quando estão perto de pessoas ricas ou influentes. Certa vez eu disse a um príncipe indiano: 'O senhor acredita que essas pessoas que buscam obter seus favores realmente o amam?' Ele respondeu que sim. Mas eu as tinha visto sob uma luz diferente e avisei ao príncipe: 'Pare de lhes dar dinheiro e presentes e descobrirá que não são sinceras. Elas zombam de você quando o bajulam.'

O verdadeiro amor não pode ser comprado. Para receber amor devemos dá-lo gratuitamente, sem condições. Mas em vez de seguir esta regra, a pessoa insegura recorre ao ciúme. Isso faz com que o ser amado se zangue, o que acaba com o propósito original do amor. Então o ciumento reage à raiva do ser amado com o desejo de vingança. Mas sempre que alguém quer ferir alguém, em última análise fere mais ainda a si mesmo. Atos maus procedem de pensamentos maus, são parasitas corrosivos que devoram a fibra mais íntima do ser, pois queimam e destroem a paz interior - a maior riqueza que se pode ter."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 162/163)


domingo, 19 de julho de 2015

ACEITAÇÃO E ENTREGA (2ª PARTE)

"(...) Você consegue perceber qualquer indício interior que revele que você não quer fazer o que está fazendo? Se isso acontece, você está negando a vida, e é impossível chegar a um bom resultado. Se você percebe esse indício, é capaz também de abandonar essa vontade de não fazer e se entregar ao que faz?

'Fazer uma coisa de cada vez', como um mestre definiu a essência da filosofia zen, significa dedicar-se plenamente no que está fazendo. É um ato de entrega - uma ação poderosa.

Quando você aceita o que é, atinge um nível mais profundo. Nesse nível, tanto seu estado interior quanto sua noção do 'eu' não dependem mais dos julgamentos feitos pela mente do que é 'bom' ou 'ruim'. Quando você diz 'sim' para as situações da vida e aceita o momento presente como ele é, sente uma profunda paz interior.

Superficialmente, você pode continuar feliz quando há sol e menos feliz quando chove; pode ficar contente por ganhar um milhão e triste por perder tudo o que tem. Mas a felicidade e a infelicidade não passarão dessa superfície. são como marolas à tona do seu ser. A paz que existe dentro de você permanece a mesma, não importa qual seja a situação externa.

A aceitação e a entrega se tornam muito mais fáceis quando você percebe que todas as experiências são fugazes e se dá conta de que o mundo não pode lhe oferecer nada que tenha um valor permanente. Ao aceitar entregar-se, você continua a conhecer pessoas e a se envolver em experiências e atividades, mas sem os desejos e medos do 'eu' autocentrado. Ou seja, você deixa de exigir que uma situação, uma pessoa, um lugar ou um fato o satisfaçam ou o façam feliz. A natureza passageira e imperfeita de tudo pode ser como é.

E o milagre é que, quando você deixa de fazer exigências impossíveis, todas as situações, pessoas, lugares e fatos ficam satisfatórios e muito mais harmoniosos, serenos e pacíficos. (...)"

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 44/46)
www.sextante.com.br


quarta-feira, 6 de maio de 2015

O PASSADO ESTÁ MORTO

"Conversando com muitas pessoas, descobri que, embora tivessem mudado seus corpos para outra cidade ou estado, jamais haviam mudado suas mentes, o que faz uma vasta diferença. Não eram capazes de compreender que não podiam fugir de suas próprias mentes. Haviam tido uma perda de amor, uma morte ocorrera, algum escândalo as envolvera. Viver no passado é fatal, pois ofusca as esperanças e aspirações e rouba as pessoas da vitalidade e paz de espírito. 

Não são poucas as pessoas que não percebem que estão preservando os choques e recordações traumáticas na mente subconsciente. Verifiquei que muitas retornam e revivem essas recordações todas as noites, tendo pesadelos e sonhos desagradáveis. Há esqueletos terríveis ocultos na mente que muitos vão procurar todas as noites. Tais pessoas devem aprender a se afastar do passado sem o menor senso de apego. Devem aprender a mudar seus pensamentos e mantê-los mudados.

