OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 17 de março de 2022

O GRÃO DE MOSTARDA

"Fizera Jesus ver na parábola do semeador que apenas uma pequena parte da semente evangélica chegava a produzir fruto, ao passo que o resto pereceria infrutífero. 

Mostrara ainda, na parábola do joio entre o trigo, que até essa pequena percentagem que encontrara terreno propício tinha os seus inimigos, a cizânia, que tentava roubar-lhe a seiva da terra e a luz do céu.

Certamente, não faltou entre os ouvintes, ou talvez entre os apóstolos, quem observasse com um suspiro de desânimo: Mestre, se tantos são os perigos e inimigos do reino de Deus, como se expandirá ele pelo mundo todo, como pretendes?...

Bem lembrados estavam os ouvintes do que lhes dissera o profeta de Nazaré na parábola da sementeira a crescer, que era de uma inesgotável vitalidade intrínseca à semente do Evangelho, e que não necessitava de uma nova intervenção do divino Semeador. 

Mas, ainda que não perecesse de todo a sementeira do reino de Deus, chegaria ela jamais a abranger o mundo todo? E quantos séculos não levaria essa expansão mundial?...

Resolveu o Mestre responder a essa interrogação tácita dos seus ouvintes, propondo a parábola do grão de mostarda. 

Se as três comparações tinham por cenário o campo amanhado pelo homem, esta, como também a seguinte, tem por teatro a horta e a casa, domínios da atividade feminina. 

Disse, pois, Jesus: 

- Com que coisa diremos se parece o reino dos céus? Ou sob que parábola o representaremos?

Depois de assim aguçar a atenção do auditório, lança um olhar sobre a cerca da horta vizinha e vê um pé de mostarda. E logo, numa inspiração súbita, prossegue:

- O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que alguém tomou e semeou na sua horta. Quando semeado na terra, é ele o mais pequenino de quantos grãos de semente existem; mas, depois de crescido, faz-se maior que todas as hortaliças, chegando a ser árvore, e criando ramos grandes que as aves do céu vêm pousar à sua sombra. 

Corria entre os hebreus o provérbio popular: Tão pequeno como um grão de mostarda. Jesus se adapta a este modo de falar, ainda que haja sementes mais pequenas que a mostarda. Entre as hortaliças de que trata a parábola, dificilmente se encontrará semente tão minúscula e que produza arbusto tão grande, que até merece o nome de árvore; pois, às margens do Jordão, a mostarda atinge três a quatro metros de altura, e até hoje os árabes falam em árvore de mostarda. 

Mas somente em altura senão também em expansão e rapidez de crescimento leva de vencida a maior parte da suas congêneres; estende os seus frondosos ramos para todos os lados, convidando a passarinhada a descansar à sua sombra, beliscar as vagens e suspender os seus ninhos por entre verdes folhagem. 

Assim, diz o Mestre, há de acontecer com o meu reino. Ainda que é ele um grãozinho de mostarda; um punhado de homens, e nada mais. Mas a virtude que a semente evangélica encerra é grande, e o terreno em que foi semeada é de uma extraordinária fertilidade. Por isso, há de em breve expandir os seus ramos, muito além das balizas desta pequena horta doméstica da Palestina, e abranger todos os países do mundo, convidando milhares e milhares de almas a descansar à sombra de suas frondes, comer dos seus frutos e aninhar-se por entre a viridente folhagem."

(Huberto Rohden - Jesus Nazareno - Ed. Martin Claret, 2007 - p. 141/142)


domingo, 25 de novembro de 2012

O DESPERTAR DA INTUIÇÃO DA ALMA


E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado. (...) Por isso lhes falo por parábolas: porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem compreendem. (Mateus 13:10-11, 13).

“Quando os discípulos perguntaram a Jesus por que ensinava o provo com ilustrações sutis de parábolas, ele respondeu: “Porque está determinado que vós, meus verdadeiros discípulos, que viveis uma vida espiritualizada e disciplinais vossas ações de acordo com meus ensinamentos, mereceis compreender – em virtude do despertar interior em vossas meditações - a verdade dos arcanos mistérios do céu e de alcançar o reino de Deus, a Consciência Cósmica oculta por trás da criação vibratória da ilusão cósmica.

“Mas pessoas comuns, despreparadas em sua receptividade, não podem compreender nem praticar as verdades mais profundas da sabedoria. Por meio de parábolas, elas absorvem gradualmente, de acordo com sua compreensão, verdades mais simples, da sabedoria que lhes revelo. Pela aplicação prática do que são capazes de receber, fazem algum progresso para a sua redenção.” (...)

Como podem as pessoas receptivas perceber a verdade, enquanto as não receptivas “vendo, não vêem: e, ouvindo, não ouvem nem entendem”? As derradeiras verdades a respeito do céu e do reino de Deus, a realidade que está por trás da percepção sensorial e para além das cogitações da mente racional, podem ser apreendidas apenas por meio da intuição: despertando-se o conhecimento intuitivo, a pura compreensão própria da alma.” 

(Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus p. 47/48)