O que você pensa a respeito de si mesmo? O que pensa a respeito do mundo, das notícias? Será que as condições predominantes no mundo o deixam furioso? Se assim é, instalou em sua mente um terrível soberano. Não faz a menor diferença que todos os homens que escrevem em jornais e apresentam os noticiários pelos diversos meios de comunicação estejam errados e você seja a única pessoa certa. Se o que eles dizem o deixa irritado e transtornado, você instalou um péssimo governante em sua casa.

Você está sempre vivendo em seu estado mental. Não está vivendo onde seu corpo se encontra. Na verdade, está vivendo no estado de consciência, que é a soma total de seus pensamentos, sentimentos e convicções. (...)"

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 14ª edição - p. 204


domingo, 8 de março de 2015

CONTROLE AS SUAS EMOÇÕES

"Se seu marido ou esposa deixa-se tomar pela ira e desperta a sua raiva, dê um pequeno passeio e refresque a cabeça antes de responder-lhe. Se ele ou ela fala de maneira grosseira, não responda do mesmo modo. É melhor ficar calado até que a exasperação passe. (...) Jamais deixe que qualquer pessoa roube sua paz; e não roube a paz dos outros por meio do seu destempero verbal. (...)

Se sua mulher grita com você e você grita com ela, vocês sofrerão o dobro – primeiro pelas palavras ásperas dela e, depois, pelas suas. Antes de mais nada, você estará ferindo a si mesmo. Quando acabar essa troca de ultrajes, sentirá que você também se acabou. É por isso que há tantos divórcios.

Falando francamente, as pessoas não deveriam se casar até que aprendessem a ter algum controle de suas emoções. As escolas deveriam educar os jovens nessa arte e no modo de desenvolver a calma e a concentração. (...) Como podem viver juntas duas pessoas habituadas à atividade nervosa, sem quase destruírem uma à outra com seu nervosismo? No começo de um casamento, a noiva e o noivo se deixam levar pelas emoções da excitação e da paixão. Mas depois de algum tempo, quando essas emoções começam inevitavelmente a desaparecer, a verdadeira natureza do casal começa a surgir, e as brigas e os desapontamentos aparecem.

O coração exige o verdadeiro amor, a amizade e, acima de tudo, a paz. Quando a paz é destruída pela emoção, dá-se a profanação do templo corporal. Um sistema nervoso saudável é o que manterá em ordem todos os órgãos e sentimentos corporais. Para manter o sistema nervoso saudável, é importante permanecer livre de emoções arrasadoras como o temor, a ira, a cobiça e a inveja.

Esses cáusticos parasitas mentais devoram todas as fibras de nosso ser; eles consomem e destroem a paz interior – a maior riqueza da pessoa." 

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior – Self-Realization Fellowship - p. 99/100)


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

SAMA BHAVA (PARTE FINAL)

"(...) O caçador de prazeres, de conpensações, de fortuna, de posições, de aplausos, de lucros, de tudo que julga desejável, é em geral um débil, pois, na mesma medida com que se alegra com a conquista daquilo que busca, desespera-se, sente-se desamparado e perdido diante dos menores vetos e negativas que o destino lhe impõe. Quase sempre sente medo de perder o que tem ou o que pensa que é, e adoece de medo diante das ameaças a ele ou a seu patrimônio. Ao primeiro prenúncio de dor de cabeça, se acovarda e, assim, a agrava.

Quem faz da equanimidade sua fortaleza interna é inexpugnável. Não teme perder nem se perturba na ansiedade de conquistar. Equânime não é a pessoa fria, indiferente e inconsequente. Embora se apercebendo da significação de ser favorecido ou desfavorecido, embora participe ativamente dos fatos, consegue um sadio isolamento emocional, colocando-se acima deles. Na estratosfera do espírito reside sua tranquilidade. Tufões e muita chuva só perturbam as camadas inferiores da atmosfera da mente e da matéria.

Aprenda a ser equânime, amigo, e se torne invencível. Para isso, procure fazer uma noção exata do mundo que o cerca. Aprenda a tomar as coisas como vêm. Liberte-se dos óculos escuros do pessimismo e igualmente dos óculos azuis do otimismo. Contemple com isenção os dois polos perenes da realidade. Vício e virtude, bom e mau, bem e mal, fácil e difícil, verso e reverso, junções e separações, queda e ascensão, estão aí e aqui, estiveram e sempre estarão em toda a parte, quer você goste, quer não, quer lucre ou perca, sofra ou goze. Na obra do Absoluto 'tudo é necessário' e em nossa vida 'nada é imprescindível' a não ser o amor de Deus. Aprenda a aceitar com equanimidade o que a vida lhe der. Só assim poderá seguir o que o Epíteto ensinou: 'Não faça sua felicidade depender daquilo que não depende de você.'

Quando a ansiedade lhe impedir o sono ou estiver querendo impacientar-se na fila de atendimento; quando o patrão disser que não lhe vai conceder o aumento ou a chuva estragar seu domingo na praia; quando sua úlcera começar a dar sinais. quando sentir ímpetos de desespero, de desânimo ou outra emoção perniciosa, diga a si mesmo: 'Devo aproveitar esta oportundade que a vida me apresenta e aprender a ser equânime. Vou fazer tapas, isto é, austeridade; vou aceitar sem reclamar, sem me sentir vítima da má sorte; vou colocar-me acima das circunstâncias. Não vou perder a paz de Deus dentro de mim por causa desse aborrecimento temporário.'"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 210/213)

quarta-feira, 16 de julho de 2014

PRATIQUE O EQUILÍBRIO DAS ENERGIAS

"(4:22) Está livre do karma quem aceita tranquilamente o inesperado; tem ânimo firme e não se deixa afetar pela dualidade; não nutre inveja, ciúme ou animosidade; e (finalmente) vê com iguais olhos o sucesso e o fracasso.

Embora já tenhamos abordado esse assunto, convém reexaminar aqui de passagem o caso oposto: a pessoa que se deixa abalar pelos imprevistos; que está sempre saltitante de alegria ou murcha de desapontamento; que se rói de inveja, ciúme e ódio; enfim, que se rejubila com o sucesso e se sente emocionalmente devastada pelo fracasso. Gozarão pessoas assim, alguma vez, de paz de espírito? E para quem não frui a paz interior, como disse Krishna em outra estrofe, a felicidade será possível? O que, em geral, passa por felicidade na mente mundana é mera excitação emocional ou (às vezes) o alívio temporário de alguma causa de transtorno e sofrimento. A excitação leva ao medo, à dúvida, à incerteza. O alívio passageiro provoca, não contentamento, mas quase sempre enfado e apatia.

As pessoas, é interessante notar, revelam automaticamente, com gestos, o modo como a energia está fluindo por seu corpo. Quando excitadas, dão saltos, o que se deve ao movimento ascendente no ida nadi da espinha. E que dizer das crianças pequenas, muito pouco inclinadas a controlar seus acessos de emoção? Elas revelam o movimento descendente da energia na espinha, ao longo do pingala nadi, deixando cair os braços, estacando, batendo os pés e entrecortando a respiração com grandes gritos - às vezes mesmo rolando pelo chão e esmurrando-o. Todos esses gestos indicam a direção, para baixo, de sua energia.

A satisfação, em si, é uma virtude e não apenas uma consequência. Deve ser praticada conscientemente. Convém dizer a nós mesmos: 'Não preciso de nada! Não preciso de ninguém! Sou livre em meu Eu!"

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramahansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 194/195)


sexta-feira, 4 de julho de 2014

CONCENTRE-SE NA CORAGEM PARA ARRANCAR O MEDO DE DENTRO DE VOCÊ

"Cultivamos o medo do fracasso ou da doença quando remoemos pensamentos desse tipo na mente consciente até que eles se enraízem na subconsciência e, por último, na superconsciência. Então, o temor enraizado na superconsciência e na subconsciência começa a germinar e a preencher a mente consciente com plantas de medo, que não são tão fáceis de destruir como teria sido o pensamento original, e essas plantas, cedo ou tarde, produzem frutos venenosos e mortais.

Se você não conseguir erradicar, pela vontade consciente, o medo de doença ou de fracasso que o persegue, desvie continuamente a sua atenção absorvendo-se na leitura de livros interessantes; ou procure distrações inofensivas. Assim, a mente deixará de se amedrontar. A seguir, faça a mente pegar as pás dos diferentes dispositivos mentais para arrancar do solo da vida diária as raízes do fracasso e da doença.

Arranque-as de dentro de você concentrando-se energicamente na coragem e levando a consciência para a absoluta paz divina interior. Quando você for capaz de, psicologicamente, arrancar a qualidade negativa do medo, desvie sua atenção para métodos positivos que  lhe permitam adquirir prosperidade e saúde."

(Paramahansa Yogananda - Viva Sem Medo -Self-realization Fellowship - p. 17/18)


terça-feira, 6 de maio de 2014

REVELANDO A SUA DIVINDADE

"Podemos produzir mudanças na estrutura celular do cacto, milho, arroz e frutos, como os cientistas estão fazendo diariamente. A fim de produzir um homem ou mulher mais semelhante a Deus, no entanto, não se depende do corpo ou da estrutura do cérebro; depende-se inteiramente de avivar o invisível, os poderes intangíveis de Deus dentro de cada um. Não se podem misturar numa massa qualidades como honestidade, integridade, justiça, alegria, coragem, fé, confiança, inspiração, amor e boa vontade. Não se podem incorporar sonhos, visões e iluminação em alguma mistura e dizer:

- Agora teremos um novo homem.

A fim de se elevar, o homem precisará de paz. A paz interior lhe permitirá estar em paz com o mundo. Ele precisará de amor e boa vontade para superar a ira, provações e atribulações do mundo. Precisará de coragem, fé e confiança nas leis criativas de sua mente, levando-o a servir ao resto da humanidade de forma mais maravilhosa e promovendo a paz neste mundo em transformação. Paz, harmonia, alegria, amor, sabedoria e compreensão emanam de Deus. Não se podem acrescentar a um homem ou mulher, pois sempre lá estiveram, esperando apenas o momento de serem liberados pelo indivíduo.

Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus, que há em ti ... (II Timóteo, 1:6)." 

(Joseph Murphy - Sua Forma Interior -Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 34/35)
www.record.com.br


domingo, 13 de abril de 2014

PACIENCIA - ANTÍDOTO CONTRA A RAIVA

"A prática da paciência traz uma estabilidade emocional que não só nos faz mais fortes mental e espiritualmente como mais saudáveis fisicamente. Sem dúvida atribuo a boa saúde de que desfruto a uma mente em geral calma e serena.

Entretanto, o benefício mais importante da paciência consiste em sua ação como um antídoto poderoso ao mal da raiva, a maior ameaça à nossa paz interior e, consequentemente, à nossa felicidade. A paciência é o melhor recurso de que dispomos para nos defender inteiramente dos efeitos destrutivos da raiva.

Pensem bem: a riqueza não protege ninguém da raiva. Nem a educação, por mais talentosa e inteligente que a pessoa seja. A lei, muito menos, pode ser de qualquer ajuda. E a fama é inútil. Só a proteção interior do autocontrole paciente evita que experimentemos o tumulto das emoções e pensamentos negativos."

(Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 37)
www.sextante.com.br


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

APRENDA A ACESSAR UM PODER SUPERIOR (PARTE FINAL)

"Não preste atenção às agruras do caminho espiritual; elas nada são, uma vez que você tenha descoberto a paz interior, quando na meditação você esquece este corpo e este mundo. Quanta satisfação, que sensação de alegria e de perfeição do amor divino! Isso é o que Deus quer que todos vocês experimentem. Todos poderão compreender a sublime perfeição do amor de Deus se trabalharem para isso. Aqueles que experimentaram esse amor não são exceções; tiveram que se esforçar, como vocês precisam fazê-lo, para amar e conhecer a Deus. 

Faz-se esse esforço empenhando-se em conservar a mente fixa em Deus. Enquanto enfrenta os problemas que surgem a cada dia, ore interiormente: 'Senhor, se às vezes meu mar é escuro, sem estrelas no céu, ainda assim navego no rumo com Tua mercê.³ Faz o que quiseres fazer, comigo e com minha vida. Tudo o que sei é que Te amo. Ajuda-me a tornar o meu amor por Ti mais doce, perfeito sob todos os aspectos.' Que liberdade, que alegria isso traz! Tal relacionamento com Deus todos podem ter.

Não fiquem satisfeitos com nada menos do que o amor do Amado de suas almas. O amor Dele consome tudo, satisfaz completamente. A liberdade da alma surge quando você começa a conhecer-se como alma, unido ao único Amado, o divino Amante Cósmico, que é Deus."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 75/76)


terça-feira, 12 de novembro de 2013

AS CONDIÇÕES INTERNAS DA FELICIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Se mantiver fechados os olhos da sua concentração, você não poderá ver o incandescente sol da felicidade no seu seio; mas não importa quão apertados estejam os olhos da sua atenção, permanece o fato de que os raios da felicidade estão sempre tentando penetrar pelas portas fechadas de sua mente. Abra as janelas da tranquilidade e você verá a irrupção súbita do sol brilhante da alegria no interior do seu próprio Eu.

Os alegres raios da alma podem ser percebidos quando você interioriza sua atenção. Você poderá ter estas percepções se treinar a sua mente para apreciar o belo cenário de pensamentos no reino invisível e intangível dentro de você. Não procure a felicidade apenas em roupas bonitas, casas limpas, jantares deliciosos, almofadas macias e objetos luxuosos. Eles aprisionarão sua felicidade atrás das grades da superficialidade externa. (...) 

Não deixe que os sentimentos o governem. Como pode ser feliz se está todo o tempo preocupado com as suas roupas ou outros pertences? Vista-se decentemente com roupas limpas e esqueça-se delas; limpe sua casa e esqueça-a. Quanto mais depender das condições externas para a sua felicidade, menos felicidade você experimentará.

Se você pensa que pode viver feliz esquecendo-se de Deus, está enganado, pois chorará na solidão, vezes sem conta, até compreender que Deus é tudo em tudo - a única realidade no Universo. Você foi feito à Sua imagem. Jamais encontrará felicidade duradoura em coisa alguma, porque nada é completo, exceto Deus.

A felicidade pura que eu encontro na comunhão com o Senhor não pode ser descrita com palavras. Dia e noite estou em estado de alegria. Essa alegria é Deus. Conhecê-Lo é realizar os ritos fúnebres de todas as suas tristezas. Ele não exige que você esteja estoico e melancólico. Esse não é o conceito correto de Deus, nem a maneira de agradá-Lo. Se você não for feliz, não será nem mesmo capaz de encontrá-Lo. (...) Quanto mais feliz você for, tanto maior a sua sintonia com Ele. Os que O conhecem estão sempre felizes, porque Deus é a própria alegria."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 126/129)


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

AS CONDIÇÕES INTERNAS DA FELICIDADE (1ª PARTE)

"Aprenda a levar em você todas as condições da felicidade, meditando e sintonizando sua consciência com a eterna, sempre consciente e sempre nova Alegria, que é Deus. Sua felicidade nunca deveria depender de quaisquer influências externas. Qualquer que seja seu ambiente, não permita que sua paz interior seja afetada por ele. 

Quando tem domínio sobre os seus sentimentos, você permanece em seu verdadeiro estado. O real estado do Eu, a alma, é bem-aventurança, sabedoria, amor, paz. É ser tão feliz que, não importa o que esteja fazendo, você sente prazer. Não é isso muito melhor do que passar aturdido pelo mundo como um demônio inquieto, incapaz de achar satisfação em qualquer coisa? Quando está centrado em seu verdadeiro ser, você executa todas as tarefas e aprecia todas as coisas boas com a alegria de Deus. Impregnado com a Sua inebriante bem-aventurança, você executa contente todas as ações. Na vida espiritual a pessoa se torna como uma criança - sem ressentimentos, sem apegos, cheia de vida e alegria.

A verdadeira felicidade é capaz de enfrentar os desafios de todas as experiências. Quando conseguir ser crucificado pelos atos errôneos de outrem contra você, e mesmo assim, retribuir com amor e perdão; e quando for capaz de manter intacta a divina paz interior, apesar das dolorosas agressões causadas pelas circunstâncias externas, então você conhecerá essa felicidade. 

Permaneça tranquilo e silencioso [em meditação] todas as noites, durante meia hora, no mínimo, e de preferência por mais tempo antes de deitar; e novamente pela manhã, antes de começar as atividades diárias. Isso produzirá um invencível e inquebrantável hábito interno de felicidade, que o tornará capaz de enfrentar todas as situações difíceis da luta diária pela vida. Com essa imutável felicidade interior, procure atender as exigências das suas necessidades diárias. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 125/126)


terça-feira, 1 de outubro de 2013

PAZ INTERIOR: ANTÍDOTO CONTRA O ESTRESSE, A PREOCUPAÇÃO E O MEDO

"Tranquilidade é o estado ideal com o qual deveríamos receber todas as experiências da vida. O nervosismo é o oposto da tranquilidade e o seu predomínio, hoje em dia, faz dele algo muito próximo a uma epidemia mundial.

Só aqueles que desfrutam de harmonia em suas almas conhecem a harmonia que permeia toda a natureza. Quem quer que não tenha essa harmonia interior sente, também, sua falta no mundo. A mente caótica vê caos em toda parte. Como pode alguém saber como é a paz se nunca a provou? Aquele que tem paz interior, entretanto, pode permanecer nesse estado até em meio às discórdias que haja no seu exterior.

Quando você se preocupa, uma estática passa por seu rádio mental. A canção de Deus é a canção da tranquilidade. O nervosismo é a estática; a tranquilidade é a voz de Deus falando a você pelo rádio de sua alma. A tranquilidade é o alento vivo da imortalidade de Deus em você. Tudo o que você fizer deve ser feito em paz. Eis o melhor remédio para o seu corpo, sua mente e sua alma. Eis a maneira mais sublime de viver. A paz é o altar de Deus, a condição na qual a felicidade existe.

Se você mantiver sua mente na resolução de jamais perder a paz, poderá atingir a divindade. Mantenha uma câmara secreta de silêncio dentro de você, onde não deixará entrar mau humor, provações, lutas ou desarmonias. Afaste todo ódio, anseio, por vingança e desejos. Nesse câmara de paz, Deus o visitará. Não se pode comprar a paz. Você tem que saber como fabricá-la dentro de você, no silêncio de suas práticas diárias de meditação.

Devemos modelar nossa vida segundo uma estrutura triangular:  tranquilidade e doçura são os dois lados; a base é a felicidade. Todos os dias, lembre-se: 'Sou um príncipe de paz, sentado no trono do equilíbrio, dirigindo meu reino de atividades'. Atue uma pessoa rápida ou vagarosamente, na solidão ou nas agitadas aglomerações humanas, ela deve centrar-se na paz e no equilíbrio." 

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Felloowship - p. 82/83)


terça-feira, 11 de junho de 2013

LIDAR COM RELACIONAMENTOS DESARMONIOSOS (PARTE FINAL)

" (...) Polidez, sincera cortesia interior e boa vontade constante são as panaceias apropriadas contra todo mau comportamento. Na maioria das vezes, as pessoas falam e agem partindo de seus próprios ponto de vista. Raramente veem ou procuram ver o lado da outra pessoa. Se, por falta de compreensão, entrar em conflito com alguém, lembre-se de que é tão culpado quanto o outro, independentemente de quem começou a discussão. " Os tolos altercam, os sábios trocam ideias."

Ter um temperamento tranquilo não significa que você sempre sorria e concorde com toda gente, não importa o que digam essas pessoas - você contempla a verdade, mas não quer aborrecer ninguém com ela. Isso é um exagero. Os que tentam agir dessa maneira para agradar a todos, com o desejo de conquistar louvores graças ao seu bom gênio, não têm necessariamente o controle dos próprios sentimento. (...) Quem quer que controle os sentimentos, segue a verdade, proclama essa verdade sempre que pode e evita aborrecer desnecessariamente quem quer que, de qualquer modo, não seja receptivo. Sabe quando falar e quando calar, mas nunca compromete seus próprios ideais nem sua paz interna. Tal indivíduo é uma força em favor do bem neste mundo. 

Deveríamos nos tornar atraentes usando as finas roupagens de uma linguagem genuinamente cortês. Deveríamos, em primeiro lugar, ser corteses para com os nossos parentes próximos. Sendo capazes disso, habitualmente seremos gentis com todas as outras pessoas. A verdadeira felicidade familiar baseia-se no altar do entendimento e das palavras gentis. Não é necessário concordar com tudo a fim de exibir amabilidade. Um silêncio tranquilo, sinceridade e palavras amáveis, quer a pessoa esteja concordando, quer esteja discordando, identifica quem sabe comportar-se.

Se quer ser amado, comece por amar aqueles que necessitam do seu amor. (...) Se quer que os outros simpatizem com você, comece por mostrar simpatia para com as pessoas ao seu redor. Se quer ser respeitado, você tem que aprender a ser respeitoso para com todos, jovens e idosos. (...) Seja o que for que você deseje que os outros sejam, seja isso você primeiro. Verá, então, que os outros lhe respondem de maneira semelhante."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 132/133)